Autor: Rosivaldo de Araújo
Houve um tempo em que todas as estrelas, todos os sois, todas as galáxias giravam em torno de um ser esplendoroso que detinha a glória de Deus em si e que envolvia todo o Universo. Ele era a imagem expressa de Deus; Nele habitava toda “plenitude de sua glória”; seu nome é Jesus. Ele era tão grande que “Nele foram criadas todas as coisas” Cl. 1:16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele), isto é que por maior que fosse o Universo poderia ser contido Nele. Ele era tão versátil, tão extraordinário que tinha a capacidade de expandir-se a ponto de envolver toda a criação, mas também era capaz de contrair-se ao ponto de tornar-se menos do que a minúscula célula de um óvulo e penetrar no ventre de uma mulher e nascer, de um modo natural, como uma criança comum sem, contudo, perder a sua glória, a sua capacidade, o seu poder e a sua posição de criador, por isso ao ser introduzido no mundo Deus deu ordem aos anjos, dizendo: “e todos os anjos de Deus o adorem” – Hb. 1:6 “…E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.”
Para termos uma idéia do que isto significa existem anjos que são magníficos em poder – Sl. 103:20, são seres de extraordinária beleza e esplendor diante dos quais alguns servos de Deus que os contemplaram ficaram prostrados.
Quando Deus diz: “e todos os anjos de Deus o adorem” Hb.1:6 Ele estava se referindo desde do mais simples anjo até os arcanjos e querubins, segundo o que nos descreve o Ap. 20:1-2 “Então, vi descer do céu um anjo”, um só anjo desceu do céu após a guerra do Amargedom e agarrou satanás e o pós em prisão por 1000 anos no abismo. Apenas, um anjo. Pois todos esses seres magníficos e poderosos receberam ordens para o adorarem o menino que nascia em uma manjedoura.
O anjo que apareceu nas campinas de Belém, seguido por uma “milícia dos exércitos celestiais” dizendo “glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens quem Ele quer bem” Lc. 2:14, faziam parte desta adoração e cumpriam a ordem de Deus “e todos os anjos de Deus o adorem”.
Na terra, não só os pastores, Maria e José, seus pais, o adoraram, mas os magos que vieram do oriente e empreenderam uma longa e penosa viagem com este propósito “porque vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo” Mt.2:2.
Pelo visto, todo o Universo é convocado a adorar este Verbo Eterno no momento em que Ele é introduzido na terra, por ordem expressa de Deus.
Se Deus ordenou a todos os seus anjos, grandes e pequenos que adorassem a seu filho ao introduzi-lo no mundo quanto mais ao restante da criação, todos os homens, de todas as raças, de todos os lugares também deveriam adorá-lo neste momento em que Ele chegou a terra.
Portanto, podemos afirmar, sem sombra de dúvida, de que é do propósito de Deus que hoje em todos os continentes da terra se comemore o nascimento de seu filho Jesus; cada povo com sua tradição, com seu costumes, com a sua cultura, com a sua língua. E assim se resume toda a gloriosa doutrina da encarnação: “e o verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos a sua glória como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” João 1:14.
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