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Os dias que seguiram do julgamento a morte de Jesus foi espetáculo de alegria para alguns e profunda dor para outros. Uns clamavam com alta voz: Crucifica-o, estes eram guiados pelos religiosos extasiados pela interrupção da missão de mais um louco que se levantara no meio do povo e arvorado sobre si a bandeira messiânica. Ele se diz Filho de Deus! E, aqueles mais persistentes, desejosos de um furo jornalístico, ouviram no dizer que era o próprio Deus. Blasfêmia maior não existe! Esbravejavam.
Entretanto, não provinha desses os maiores focos de festas, não estavam os holofotes postos sobre as meras marionetes de um ser capaz de maquinar o mal com a inteireza de algo que lhe é imanente, isto é, o próprio diabo. Venci! Era brado recorrente no inferno. Não ressoava outra voz que não fosse a dele. Ninguém poderia falar, pois aquele grito entalado na garganta era proveniente de milhares de anos. A cada luta que emplacava com os seres humanos se sentia engrandecido, mas ainda não era o bastante já que os homens pecavam com a ligeireza de quem repete um prato de comida quando se está esfomeado Tudo ao redor era diferente, o ar pesado fazia bem a respiração do diabo, pois vencer batalhas com os homens se tornaram rotineiro demais, mas vencer o próprio Deus, bem era algo que ele aguardara desde que tentou se assentar acima Dele. Venceu! E, por que? Dotado por amor incomensurável e indizível, Deus se lançara por inteiro a humanidade. Não bastava os profetas, pois eles aclaravam o povo de seus erros, mas estes se tornaram renitentes. Não necessitava mais de sacerdotes, eles intermediavam entre o erro e o perdão, mas não havia sacrifício o bastante para tanta híbris (soberba). Eu irei, disse Deus. A cada humilhação sofrida, cada escarnecimento, toda zombaria era oxigênio para a subsistência do inferno. Deus se enfraqueceu para se doar aos homens. E, digo enfraquecer, pois aquele que é todo poder e é incontido em nosso mundo pela sua eternidade, lançou no percurso ao mundo, seu manto de glória. Nosso mundo, a humanidade, não suportaria tamanha glória e poder em sua inteireza.
Chegou as últimas conseqüências desse amor e morreu. O diabo zombou desse amor, pois a mesquinhez e o orgulho humano petrificara seus próprios corações de tal modo que eles não o perceberam.
Bem, poderia terminar meu escrito aqui se a história tivesse tomado esse rumo, se aqui estivesse sido posto o ponto final, e homens e mulheres vivessem suas vidas na terra, amargurados e angustiados pelo abandono e a nostalgia de um paraíso que orbitasse seu inconsciente, entretanto, não redigo a desesperança de uma possibilidade, mas a certeza de uma conquista.
Não acabou! Colossenses 2 : 15 nos diz: E, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz. O inferno em reboliço percebe seus súditos ainda calados, entretanto, não mais por uma gargalhada vitoriosa, todavia por um grito ensurdecedor que declarava a vitória do Leão da tribo de Judá. Ele tomou as chaves da morte e do inferno das mãos do diabo, demonstrando que lhe foi dado todo poder em instâncias terrenas e espirituais. A ressurreição é um virar de página numa história que aparentava ter chegado ao seu final e esta vem nos desvelar que Cristo é a certeza de nosso achegar a Deus e sua conquista nos inspira superação em nosso quotidiano, esmagado pela opressão de seres que querem afugentar homens e mulheres que são mais do que vencedores em Cristo. CRISTO VENCEU!
Autor: Tiago Santana Cezar. Blog: tiagosantanacezar.blogspot.com.
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