Autor: Simonton Redua
II Cor 2: 14-17.
A Carta aos Coríntios que Paulo escreveu, lá nos meados da 5ª década deste milênio, há uma igreja que ele mesmo plantou com grandes problemas, talvez tenha uma luz para lançar sobre a nossa realidade como igreja. Paulo descreve sua chegado a Coríntos como um desafio extraordinário provocando profundo temor e tremor.
Eu tento imaginar o que seria para um judeu, os judeus era muito odiados naquela época, anti-semitismo corria pôr todo lado. Ele chega numa cidade como Corinto, uma cidade tremendamente orgulhosa, uma cidade arrogante. Quando foi destruída pôr um terremoto, e foi oferecido ajuda para sua reconstrução, eles rejeitarão esta ajuda, pôr ser uma cidade tão rica e tão auto-suficiente.
E nos percebermos então como em certas partes do nosso mundo de hoje, há certas áreas e certos lugares que não querem esta novidade chamado evangelho, isto provocou no Apostolo Paulo aquela reação de temor e tremor, uma profunda dependência do Senhor Jesus, e ele foi receber do Senhor alguma coisa especial que lhe fala em termos de poder, que Ele não pregou outra mensagem a não ser a cruz, mas também que ele sentiu naquilo o poder de Deus.
Nestes versículos de I Cor 2: 14-17, Paulo faz uma apologética em torno do seu ministério missionário e pastoral.
Esta carta foi escrita provavelmente no ano 54-55, segunda carta aos Coríntos. Foi uma carta escrita em meio a um problema missionário.
É uma carta missionária como todas as cartas paulinas são. São cartas que surgem naquele ministério missionário-pastoral, e surgem dentro daquele conflito quando um estrangeiro, uma pessoa de uma cultura, vai mexendo com pessoas de outra cultura, uma mensagem transformadora, reveladora como esta mensagem.
O tempo que Paulo gastou com os Coríntios foi muito breve, quase nenhum missionário que eu conheço teria coragem de deixar uma igreja depois de um ano e meio de ministério.
Imaginem que informações Paulo deve que transmitir para esses novos líderes e pastores dessa igreja. Reconheço também um problema muito sério para nós, um problema que aqui tem um conflito de duas culturas, cultura hebraica, muito conhecida agora, porque tem sido estudado a fundo, como se pensava, como era a cabeça formada de um Judeu, criado primeiramente numa família judaica muito dedicada, depois levada para Jerusalém, justamente pôr causa desta dedicação e ali ficando aos pés de um Rabino chamado Gamaliel, estudando a Palavra de Deus, decorando alguns textos em hebraico com muita influência com certeza dos rabinos, e ele agora chega em uma cidade influenciada pela filosofia grega, uma cidade de muito orgulho pôr causa do avanço que a Grécia deu ao mundo, e ele estava consciente desse avanço, desse pensar, muito mais profundamente, com muito mais lógica, nunca pensando pôr exemplo em revelação, como Paulo pensava, como era importante para Paulo que Deus tinha aberto sua boca e tinha falado. O grego pensa diferente, ele pensa, “se existe um Deus tudo é pelo raciocínio humano”. E agora vem esse dois conflitos no meio e aqui temos o choque que encontramos nessas cartas aos Coríntios.
Sabedoria que Paulo chama de loucura. Loucura de Deus que não faz sentido lógico, mas mesmo assim é poder, porque vidas são transformadas. E os problemas que nos encontramos pôr trás, entre as entrelinhas deste texto de Corintios é uma continuação desse conflito de duas culturas.
Pessoas que saí desse Brasil e vai para outra parte do mundo, as vezes ficam pensando que quando ele chega nessa outra região do mundo se não for Portugal, Espanha, um país latino, que o mundo vai pensar como nós pensamos no Brasil. Vai descobrir que não é bem assim. E aí vem uma das razões para nos temermos e tremermos e dependermos de Deus para algo extraordinário que podemos chamar de poder, de dinamos, de manifestação da realidade de Deus no meio de uma cultura mais imponente do que a nossa própria cultura.
Este trecho começa com duas palavras, “Graças, porém”.
A palavra porém, é muito importante no texto. Suposta que naquilo que nós não lemos, é o de fundo desta tão rica passagem.
Graças porem a Deus, que em Cristo sempre nos conduz em triunfo.
Uma maneira que a cultura romana passou para a Igreja após o 4º e 5º século, e que a igreja tendo as melhores cabeças, mais capazes, talentosas, líderes deveria tornar-se uma igreja triunfalista. Temos de lembrar que o triunfalismo que a Igreja católica tem passado para nossa mentalidade, isto é a maneira que Deus pensa. Neste texto tem que ser muito cuidadosamente destrinchado, pensado, meditado, afinal das contas que queremos que o evangelho faça nesta procissão triunfal?
Que esta palavra triunfo, vem trazendo o triunfalismo, domínio, pressão, cercar as mentes das pessoas, e fazer com estas mentes forçosamente venham a aceitar aquilo que nos pensamos, a viver como nós achamos como devem viver. É uma maneira de pensar, obviamente errada, ninguém aqui concordaria com aqueles altos da fé, aquela pressão que uma pessoa sofre com aquilo que não concorda com o magistério de Roma, com que o Vaticano ensina, deveria perder a cabeça ou ficar queimado numa fogueira. Isso não é nossa maneira de pensar, nos já nos reagimos contra isso na reforma. Nos não somos triunfalista, pelo menos nesse sentido, se você não vir a crer como nos cremos você não tem direito a vida.
– Eleger um presidente evangélico, eleger um congresso, pegar a mídia e ser dominante com a mídia. Está realmente na ascendência daqui a 20 anos, daqui a 30 anos, imaginamos que esse crescimento tão rápido que o Brasil tem experimentado nestes últimos anos vai chegar neste ponto e que essa ida triunfal vai chegar a dar-nos esse direito, seria isto a vontade de Deus?, Seria realmente importante para que nós não tremamos mais, que a gente não precisassemos mais desse poder da parte de Deus.
O que essa palavra porém nos ensina é algo que ser conduzido em triunfo não significa claramente dentro do texto.
1. SER CONDUZIDO EM TRIUNFO NÃO SIGNIFICA TER
DIREITO DE ENFRENTAR O MUNDO HOSTIL SEM PERIGO
Ser conduzido em triunfo não quer dizer pôr exemplo no primeiro capítulo 1:9 que nós podemos contar com uma proteção divina ou governamental, de ter direitos de enfrentar o mundo hostil sem perigo.
O Apostolo Paulo diz em I Coríntios que ele passou no caso a experiência de ser jogado aos leões, obviamente ele não fala literalmente senão ele não estaria escrevendo essa segunda Carta, mas ele diz no v. 9 (…)
Ser conduzido em triunfo não quer e não deve de forma alguma produzir em nós aquele sentimento de que nós estamos na ascendência, que nos temos domínio, que nós podemos impor o que nos cremos sobre a sociedade em que nós somos enviados, ou vivemos. Certeza de morte são para os bandidos e marginais, pessoas que perturbam a sociedade demais, não tem direito a vida, e Paulo passou isto em Éfeso, cidade livre, Romana, e ele mesmo como cidadão Romano não tinha proteção do Estado.
Nós não temos direito segundo o Apóstolo Paulo, nesta caminhada triunfal, direito sobre nossos próprios corpos, direito sobre a nossa própria proteção diante desse ódio satânico da grande besta do apocalipse 13. V.9.(…)
Algo profundo na mente de Deus, de não querer nenhum crente com aquela arrogância da autoconfiança, daquele espírito triunfalista, da pessoa que acha que ele tão importante que ninguém pode toca-lo.
2. SER CONDUZIDO NESSE TRIUNFO NÃO QUER DIZER QUE TEMOS DIREITO DE RECEBER QUALQUER RECONHECIMENTO ESPECIAL
Claramente nessa palavra porém não quer dizer que temos direito, de receber dos nossos próprios filhos na fé, da igreja de que nos plantamos, que nós pastoreamos, Qualquer reconhecimento todo especial colocar-nos num pedestal, conforme Joaquim Nabuco na praça do centro. E de que você missionário não pode errar. A acusação que Paulo recebe no V.17, é muito interessante.
Paulo está se defendendo contra uma acusação de mentiroso, dele não falar a verdade.
Agora Pastor mentiroso, a igreja não quer nem sustentar, muito menos enviar ao campo missionário.
Mas aqui está o próprio Apóstolo Paulo, homem que representa diretamente a honestidade de Deus, sendo acusado de prevaricação . V. 17 (…) (leviandade, é uma maneira muito gostosa de falar, eu menti, eu falei erradamente) agora Paulo tem de se desculpar. Porque ele tem de se desculpar? Porque obviamente mesmo sendo pai na fé desses irmãos de Corinto, ele não tem suficiente importância na sua mente, na mente desses irmãos, reconhecer dele uma pessoa que não pode errar, uma pessoa de imponência, tanto teológica ou em termos de vida pessoal que ele não podia de forma alguma errar ou mentir.
3. SER CONDUZIDO EM TRIUNFO NÃO QUER DIZER QUE NÃO ENFRENTAMOS PROBLEMAS EMOCIONAIS.
Obviamente ser conduzido em triunfo não quer dizer isso.
Não quer dizer amados irmãos mais ainda porque isto nos toca bem de perto, porque quem está sendo conduzido com Cristo nessa caminhada triunfal é uma pessoa que não tem que enfrentar problemas emocionais. Profundos problemas emocionais.
Nós encontramos no Cap. 2 na primeira parte que quando PAULO escreveu esta carta Severa.
Carta severa, a carta de muitas lágrimas. Paulo escreveu 4 cartas.
Carta previa – deve ter sido uma cartinha bem curta que não foi preservada dentro do cânon, Deus não quis que isto acontecesse, nela Paulo advertiu os Coríntios contra associar-se com crentes que viviam imoralmente (5:9)
2 carta – I Coríntios –
3 Carta – severa – bronca de pastor vivendo a distancia, Pai usando o chicote de palavras. Ele mesmo diz que esta carta provocou grande tristeza, tristeza segundo Deus (Cap 7). Esta carta então foi levada pôr Tito que deve ter ficado lá como quem responde as perguntas do seu chefe, o apóstolo Paulo, e lá essa carta provocou uma reação benéfica, muito importante, mas quando Paulo escreveu a carta (Cap 2 V.3) Paulo está preparando sua chegada em Corinto pela terceira vez confiando em todos vós de que a minha alegria e também a vossa. Porque no meio de muito sofrimento e angústias, não sofrimento aí da parte do mundo, não perseguições. Mas sofrimento provocados pela própria igreja. Muitas lágrimas, para que não ficassem entristecidos mas para conhecesse o amor que vos consagro em grande medida. Importante lição ao lemos I e II Coríntios, como Paulo não tinha dentro do seu coração de largar a Igreja, de lavar as suas mãos como um Pilatos Evangélico, dizer vocês se viram, simplesmente ele não tinha isto no coração. Ele fala isto em outros textos, e como um coração de mãe, que quando vê seu filho drogado, filho na prisão, filho sendo apanhado pela polícia, ela mesma sofre angustiada com aquilo que está passando. Paulo sente isto mesmo, nos vemos isto aqui. Seu amor é tão profundo pôr aqueles irmãos, que não mereciam esse amor, ele continua amando, sofrendo, chorando, querendo chegar até lá mas não podendo, porque ele sabia que o clima seria negativo se ele chegasse.
Já pensou, você funda uma igreja, depois de muito tempo você tenta voltar aquela igreja, mas ela é tão resistente, tão hostil que você nem pode falar para eles. Paulo vez uma visita, a sua segunda visita que não encontramos no livro de Atos, e houve um confronto tão triste, tão chocante, que o apóstolo Paulo deve que determinar nunca mais voltar para igreja se aquele irmão, deve ter sido um dos líderes daqueles grupos não se colocasse em submissão novamente a ele, aparentemente isso aconteceu, talvez com essa carta chamada severa, e com isso Paulo tinha agora possibilidade de voltar para Coríntio, como de fato ele pretendia fazer e de onde ele escreveu esta Maravilhosa Carta aos Romanos, de Corinto, nessa terceira visita.
Ser conduzido em triunfo não quer dizer que estaremos sempre em boas situações com nossos filhos na fé.
Conflito de cultura existe aqui, entre Paulo Judeus e Coríntios Gregos, sofrimento, entristecimento, mas muito amor, muitas lágrimas.
As tristezas pôr causa do grande amor.
A tristeza que eles tiveram que engolir, As lágrimas que elas tiveram, isto porque. Simplesmente pôr causa do grande amor.
Se há uma qualificação que temos, além do bom ensinamento que o Seminário pode nos dar é o amor – principalmente o pastor. Sentir pai e mãe de filhos de pessoas que não querem ser seus filhos. Quem aqui vai poder ensinar isto, pôr um futuro missionário Paulo do Brasil.
Paulo explica suas emoções tão conturbada, pelo grande amor que ele consagra por aqueles irmãos. Este amor que Deus derramou em seu Coração, esse amor que Cristo teve pelos seus discípulos também.
4. SER CONDUZIDO EM TRIUNFO SIGNIFICA QUE AQUILO QUE NOS PARECE DERROTA É SÓ VITÓRIA.
Nesta palavra porém, tem mais uma palavra interessando nos versículos logo que antecedem, talvez marquem justamente o significado mais imediato dessa palavra porém. “Ora quando cheguei a Trôade para pregar o Evangelho de Cristo” , Paulo teve a intenção de evangelizar aquela cidade na Costa Norte da Turquia, nordeste e uma porta se abriu no Senhor, gente querendo aceitar o evangelho, justamente aquilo que o missionário quer, uma porta aberta, não tive contudo tranqüilidade no meu espírito, porque não encontrei meu irmão Tito, pôr isso, despedindo-me deles, a igreja já estava formada lá em Trôade, partir para Macedônia. A única razão que Paulo deixou Trôade com essa aporta aberta, essa oportunidade talvez de abrir uma outra igreja nas vizinhanças, foi o fato de que Tito não apareceu lá. Ele tinha esperado encontrar com Tito lá em Trôade, mas ele não apareceu, então foi a caminho de encontrá-lo, ele sabia que teria de encontrá-lo no caminho, ele então foi embora para encontrá-lo na Macedônia, mais perto de Corinto, pôr onde eles já tenham acertado. Telefone, não funcionava, nem telegrama, nem correio eletrônico, nada disso, Paulo tem de encontrar esse irmão, colega Tito lá em Macedônia.
Só para tranqüilizar o seu espírito. O que significa tudo isto. Significa que o Apóstolo Paulo é uma pessoa que não tem aquele equilíbrio emocional que agente gostaria de ver nos pastores, nos missionários. Paulo toma decisões precipitadas, só pôr causa de sua situação emocional. Eu não sei se isto é da vontade de Deus, porque não fala isto aqui. Se é da vontade de Deus deixar esta Porta e estas almas convertidas que ele poderia ter levado ao conhecimento de Cristo. Ele simplesmente tinha um problema emocional e a psiquiatria mal desenvolvida naquela época não estava em condições de tratar Paulo, de dar aquela assistência que ele estava precisando. A gente tem que enfrentar, principalmente quando a gente está sozinho, sem um equipe e temos de enfrentarmos uma situação pôr um lado muito boa, pôr outro lado não tem estrutura emocional para poder enfrentar. Esta é realmente a realidade missionária. O Apóstolo Paulo mostra estas características neste texto aqui. No meio de tudo isto, logo que ele se encontra com este irmão Tito e quando Tito trás esta informação que aquele indivíduo que se tinha levantado contra Ele, (Cap 2) Paulo agora tem condições de chegar em Corinto e agora vai poder ministrar. A alegria que o apóstolo Paulo sentiu quando encontrou com Tito e recebera a notícia que os Coríntios tinham se humilhado e estavam prontos para ouvir esse judeu, missionário com suas doutrinas estranhas. Tudo isto leva o apóstolo Paulo a escrever esse tão importante versículo que acabamos de ler. “Graças porém a Deus que em Cristo nos conduz em triunfo”.
A palavra triunfo aqui é uma Palavra grega, mas não é grega, é uma Palavra latina, e que já vem para a nossa língua portuguesa com as transformações naturais de latim para português através da palavra Triunfo. A palavra Triunfo não significa conquista, não significa vitória. É uma palavra bem técnica relacionada com o império Romano. É uma maneira de encorajar seus generais a conquistar novas terras para o Império Romano. A Palavra Triumbel em latim dizia respeito a um general que tinha sido comandante supremo e tinha acrescentado terras para o império, terras ainda não conquistadas e numa só Batalha tinha conquistado cinco mil ou mais baixas no inimigo, uma terra apaziguada, não tinha mais guerrilha lutando contra o poder de Roma, enfim era um acrescimento ao Império, e como eles não tinham nenhuma vergonha disso, aquele general seria convidado para Roma para entrar neste desfile triunfal. Quem aqui já visitou Roma, eu recomendo ao chegar lá no Fórum e ver o Arco do Triunfo, que mostra justamente o significado dessa Palavra, como também temos na França e outros países do mundo, que tudo isto era decorrência dessa importância vitória que esse general havia conquistado para Roma. Conduzido em triunfo é uma palavra importante, porque o general era conduzido, não é Paulo, ele é um dos componentes é provável na mente de Paulo do exercito, e neste desfile que tinha que ocorrer em Roma, numa das avenidas principais, talvez a Via Ápia, ou outra avenida importante que dava lá para o centro. convocava-se toda a população da cidade. Imagine uma população de algumas centenas de milhares de pessoas ficam todas assim tentando esticar a cabeça para ver o que se passava lá.
Primeiramente passa-se os políticos, senadores, estes tipos de gente, eles sempre estão lá na frente. Em um palco estava o próprio imperador neste caso Cláudio, Nero logo vai tomar o trono com todas aquelas regalias, depois vem os músicos, vem o sacerdotes, vem um touro branco. O que teria nos impressionado muito seria o cheiro que a gente cheirava, pôr causa do texto já mencionada essa flagrância, queimando incenso pôr todo o lado, porque é um ato religioso também, é um reconhecimento dos deuses de Roma muito identificado com o próprio espírito de Roma que precisa ser reconhecidos, o que teria nos impressionado demais seriam os escravos, porque toda gente dessas terras conquistadas passa a ser escravos. Levados acorrentados para Roma para serem vendidos, distribuídos para as pessoas importantes, para as famílias que queriam e assim uma boa parte do império passa a ser escravo. Paulo faz referência a essa realidade quando ele diz Ef. 4: Jesus Cristo nosso general tomou cativo o cativeiro. Cativeiro satânico e fez o transporte, lembram que esses escravos vem da periferia do Império, talvez lá da Britânia, talvez lá da Alemanha, essas partes lá do Oeste da Gália, França hoje em dia, estes escravos de línguas estranhas, todos acorrentados, agora vão trabalhar como escravos. Jesus diz que nos fomos tirados da escravatura satânica e fomos transferidos para o reino do Filho de Seu Amor. E aí vem finalmente, levando num carro talvez até folheado à ouro o General, todos os olhos estão olhando no General, o resto não tem grande importância. Podem imaginar a arrogância daquele homem Romano. Sua família também junto e detrás dele o seu Exército. Pois foi pôr este exercito que sua vitória foi ganha. Tendo imaginar aquele exército alguns faltando um braço, alguns faltando um olho, alguns mangando, pulando, pois guerra naquela época não era brincadeira. Muita gente sofreu perda, membros do corpo.
Aqui está o Apostolo Paulo nesta procissão dentro do exercito de Cristo. O que é interessante que Ele diz que esse General não pode perder nenhuma Batalha, nunca perdeu e nunca perderá nenhuma batalha. Esse é o único significado que posso tirar dessas Palavras “Graças porém a Deus”, porque aquilo que nos parece derrota e só conquista, vitória, é só avanço. Graças a Deus que em Cristo, isto é Ele é o General, Deus é o Imperador, fazendo estas comparações que ele faz. Ele que sempre nos conduz à nós em procissão vitoriosa. Até quando nos vamos pensar que Deus pode de alguma forma ser derrotado. Paulo na sua maneira de pensar judaica pensando na grandeza de um Deus que faz todas as coisas segunda a Sua vontade, conforme Ef. 1: 11, pergunta-se claramente como seria possível que um Deus todo poderoso poderia ser vencido, e Paulo não encontra na sua cabeça nenhum espaço para sua conclusão.
Este texto longe de ser triunfalista, é um reconhecimento da honra que merece o Pai, Deus, que em Cristo, o General, sempre nos conduz, o exército dele, em procissão ou desfile triunfal. Não quer dizer que nos já o reconhecemos que não tem nenhuma baixa Romana, cinco mil do inimigo cai, e o pessoal de Romana não cai, ele não está dizendo isto, Ele não está dizendo de forma alguma que ninguém perde a sua vista com uma lança no olho, ou que perde um braço ou corta-se a perna, ele não vai mancar o resto da vida, ele não diz isto, ele simplesmente diz que toda a aparente derrota nossa, fa
z parte do triunfo e do reconhecimento da grandeza e da vitória de Jesus Cristo.
A única vez que esta Palavra aparece, Triunfo, no N.T. novamente e Cl Cap 2:16 (…) Aqui a vitória não é contra carne e sangue. O reconhecimento de Jesus e o que aconteceu na cruz e obviamente no túmulo (..) Levando eles na Cruz a serem reconhecido como desprezados, quem são desprezados portando nesta cruz são os mais altos escalões de poder demoníaco, principados e potestades. Interessante que Paulo nunca amarra o Satanás, nunca usa essa linguagem, no meio de todos aqueles problemas que ele tem de enfrentar. Talvez a razão porque ele não fala isso, porque justamente na mente de Paulo, a cruz já cumpriu esse ministério. Eles já foram colocados em derrota, já foram acorrentados naquele desfile de escravos acorrentados pôr Jesus, neste sentido podemos dizer que eles estão amarrados, mas é verdade que Satanás está solto para agir e suas forças demoníacas estão atacando, mas a possibilidade deles realmente ganhar alguma vitória contra esse general é totalmente descontado, não há essa possibilidade. “Graças porem a Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo”.
O que nos temos que ver agora é:
5. COMO É QUE ESSE TRIUNFO SE MANIFESTA NESSE MUNDO.
Qual é a idéia básica dessa procissão da qual nos fazemos parte para levar o evangelho para qualquer parte do mundo. Esse trabalho missionário. Em outras palavras: Como é que o evangelho se espalha?
Resposta: se espalha pôr uma flagrância do seu conhecimento que se espalha em todo lugar. Quantas passagens nos podíamos olhar nas cartas paulinas que a divulgação do evangelho é algo predeterminado de tal forma, que é como um cheiro que vai lá na frente.
– Congresso da CNE/95 – Salvador – Era meio dia, Hora da fome. Cheiro de churrasco.
Paulo usa este conceito, não a idéia de ver mas a idéia de cheirar essa fragrância, esse aroma de Cristo. Nota que a flagrância não é a falta de usar desodorante dos missionários. A fragrância é de Cristo, é um cheiro que sai da cruz, mas que os missionários pegam no seu corpo.
– Cheiro de fumo de indígenas.
– O texto nos diz que é isto exatamente que acontece com os missionários. Eles andam, mas o cheiro que eles tem não são deles, mas de Cristo, porque nós somos para Deus, um sacrifício, um cheiro sacrificial, que passa pelas narinas divinas o bom perfume de Cristo.
Como a agente pega esse cheiro da cruz?.
Paulo fala em Gl. 6: 14 que nos pegamos esse cheiro quando somos crucificados, não literalmente mas sendo crucificado em atitude.
Paulo um homem crucificado, ele usa a linguagem claramente que o custo de ser missionário é ser um homem crucificado. Crucificado no passado e continua pendurado na cruz sem morrer. Normalmente poderia demorar para morrer até uma semana, Jesus demorou apenas horas, de tão enfraquecido que ele Estava, mas o apostolo Paulo diz que Ele fica lá na cruz pro resto da vida, em que o mundo está crucificado para Paulo e ele crucificado para o mundo, a uma certa antipatia entre mundo e o próprio missionário. E nesta situação que ele esta crucificado com Cristo, não é uma crucificação individualista, é uma crucificação junto com Cristo, numa solidariedade dele estar em Cristo, com Cristo e Cristo nEle de forma que esse cheiro vai se espalhando pôr todo o lado. Um cheiro de Cristo na cruz. É importante lembrar que em Efésio Paulo vai usar essa linguagem também, apagando os nossos pecados (Cp 5v2) .
Criou em nós um cheiro, um aroma suave, aquela frase vem do AT quando Deus aceitava um sacrifício, aquele aroma suave chegava até Ele, e Ele então se mostrava com carinho, com graça e com favor para o seu povo pôr causa desse bom cheiro. De certo modo nos podemos entender que qualquer conversão que ocorre lá no campo missionário é um resultado desse bom cheiro nas narinas de Deus, já que nos não temos nenhuma capacidade pessoalmente de conquistar novas terras ou uma alma para Cristo, mas esse conhecimento de Cristo se espalha dessa forma. Missionários crucificados com Cristo, cheirando igualzinho a Cristo. Para Deus uma vida sacrificial. Para Deus há essa relação, a esse sacrifício, a esse favor com relação aquela terra, aquela região onde o sacrifício está sendo oferecido.
A fragrância portanto do seu conhecimento se manifesta em todo o lugar.(Antioquia, Icônio, Derbe, Éfeso, etc). Chega ao ponto de Paulo escrever logo a sua Carta aos Romanos que Ele Paulo não tinha mais trabalho a fazer naquela região leste do Império porque já foi completado a fragrância, já se cheira toda a região. Como é importante que nos parece termos uma visão do que significa ser missionário embaixador de Cristo, outra frase que Paulo vai usar para descrever o seu Ministério. Chegando numa outra terra e cheirando de Cristo, e pôr meio desse cheiro o seu conhecimento se divulga. A idéia é tão estranha para nós, porque nos pensamos que o conhecimento de Cristo se divulga principalmente através de palavras com aquela pessoa muito empolgada com a idéia de avião e de folhetos. Encheu o avião de folhetos e subiu e passou pelo México jogando folhetos pela janela e voltou dizendo que já tinha evangelizado o México. Infelizmente não é tão assim que se faz. Algo mais cheiroso tem que chegar lá, algo da fragrância do conhecimento de Cristo tem que se espalhar, e tem que se espalhar pôr todo o lado. Notem novamente que a seriedade desse ministério missionário é dos mais críticos possíveis. Provoca uma crise na sociedade, onde se cheira esse perfume, esse aroma suave do sacrifício de Cristo. Qualquer lugar que se cheira, logo a população se divide. Divide-se pôr um lado aqueles que estão sendo salvos, a palavra que o apostolo Paulo usa, pessoas que ainda não se decidiram, mas que ainda estão pensado. E aqueles que já decidem que não querem, estão decidindo ao contrário, os negativos, aqueles que estão perecendo, estão mostrando cada vez mais esta separação.
A vinda de Paulo para uma cidade provoca essa crise, este é o ministério missionário. A crise de criar naqueles que estão perecendo uma convicção de que o evangelho é mentira, que eles não devem aceitar aquela mensagem, como também aqueles que estão sendo salvos uma convicção cada vez mais clara que eles devem receber essa mensagem e que devem deixar suas religiões pagas, que eles devem seguir a esse General triunfal.
V.16 – Para com estes cheiro de morte para morte com aqueles cheiro de vida para a vida. Aqui nos encontramos então um cheiro que vai passando para as próprias pessoas que estão escutando a mensagem, aquele cheiro de morte, um cheiro terrível, depois de um campo de batalha, passa-se dois, três dias, se não sepultarem aquelas pessoas logo, aquele cheiro é dos mais repugnantes possíveis. Mas também tem um cheiro bom para aqueles que estão marcados para vida. É muito interessantes irmãos que a vida é o que faz a diferenciação do cheiro. Vida de Cristo em nós, a vida de Cristo nas pessoas que estão se salvando, ou faltando vida, as pessoas vão se apodrecendo cada vez mais, a cidade vai se apodrecendo. Quem não pode deixar de reconhecer que no nosso Brasil, que a sociedade está apodrecendo, aqueles que estão rejeitando esse evangelho, pois cada vez mais que se fala do evangelho, cada vez mais se apodrecem aqueles que rejeitam, e também cada vez mais aqueles que estão recebendo essa mensagem, estão crescendo, com este maravilhoso aroma de Cristo.
CONCLUSÃO
A pergunta final do texto é:
Quem é suficiente para estas coisas?
Quem é idôneo, quem é que tem talento, capacidade, estrutura emocional, conhecimento, quem tem treinamento, quem tem cultura, quem tem tudo que é necessário para ser este tipo de crente.?
Paulo diz não tem ninguém, pode começar a recrutar entre vinte milhões de crentes e não vai encontrar ninguém que é idôneo. A não ser que ele seja dependente de Cristo. Ele volta a falar sobre a nossa dependência. nossa suficiência é de Cristo. Afinal os únicos recrutas que podemos encontrar e enviar são aqueles que tinham a suficiência na dependência de Cristo.
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