Pare, pense e avance

Autor: Carlos F. Meier




Na última guerra mundial, constatou-se que as pessoas que eram presas e levadas para os Campos de Concentração, logo ficavam doentes; uma das coisas que marcavam a cena, era o fato daquelas que não tinham força, coragem para enfrentarem as torturas e doenças, bem como, a falta de alimentação, não resistiam a tudo isso e morriam logo.
Viktor Frankl, em seu livro “Em Busca de Sentido”, fala de forma muito contundente sobre esta realidade.

No livro mencionado, o autor descreve como viveu, junto dessas pessoas, em situação de extremo horror e descobriu que há algo em nós que nos impulsiona a querer viver, querer mudar e, acima de tudo, buscar algo que dê sentido à vida.

O autor não é conformista, pessimista, mas é grande encorajador daqueles que querem ver transformação, mudança e, acima de tudo, um viver objetivo, que supera os desgastes do tempo passado e cria uma esperança nova para o tempo futuro.

Estamos comemorando os nossos 102 anos de Igreja. Por um lado, somos vítimas desses tempos pós-modernos, que culpa e desacredita em toda solidez, tradição, estrutura e organização eclesiástica; por outro lado, nós, em sã consciência, não podemos aceitar passivamente todos os estragos causados pela pós-modernidade.

Acho que devemos aproveitar a nossa história de Igreja brasileira, com um espírito Nacional, para valorizarmos tudo aquilo que é nosso, da nossa cultura. Temos muita facilidade de fazer amizades, de nos comunicarmos com as pessoas. O povo brasileiro está vivendo um momento aberto para o Evangelho de Cristo. Somos receptíveis à mudanças, queremos ver as coisas acontecerem. Temos visão de crescimento. Deus tem nos desafiado para a obra missionária.

Só nos falta pegar firme na questão do evangelismo pessoal e do discipulado; aliás, este era o estilo de Jesus. Se quisermos fazer justiça ao Novo Testamento, temos de voltar a esta prática que sempre deu certo em todos os lugares.

Vamos dar um basta para todo o comodismo, para o equívoco de que “alguém vai fazer por nós”, que “está tudo muito bom assim”. Vamos à luta! Não nos conformemos com estes tempos pós-modernos, mas avancemos para o tempo de Deus, que é tempo de colheita e de vitória!

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