Autor: Pr. Emidio Viana
Em primeiro lugar devemos partir do princípio bíblico “não matarás” de (Ex. 21:13). Se lidarmos com um embrião considerando que não é plenamente humano, o que é então? É subumano? Pode ser tratado como um apêndice, uma extensão descartável do corpo da mãe? A resposta é não! Um nené não nascido é uma obra de Deus que aumenta enquanto se desenvolve. O Salmista escreveu: “Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe…os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito e entretecido como nas profundezas da terra” (Salmo 139:13-15).
O embrião é potencialmente um ser humano e um apêndice é uma parte distinta. Temos o exemplo de João Batista em (Lucas 1:39-41) “E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apressadamente às montanhas, a uma cidade de Judá… ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo”. O bebê de Isabel embora não tivesse nascido, ficou profeticamente consciente da presença do Messias ainda por nascer. O resultado proveniente dessa saudação não foi comum. O que fora predito sobre o estado santo do menino, que estaria cheio do Espírito Santo desde o ventre materno. Veja (Lucas 1:15). Podemos ver outros exemplos. Jeremias foi escolhido por Deus para seu ministério profético ainda antes de nascer. (Jr 1:5). O mesmo aconteceu com o apóstolo Paulo (Gl 1:15).
Deus é autor e controlador da vida, e querer matar uma vida embrionária que é preciosa para Deus é crime.
O QUE DIZER DO ABORTO POR RAZÕES EUGÊNICAS, OU POR ESTUPRO?
A primeira consideração a ser feita, é a mais básica. Nenhum aborto é justificável. Ainda que a Constituição dê plena cobertura considerando como algo legal. Temos que ter em mente que a nossa dependência é das Escrituras Sagradas, pois nem tudo o que é legal é moral.
Tem o homem direito de ser juiz de uma vida informe, criada segundo a imagem de Deus?
Tem o homem direito de ser o consumador de uma vida que não veio ao mundo, e que nenhum ato praticou?
Temos consciência de que todos os males na experiência humana, vem em decorrência do pecado, um erro não justifica outro. Se alguém por infelicidade foi estuprada, sofreu um grande mal, não podemos reparar um erro praticando outro.
Aqueles no meio evangélico que dão alguma justificativa no caso de eugenia , estupro, etc., reivindicam com base em Ex. 21:22 dizendo que o feto, de acordo com o texto, não era considerado indivíduo. O texto diz: “Se alguns homens pelejarem, e ferir uma mulher grávida, e forem causa de que aborte,…”. ou melhor, seu fruto venha para fora (vivo e não morto). Neste caso era cobrada apenas uma multa. Caso o bebê morresse, aplicava-se a Lex Taliones, a Lei de Retaliação.
A destruição de uma criança não nascida era considerada pelos hebreus como um exemplo da mais bárbara crueldade que exigia o julgamento de Deus (2 Reis 15:16).
Portanto, não há justificativa para matar um ser humano ainda que de forma embrionária. Aborto é uma maneira de praticar homicídio.
Fonte: http://www.ibrpc.hpg.ig.com.br/estudos/aborto.htm
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