Farmakon

Autor: Marcos Filippo da Costa Granja
Religião ergue templos, Jesus vidas; religião é nome de uma coletividade, Jesus vale na individualidade; religião não salva e às vezes mata, Jesus é meio único de Salvação e vida; religião é passível de erros, Cristo é inerrante; religião muda e se contextualiza, em Jesus não há mudança nem variação; religião prega uma verdade, Jesus é a própria; a religião tem seguidores, Jesus testemunhas; religião indica um caminho, Cristo é o único e estreito caminho; religiões nascem e morrem, nosso Cristo “é”; religião é Lei, Jesus é Graça…

São tantas as diferenças, porque existe tanta confusão? Confunde-se culto com cerimônia, oração com reza, templo com “a morada de Deus”, Domingo com “dia Sagrado”, louvor com música, fé com “fazer fé”, emoção com unção, métodos humanos com direção divina, benção de ser próspero com acúmulo de bens e religião com Jesus. E isto é grave, vejo surgir uma grande massa que não rende culto, sacraliza um momento; que não ora, repete um jargão; não louva, canta; e por aí vai…Em tempos de cigarro sem nicotina, cerveja sem álcool e doces sem açúcar, temos também, Crentes sem Espírito Santo, enfim…baixos teores.

Outro dia li uma expressão do idioma grego interessantíssima, “farmakon”, que traduzida pode ser tanto remédio quanto veneno, dependendo da dose. Talvez você encontre nela a ajuda que achei para iluminar essa diferença, e encontre em você as doses não recomendadas pela bula (leia-se Bíblia Sagrada) que envenenam a pureza de seu Cristianismo.

A Reforma de Lutero nasceu dessa descoberta, participemos dela.

Marcos Filippo é membro da Igreja Metodista do Jardim Botânico

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