Autor: Marcos Batista
Nome de princesa sobrenome eclesiástico.
Me fez pensar que os santos têm uma Daiane dentro de si.
Essa menina franzina se fez gigante. Tornou-se a 5ª melhor do mundo.
Venceu várias etapas dessa Olimpíada, aliás sua Atenas começou aqui no Brasil.
Venceu batalhas como classe social, etnia, gênero, etc…
A nossa princesa-guerreira pobre, negra, mulher, num país onde sua modalidade esportiva não tem tradição nem apoio.
Em Atenas: O sorteio (seria a primeira) e a pressão da mídia (você tem de vencer).
O primeiro desafio mexe com o equilíbrio psicológico de qualquer um. O segundo tem a força da cobrança e da ingratidão. A mídia que disse: “Daiane é a nossa esperança. Nossa melhor produção!!!”, foi a mesma que, no dia seguinte, disse: “Daiane decepciona!!!”
A mídia é assim mesmo. Num dia diz: “Bendito o que vem em nome do Senhor…”, e no outro “Crucifica-o!!!”
Mas a Daiane venceu. O que é ser a Quinta melhor atleta do Planeta???
Daiane conquistou mais do que o ouro. Mais do que se dá às mulheres, pobres e negras. Daiane é de ouro. Venceu as impossibilidades.
Dentro dos santos existe uma Daiane. Lutando contra preconceitos, traumas, complexos, rejeições, mágoas, cobranças, culpa, etc…
Podemos, na vida, acertar ou errar. Quase sempre erramos. Mas o importante é o que vem depois. Assim foi com Maria Madalena, Zaqueu, Saulo de Tarso, você e eu.
Não precisamos ser o quinto melhor do mundo.
Basta sermos melhores do que fomos ontem.
Reputação é o que dizem de nós. Dignidade é o que sabemos sobre nós.
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