Autor: Rev. Túlio Jansey Coelho de França
Introdução
1. Antes de mais nada, a revelação é de Jesus. Não é de João, nem de qualquer outro apóstolo, a revelação é de Jesus Cristo, dada por Deus com uma finalidade, a saber, mostrar aos Seus servos, Seus seguidores, Seus discípulos, ao longo de toda a história cristã, a inevitabilidade do que ocorreria, não em determinado momento, não em uma ocasião especial, mas na passagem dos tempos. O que, de imediato, limita a participação de João à Narrador.
Muitos problemas ocorrem em Bibliologia e Manuscritologia quando entendemos que o autor da carta participa gramaticalmente do conteúdo. Isto não passa de uma grande mentira. Todas as cartas são inspiradas por Deus e, portanto, de conteúdo ditado por Ele. Mesmo em sua consciência total, o apóstolo tem sua mão servida como boca do Senhor. Assim, o Apocalipse é de Jesus Cristo, não de João. Digamos, com autoridade, neste caso, que a liberdade manuscritológica de João é apenas redatora, um escrivão escatológico.
Após, quatro pontos saltam aos olhos neste trecho, os quais não podem ser esquecidos. A leitura displicente, ou leiga, desapercebe elementos fundamentais para uma compreensão totalitária do livro. Observe que o livro todo é uma revelação pessoal. Apocalipse é a apresentação da Glória, do Poder, da Honra, do Reino e do Julgamento do Cordeiro, ou seja, é o livro que declama a vitória do Seu povo. Resume-se o livro nesta forma simples dita, apresentando a Glória do Cordeiro, que não mais vem nesta ilustração. Pode-se dizer que a forma divina do Cordeiro, contraída por Jesus em Seu sacrifício vicário, deixa de existir, então, surge o Leão. Seu Poder é demonstrado ao longo da história, nos quadros sofridos e conquistados pela Igreja, na Força com que Rege todo o universo.
Sua Honra é merecida, “digno de abrir o livro e quebrar os selos”. Aqui, algo intrigante há, pois não honramos a quem não merece, não dignificamos alguém sem méritos. Apocalipse revela a Honra de Jesus, Imaculado, Limpo, Aquele que retira de diante de Deus toda a impureza dos homens, seja salvando-os, seja condenando-os; a Honra merecida de Jesus, conquistada em Sua morte, corroborando a Sua Autoridade. Ademais, Seu Reino, presente em Seu canal de anunciação, a Agência de Deus, Agência, esta, tão somente formada de embaixadores, que é a Igreja.
Por fim, Seu Julgamento, a separação do trigo e do joio, a condenação eterna do inimigo de nossas almas, o galardão dos eleitos. Salvação entregue aos escolhidos, pelos quais Jesus morreu; condenação entregue à nação impenitente, aos que se encontraram fora, “vasos preparados para a perdição”, para os quais não há socorro. Duro ouvir certas verdades, principalmente as que se relacionam com a eternidade, como a predestinação, porém, é certo que há uma escolha, feita mediante os princípios eternos de Deus, na liberdade da qual goza nosso Senhor que, por Ser Deus, não deve satisfação a nenhum de nós mortais. Portanto, Locke estava errado, pois a preocupação única de Deus é a salvação, e o restante é matéria, é criação. Apenas os seres humanos são semelhança, apenas eles perturbam, com pecados, o tabernáculo da morada do Altíssimo, tão somente eles comovem o coração de Deus. A guarda eterna deles reserva-se à Deus, Soberano e Rei.
Na trajetória deste verso, além da pessoalidade desta revelação, também, esta é hierárquica, ou seja, a permissa é do Pai, pois é “…dada pelo Pai…”. Em nenhum momento, mesmo gozando de igual essência, Jesus se Eleva acima de Seu Pai, ainda que no capítulo 5 esteja Ele no meio do Trono de Deus. Esta hierarquia apresenta a Eternidade da Encarnação, já que a permanência aparente de Jesus, ao longo do sempre a partir de Sua Encarnação, será a do Filho em Sua corporeidade, portanto, a Encarnação do Verbo modificou o cosmos.
Por vezes, pensamos praticamente na Deidade e Sua Eternidade. É certo que o Filho sempre esteve com o Pai e o Espírito, sendo a recíproca, para ambos, verdadeira, também, sendo os Três Deus, tanto em totalidade, como em singularidade. Todavia, não sempre o Filho Teve a forma que Tem, é óbvio e evidente. Ademais, ocorre outro problema que a Trindade apresenta: Se o Filho sempre esteve com o Pai e com o Espírito, na eternidade passada, pergunta-se em que forma Esteve até Encarnar. Observe que Jesus É Deus encarnado. Não podemos separar as Pessoas, pois as Três São Uma só e não São, ao mesmo tempo. Difícil ato é pensar na Trindade, pois temos de distingui-La e não, de uma única vez, com prudência e sem discrepâncias, a fim de que não caiamos em blasfêmia.
A Trindade É Una. E, também, a Trindade é distinta. Não apenas em função, como ditam alguns teólogos, mas, também, em Pessoas. Em Jesus a Trindade assume nova postura. Entendamos aqui que a eternidade do Verbo caminhou, até a Encarnação, enquanto propósito. Calma, não significa que Deus tornou-Se Trino ao Encarnar, pois propósitos, ou decretos, de Deus, são chamados à existência desde o mais remoto passado.
A Trindade é Deus e Deus é a Trindade. Ocorre que, a eternidade do Verbo só ganha definição, ou completa-Se, após a Ressurreição, quando o propósito se encerra. Assim, antes de Encarnar, a forma Espírito de Ser ditava as apresentações diversas de Deus à humanidade, quer em Teofanias, ou não. Antes da Encarnação, diferença alguma traria definir as Pessoas da Trindade e dizermos que em passagem “X” o Filho apareceu, ou em “Y” o Espírito se mostrou, pois havia o que chamo de Totalidade do Mistério. Não erigindo outra heresia, mas é óbvio e claro que a forma corpórea do Verbo modificou o Estado da Trindade.
É certo que ninguém viu à Deus e permaneceu vivo, mas, isto, em Sua eterna Glória e Majestade, pois mesmo Jesus É Deus e quem O vê, vê ao Pai; bem como o Espírito Santo É Deus, tanto que supre a ausência do Filho até Sua volta, sendo o Consolo de todos nós. A questão é que o encarar das manifestações vétero-testamentárias eram sob a ótica do Pai. O Monoteísmo Judaico não compreendia ou admitia, como até os dias atuais professa, a existência Trina do Único Deus. Deus Existe e co-Existe, nada mais se pode dizer a respeito. Podemos, assim, dizer que após a Encarnação, a história da Trindade mudou. Aliás, Deus mudou a Sua própria história constitutiva em favor de nós, pecadores.
Se dantes não, da Encarnação adiante as Pessoas da Trindade assumiram, distintamente, Suas funções e precisaram, pela primeira vez na Eternidade, distinguir, também, Suas feições, ou seja, o Filho só se apresentará como Jesus, Aquele que aqui viveu. Pai, Filho e Espírito Santo, após a Ressurreição, Têm, digamos, Rostos. Aparências que definem Suas Personalidades, pois o Verbo não pode mais desencarnar. O corpo físico de Jesus estará, para sempre, unido à Sua Divindade.
O Ser de Deus mudou por causa deste imenso amor por nós. Impressionante o arcabouço doutrinário que abriga um verso isolado da Palavra de Deus. Após este necessário passeio pela Trindade, sigamos adiante. É interessante notar que Apocalipse é um Decreto eternamente outorgado e, portanto, eternamente executado, é impossível desviar de seu conteúdo e de seu cumprimento, isto por ser uma revelação “dada por Deus”. Porém, nada é simples como parece. O envolvimento direto de Deus apresenta um conteúdo eternamente almejado, uma vontade desde sempre escrita, algo que Deus já arquitetava quando o Universo inteiro existia em uma molécula só.
Logo, a doação de Deus desta revelação trazida por Jesus, abriga uma mensagem direta e clara, gritante à olhos nus: O que no livro estiver diz respeito à toda a existência. Outramente, na apresentação Apocalipse já demonstra o propósito de sua escrita, a saber, a iminente destruição do pecado e de seus condizentes, e a restauração de uma criação santificada. O livro não trata de um acontecimento local, ou de uma determinada época. Incrivelmente, o livro trata de todo o conteúdo cristão pós-ascensão e pré-arrebatamento. Por causa disto, outra verdade aparece, não podemos entender que as visões são seqüenciadas, pois são apresentadas e João é convocado à vê-las. Quer dizer, como veremos adiante, não necessariamente os capítulos do livro seguem um encadeamento lógico de assuntos. De modo algum, em verdade, o livro, por se envolver com as épocas de todo o período da Igreja, passeia na história e salteia-se por entre os séculos. Um capítulo não chama outro, não necessariamente.
Há uma independência temporal, que estabelece uma morfologia individualista para interpretação, com isto digo ser necessário um pouco de existencialismo para a interpretação do livro da Revelação. Deve-se imaginar um imenso cenário teatral, sem palco distinto, mas uma plenária cercada de palcos. Nesta platéia ao centro, encontra-se João que, paulatinamente, é chamado para contemplar os dramas. Na medida em que se vira ao ser chamado, João contempla interpretações distintas, cenas ímpares, momentos singulares, pois João está no que os amantes da ficção científica chamam de Limbo.
Nada demais, em palavras comuns, Limbo é um local vazio entre os tempos, qualquer que seja, uma apreensão dos quadros e a possibilidade dos mesmos. Dizia Einstein que a utilização de cem por cento do cérebro, possibilitaria energia tal capaz de transitar entre os séculos, prevê-los ou decifrá-los. Nada parecido aconteceu com João. O apóstolo foi levado a ver cenas distintas da Igreja Cristã, isso é evidente, basta o que veremos abaixo, pois a Revelação foi para “…Seus servos…”.
Pois, assim, em terceiro, a revelação do livro é para os servos, doulois no grego, o termo em tantas epístolas utilizado para aqueles que, de livre vontade, se tornavam, ou se tornariam, escravos de Jesus. Quer dizer, o termo no grego exemplifica servidão, um servo que, mesmo livre, prefere a escravidão, em suma, totalmente fiel a Jesus. Quer dizer, a mensagem é destinada aos fiéis. Mais, com isto o livro direciona-se para um povo, distinto dos demais, coesos entre si. De fato, tal informação estabelece uma regra clara existente em toda e qualquer sociedade, muito estudada pela Antropologia. Sabemos que um inglês compreende a outro, como um alemão reconhece seu compatriota. Há elementos básicos que identificam e distinguem as diversas culturas, elementos particulares, seja tom de pele, ou postura fonética, o fato é que identificamos pessoas que partilham de mesma cultura, isso sem muitos esforços.
Ademais, não apenas, também, compreendemos o que nos é dito, mesmo que a frase não esteja completa, pois há uma reciprocidade no mundo das idéias. O desfrutar de mesmos ideais, convívio, cultura, transcende a nossa dependência vocálica. Existe o que a Psicologia chama de decodificação. Toda mensagem vem codificada, por elementos comuns à cultura e que, portanto, precisam ser decodificadas. Porém, se faz de forma automática, imperceptível para as milhares de ligações elétricas que ativam nossa atividade neuronial. O porquê de tanta Psicologia, Antropologia e Sociologia está no verso em análise. Ao dizer que a carta é endereçada aos servos, Jesus afirma que há um conteúdo que apenas cristãos poderão decifrar. Agora, não que todos os seus símbolos sejam passíveis disto, porém, qualquer cristão que entenda o propósito do Cristianismo, resumido no Sermão da Montanha e detalhado na Epístola aos Romanos, entenderá que Apocalipse é um livro de estigmas humanos e decisões Divinas.
Apocalipse é uma Revelação presente pontiliar e futura. Um processo histórico, não uma Escatologia adiável, comumente vista, quer dizer, o livro não é algo sempre tardio, um acontecimento eternamente futurista, na verdade, se podemos resumir, é um Julgamento eterno, iniciado a partir das visões e do arrebatamento de João. A ninguém mais é dado o entendimento do livro, apenas aos fiéis, ao povo de Deus, à Igreja, aos amigos, pois “… o amigo conhece a vontade de seu Senhor…” (Entenda-se, aqui, Julgamento em três instâncias: por Perseguição, por Apreciação e por Exclusão, os quais serão detalhadamente vistos adiante).
Enfim, essa atemporalidade do livro, chama o quarto e último ponto destes que ora tratamos. A questão é que o verso traz a seguinte expressão: “… as coisas que brevemente devem acontecer…”. Mas, que brevidade esta, dita por volta do século 96 d.C., quando nos encontramos em 2001 d.C., o primeiro ano de um novo século de um novo milênio? As assertivas surgem a dizer que os apóstolos ansiavam um breve retorno de Cristo e viviam em estado de contemplação; outras, afirmam que a expressão encontra-se em uma linguagem de temporalidade Divina, a qual se resume na idéia do salmista, a saber, “um dia para Deus são como mil anos e mil anos como um dia”, obviamente, a partir daqui, entende-se que este “brevemente” encontra-se em um espaço tempo que unicamente Deus compreende sua exatidão.
Contudo, a verdade é que ambas as teorias estão equivocadas. A primeira falha por desconsiderar que a Revelação é dada por Deus, através de Jesus, então, tudo dito e posto em letras é obra puramente Divina, assim, excetua-se a compreensão de João, ou de qualquer outro apóstolo, que vivia, ou não, na iminência da volta de Cristo, o que está dito é Palavra de Deus, não de homem. Ademais, lembremo-nos da doutrina da Inspiração, que não há a necessidade de detalhá-la, porém, saibamos, qual Paulo a Timóteo, que toda Escritura é Divinamente inspirada. A segunda, apesar de fundamentada na Bíblia, peca por não observar que o juízo de Deus é sobre a nação impenitente. Com isto, a seqüência de juízos trazida por Apocalipse, derrama-se ao longo dos séculos, não na distinção de uma condenação majestosa, mas no aumentar de uma chaga que nunca há de receber cura.
Dizer que há uma forma de tempo compreendida por Deus, significaria a impossibilidade de compreensão da mensagem, mas não é isso que o livro relata, como vimos anteriormente. A mensagem do Apocalipse é para compreensão, a fim de que os homens não permaneçam em obscuridade, mas conheçam o que acontecerá até a volta do Cordeiro. Desnortear o tempo, tornaria a mensagem inaudível, pois de nada acresceria compreender a que se refere o livro, já que tal ocorrência causaria apreensão e desesperança, causas ansiadas pelo Diabo.
Assim, é quase que desnecessário trazer qualquer explicação ou lucidez em cima de algo clarividente. Todo problema reside no modo de observar, muitas vezes é necessário um subjetivismo e que abandonemos o modo objetivo de ver. Antes, a pergunta que deve ser feita é: O quê que brevemente acontecerá? A resposta é direta: As coisas. Que coisas? A seqüência de juízos, que veremos detalhadamente mais adiante. Contudo, esta expressão “coisas” indica plural, também no grego. É certo que a pluralidade em nada é breve, por ser a multiplicidade de fatores.
Logo, entendamos que os acontecimentos, “as coisas”, representam o desenrolar do estabelecer do Reino de Deus através da Igreja, até a volta de Jesus. Esta compreensão é simples demais, pois, como Apocalipse compreende o Juízo que se evidencia desde a morte de Jesus na cruz, pois naquele momento há, no Reino Espiritual, a consumação por Deus para os Eleitos e para os condenados, desta feita, o juízo recai sobre a terra de um modo direto, a saber, através do ato expiatório e a entrega deste mundo ao principado tenebroso de Satanás. A propagação do Evangelho em nada modifica a situação, apenas alarma mais ainda, visto que é certo que, ao anunciarmos do Evangelho, almas conhecem a Jesus, mas este conhecimento é duplo, já que aos Eleitos representa o Chamado Eficaz e aos condenados, a sentença proferida.
Partindo deste princípio, entendemos o livro de Apocalipse atemporal, onde “as coisas” acontecem ao longo da história. Então, o “brevemente” explicitado não representa a chegada do fim, mas o início do fim, que se estende por estes mais de dois mil anos, de diversas formas, nos altos picos que atingiu a Igreja, como nos baixos; tanto na sublimação do espírito humano, como na podridão por ele deflagrada.
Logo, é evidente que este fim é longo, árduo e doloroso, um fim extremo, para a vergonha de uns e a honra de outros; para a louca e desvairada corrida do Diabo contra o tempo e a paciente espera do desfecho do Rei Jesus. Não é um fim simples, o encerrar de outra novela. É a mais dolorosa chaga absorvida pela raça humana, pois nenhum remédio há de sana-la, e nenhum socorro há de provê-la, nada que for feito ou dito há de aliviar a dor e a morte, apesar de inevitável, será ansiada como a fome em tempos de escassez. “… buscarão a morte e não a encontrarão…”.
No mais deste verso, ainda resta um pouco, ao que concerne o anjo que traz esta revelação a João, este João o Apóstolo, através dos indícios históricos da época, além da menção de Patmos, onde João Apóstolo de certo foi confinado. A respeito deste anjo, as divergências são enormes entre os estudiosos. Uns apontam como o próprio Jesus, outros apontam como apenas um anjo. O bom de se achegar com cautela à Apocalipse é o desafio que o livro nos traz. Não se trata de um breve e simples opúsculo, mas de um livro simbólico, literal, profético, passado, presente, o qual nos desafia pela própria linguagem com que trabalha. Digo, pois dentre as controvérsias, é preferível crer que tal anjo seja o próprio Jesus, o Anjo do Senhor, a presença constante do Rei, que leva João a ver a Revelação d´Ele Mesmo, dada por Seu Pai, os desígnio ocultos de Deus, a vontade eterna do Mestre.
Um primeiro indício é a expressão “seu”, ou o grego tou, um pronome que se encontra no genitivo, que indica posse e tratamento. No grego, a forma tou atrai carinho e afeto, zelo e ciúme, posse e amor. Por diversas vezes, inúmeras, a expressão apresenta, no hebraico bíblico, o mesmo sentido. Não obstante, a expressão traspassa fronteiras. Por ser um pronome, no genitivo, ainda aponta particularidade. Não é apenas um dos milhares de anjos das Miríades de Deus, mas é o “seu” anjo, particular, singular, ímpar. Note que este “seu” não concorda com “Revelação de Jesus”, mas com “a qual Deus lhe deu”. Após a pontuação, um ponto e vírgula, surge a expressão “e pelo seu anjo enviou”. Novamente, faz-se as mesmas perguntas de anteriormente, sem a necessidade de repetirmo-las. A Revelação É de Jesus, que Deus lhe deu e que, pelo seu anjo, enviou. Simples e direto, desnecessário seguir, até mesmo, para o grego.
Este É o mesmo Anjo do Senhor, diversas vezes citado no Antigo Testamento. Todas as apresentações do Anjo do Senhor, estabelece identificação particularizada. Ademais, há outro porém. A idéia de que a mensagem é enviada até João por intermédio deste Anjo, conota o sentido de que este último sempre acompanhará, durante toda a revelação, o primeiro e, a partir do verso 11, quando João identifica com quem ele falava, inicia-se a seqüência de visões.
As visões do capítulo 1, identificam a Glória de Cristo e Sua Autoridade, Ele como Senhor absoluto da Igreja. Portanto, este Anjo, É o próprio Senhor Jesus, nosso Salvador, que comunica Sua Revelação e apresenta ao mesmo tempo, acompanhando, permanentemente, à João, corroborando que tal Revelação é, de fato, d´Ele e de mais ninguém. Não se faz mister que identifiquemos as personagens do livro separadamente e, por puro tratamento diferenciado, caiamos no erro de iniciar uma verdadeira obra de ficção. Está por demais claro de que, tal Anjo, não é outro, se não o próprio Rei Jesus.
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