A relevância da igreja

Autor: Manoel A. da Silva
É discutível, para uma grande parte de cristãos, hoje, a relevância da igreja. Qual é a função da igreja, a não ser a de suprir as necessidades daquele que vem a ela? Será que a igreja tem somente uma função social, descompromissada com quaisquer valores espirituais, num âmbito mais abrangente? Qual seria a dimensão verdadeira do significado da igreja, como assembléia, corpo de salvos por Cristo? É bastante interessante uma abordagem feita por René Padilha, quando trata da unidade da igreja e o princípio das unidades homogêneas. Diz ele: “Todo Novo Testamento pressupõe que a unidade do povo de Deus, transcende todas as distinções externas. A idéia é de que com a vinda de Jesus Cristo foram derrubadas as barreiras que dividem a humanidade e foi desencadeado um processo pelo qual na igreja e por meio da igreja uma nova humanidade está tomando forma.
O propósito de Deus em Cristo Jesus inclui a unidade da raça humana, e esta unidade se torna visível na igreja”. Ora se essa unidade se torna visível na igreja, quão comprometidos não deveríamos ser, em termos de partícula que somos, dessa igreja? A igreja, aqui, com a conotação de igreja universal. Ora, se a afirmação anterior está validada para a igreja no âmbito global, universal, o que diríamos da igreja local, o quão unidos não deveríamos ser? Mas um problema, é que temos dificuldade de ver-nos como ‘unidade satélite’, querendo ser unidade central. Como nos diz René Padilha, “a Bíblia nunca olha para o ser humano como um indivíduo isolado; ela olha-o como um ser em sociedade, uma pessoa em relação com outras pessoas”. Desta forma, primeiramente, devemos avaliar as nossas motivações sobre a nossa práxis eclesiástica.
Em segundo lugar, a relação existente, entre nós “como sendo pessoas que vêm à igreja, buscar-, e a igreja. E, depois, avaliar o nosso entendimento sobre essa unidade dinâmica, que é a igreja local. É reflexão mesmo!!! Quando conseguirmos interagir bem com esses elementos, entenderemos melhor a nossa própria função, na igreja; a nossa própria função, no corpo, como uma função ativa e não passiva. A igreja como oportunidade de exercer uma função e não um receptáculo de bênçãos, tão somente. Sem dúvida alguma, entenderemos a igreja como celeiro de dons, usando o título do livro de Darrell W. Robinson, “Igreja – Celeiro de Dons” E, tudo isso, para que possamos, como igreja, -essa unidade dinâmica maravilhosa, instituída por Deus-, cada um com o seu dom ou dons, transmitir ao mundo que Jesus é a única esperança. Você, meu irmão, minha irmã, faz parte dessa unidade dinâmica, porquanto somos os membros do corpo, do qual Cristo é a cabeça.
 

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