Autor: Juarez Marcondes Filho
Chamou-me atenção um folheto intitulado “26 razões porque sou dizimista”. Logo imaginei, eis aí um excelente estudo, com bastante argumentação, para transmitir à Igreja. Ao lado de cada razão, versículos bíblicos comprobatórios do argumento. Eis uma pequena amostra do artigo:
“Sou dizimista porque: 1. O dízimo é santo (Levítico 27.32). 2. Deus é dono de tudo (Salmo 24.1). 3. Mais feliz é o que dá do que o recebedor (Atos 20. 35). 4. Deus ama a quem dá com alegria (II Coríntios 9.7). 5. Tudo vem da mão de Deus (I Coríntios 9.7). 6. Não sou avarento (I Timóteo 6.10). 7. Obedeço a Deus (Atos 5.29). 8. Deus me escolheu e me enviou (João 15.16). 9. Meu salário não será colocado num saco furado (Ageu 1.6). 10. Tudo o que eu semear, isto colherei (Gálatas 6.7). 11. Deus suprirá todas as minhas necessidades (Filipenses 4.19).” E assim por diante.
Quantas razões! E tão óbvias, tão claras. É inescapável. Se quisermos viver um cristianismo autêntico não podemos olvidar esta determinação da Palavra. Não se trata de legalismo, mas de exercício da fé. Não dar o dízimo alegando que ele ficou restrito à velha aliança é desconhecer o ensino bíblico. Cristo não suspendeu a sua aplicação (Mateus 23.23). Ao contrário a ampliou (Lucas 19.8). Ao não darmos o dízimo, chamamos para nós a responsabilidade de cuidar daquilo que o Senhor determinou fosse absolutamente entregue para o serviço da sua Casa (Malaquias 3.10). É bom estar prevenido porque o Senhor vai cobrar esta responsabilidade.
Tantas razões! E mesmo assim, muitos continuam resistentes. Sempre com alguma razão “maior” para não obedecer ao mandamento. E a criatividade, neste sentido, é muito grande. Alguém não pode dar o dízimo porque não sobrou para isto. Outro, porque contribui com outras causas. Até a ajuda missionária é uma escusa para descumprir a Palavra.
Há argumentos não tão criativos assim. Há quem admita que não dá o dízimo porque discorda da maneira como ele está sendo administrado, ou porque não gostou no sermão do pastor. Ou até porque seria muito dinheiro para a Igreja. São “razões” que se esgotam por si mesmas.
Na verdade, há uma única razão para dar ou não dar o dízimo, e esta não é outra senão a razão do compromisso. Quem tem compromisso, não se atrasa, não deixa de comparecer, prioriza, confia, obedece, consagra, e tudo faz com muita alegria, sem o que não há o menor sentido em servir a Deus.
Compromisso é aquela atitude do atleta numa competição esportiva. Ele efetivamente “veste a camisa” do seu time. Ele supera os limites, faz um esforço excepcional, mostra garra.
Quando um crente decide-se a fazer a sua Pública Profissão de Fé, ele demonstra que deseja “vestir a camisa”. Seu compromisso com Cristo se estende a toda a sua vida. Torna-se um exemplo entre os seus pares. Fala do Evangelho com liberdade. Busca conhecer a Deus e à sua Palavra cada vez. Assume responsabilidade ministerial na Igreja. Torna-se assíduo e pontual aos trabalhos da Igreja. E, também, aprende a ser fiel dizimista.
Quem “veste a camisa” ama de paixão a Cristo e à sua Igreja e quer vê-la prosperando, crescendo, alcançando os perdidos, assistindo aos desfavorecidos, enviando missionários, sustentando condignamente os seus obreiros, cumprindo integralmente os seus objetivos.
Por isso, por mais razões que se apresentem para sermos fiéis ao Senhor, nada nos demoverá de nossa resistência, até que aprendamos a “vestir a camisa”.
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