Contar com Cristo e começar de novo

Autor: Ariovaldo Ramos
“Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o ungüento.“ (Leia Lucas 7.37-48)
A mulher foi a Cristo para pedir-lhe perdão. Foi contundente em sua declaração de arrependimento; parece que viu em Cristo uma possibilidade de começar de novo.
Você já pensou nisso: começar de novo? Não seria maravilhoso?
Essa é uma das coisas que mais me admira no relacionamento com Jesus, a possibilidade de recomeçar a vida. Nem sempre significa mudança das circunstâncias externas, porém, sempre significa mudança das circunstâncias internas. O mundo à volta da gente pode não mudar um milímetro, mas, a gente muda quilômetros. Ele nos limpa! O mundo pode continuar em crise, mas, a crise não continua mais na gente. O mar pode continuar bravio, porém, a gente passa a andar por sobre o mar. A vida da gente fica mais importante que a crise e a gente tira a crise de “letra”.
Do que será que aquela moça estava pedindo perdão? A reação de Simão parece indicar que a menina não gozava de boa reputação.
Você! Se estivesse no lugar dela, do que pediria perdão a Jesus Cristo?
Eu gostaria de sugerir que você pedisse perdão ao Senhor pelo mesmo motivo que ela. Não precisa se ofender! Eu penso que a moça, com aquele gesto estava dizendo a Jesus: “Olha o que eu deixei que a vida fizesse de mim e comigo. Me perdoa, me dá um novo começo.”
É assim mesmo: a gente vai vivendo displicentemente e, sem se dar conta de nossa maldade inata, que, muitas vezes, manifesta-se de maneira sutil, vai deixando a roda da vida nos esmagar. Um dia, a gente se levanta sem coragem de olhar-se no espelho: não nos agüentamos mais, temos vergonha daquilo que nos tornamos – subestimamos nossa fragilidade frente ao mal, assim como, nossa tendência para o mesmo.
A gente acumula preconceitos; teimosias; raivas; manias; mágoas; soberba; amargura; baixa estima; orgulhos; vaidades; mentiras; frustrações; desesperanças; enganos; remorsos; depressões; vícios; inimizades e tantas outras manifestações da maldade…
E agora? Faça como a moça, vá a Jesus Cristo, ele tem perdão para oferecer: perdão que esquece e que instaura a vida, que desperta amor, que gera um novo começo.
Aproveite, Deus está numa campanha de fazer surgir no ser humano o amor que nasce do perdão recebido – é tempo da graça.
Ah! Você não tem essa crise? É só uma questão de tempo ou de consciência. Aliás, espero que aconteça antes que seja tarde demais porque a campanha tem tempo limitado.

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