Contando os dias

Autor: Rev. Enoc Teixeira Wenceslau
“Ensiná-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” Salmo 90:12

“Contar os dias significa reconhecer que somos mortais cujo futuro incerto deve ser colocado nas mãos de Deus. Nossos dias na terra de fato passam rapidamente, como um breve pensamento… e nós, voamos”. O salmista percebe a partir da história e da experiência pessoal que, comparado com a eternidade de Deus, o período de vida de setenta ou oitenta anos parece muito curto. Além disso, este período de anos está cheio de tristeza e sofrimentos. Mas, mesmo com todos os aspectos negativos, o Senhor dá motivos para cantar com alegria e júbilo. Cantamos, não por causa da tristeza e da aparente inutilidade da vida, mas por causa do amor inabalável que Deus tem por nós. Há um hino, letra do saudoso Rev. José Borges dos Santos Júnior, que diz:

“ Se as dificuldades incontáveis são, revoltado julgas que até Deus é vão, considera os fatos e verás, surpreso, que são benefícios o que Deus te fez. Conte as bênçãos quem puder contar que Deus nunca cessa de mandar. Faça a conta, toda de uma vez, ficará surpreso com o que Deus já fez. Tens, é certo, males, mágoas e pesar, sofrimento que não podes suportar. Reconhece as bênçãos, ficarás em paz, confortado e alegre os dias viverás. Quando vier a luta implacável, má, continua crente, Deus contigo está. Pelo Seu poder e graça divinal te dará domínio sobre todo o mal. Conte os males quem assim quiser; conto as bênçãos para agradecer, nem que sofra, vindo a minha vez; verei benefícios no que Deus me fez. Deus envia bênçãos sem olhar a quem. Para maus e justos Deus promove o bem. Descem sobre todos bênçãos do senhor, é perfeito o seu maravilhoso amor. Conte as bênçãos quem quiser contar, só faz conta quem não sabe amar. Nós podemos confiar; Deus não conta para nos abençoar”.

Ao recebermos de Deus mais um ano, devemos fazer, como cristãos e como Igreja, uma reflexão criteriosa e honesta sobre o tipo de vida que temos vivido até o momento. É hora de administrarmos com sabedoria o tempo que Deus nos dá. “Cada minuto que passa é um milagre que não se repete”. O tempo deve ser aproveitado com inteligência e sabedoria, sabendo que de tudo Deus nos pedirá conta: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus, e guarda os Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” (Eclesiastes 12:13,14). O apóstolo Paulo nos adverte: “… aproveita a oportunidade”; e mais, “… também vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus… Eu te ouvi no tempo da oportunidade…” (II Coríntios 6:1-2).

É tempo de pensar na família, na Igreja, e refletir sobre o que cada um, como cristão sincero e verdadeiro, fez de sua vida em 2002. A parábola da figueira estéril chama a nossa atenção para a avaliação das nossas vidas que será feita pelo Senhor Jesus e, o apóstolo Paulo diz que aqueles que são salvos pelo sacrifício de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, devem viver“ em novidade de vida, e em novidade de espírito” (Romanos 6:4; 7:6).

Não basta mudar de ano; é preciso mudar de vida. Há sempre alguma coisa que podemos fazer melhor pelo nosso próximo, e pela obra que o Senhor Jesus nos confiou…

Que o Senhor da Glória os abençoe!

Autor é da:
Igreja Presbiteriana da Penha/RJ
Igreja Presbiteriana Unida de Recife/PE

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