A igreja do futuro que queremos deve ser construída a partir de hoje.
Outro dia em nossa aula de teologia bíblica da missão eu refletia com os(as) estudantes a respeito da igreja do futuro.
Esse é um tema que me fascina, apesar de velho, e fico perplexo que a maioria absoluta dos nossos líderes não gastam uma hora que seja para conversar com sua liderança sobre como vai ser a igreja do futuro.
Perguntei aos meus colegas de classe sobre o que impede de não termos mais reuniões para tratar disso. Algumas respostas foram bem interessantes:
1. A igreja não é estimulada pela liderança para trocar ideias sobre o futuro.
2. Os pastores são acomodados e contentes com o que tem no estado atual.
3. Medo de mexer com o tradicional, acostumados com a rotina eclesiástica.
4. Não é um assunto espiritual para ser tratado nas igrejas.
Um outro ponto interessante foi este: a igreja de hoje está impedindo a igreja do futuro de realizar a sua missão.
É verdade! Somente a igreja de hoje poderá tornar possível a igreja de amanha.
Assim, fica o pensamento para você meditar durante esses dias.
Antonio Carlos Barro
Estude teologia online na Faculdade Teológica Sul Americana
Eu tenho que partir para a semântica do vocábulo “Igreja”. Há duas noções comezinhas, sendo que a mais reverberada é a que adquiriu ao longo dos séculos, a designação de edifícios específicos para comportar cultos institucionais cristãos.
A outra noção para “Igreja”, muito mais original, vem do vocábulo grego koiné, Ekklesia. Koiné era a língua original, prosaica, da escrita do Novo Testamento. (koinonia, que significa “comunhão, que é ter algo em comum).
Muito se fala que Jesus não deixou nenhum modelo definitivo para a continuação mantenedora de suas palavras e preceitos após a sua ascensão, devido a isso, o surgimento de centenas de tipos de, “igrejas cristãs”. Na parábola ou narrativa do bom pastor, não se trata de eventos locais, agendados periodicamente (já existia algo parecido com isso, as Sinagogas, “synagogí”, Hebreus 10:25), mas trata-se do cotidiano ou vida das ovelhas, tipos de guias e situações boas e ruins. Jesus se insere dentro do trabalho metafórico de sua época, entre o pastoreio caprino e situações da vida dos crentes, mas, há advertência em relação aos penetras e aproveitadores profissionais. A meu ver é a melhor situação conceitual de Igreja que pode surgir num futuro não muito distante, a Igreja em que “um bom pastor” viva ao lado das ovelhas em seus pastos e se preciso for, dê a sua vida como prova de amor por cada ovelha no seu dia a dia, isso é pastoreio de fato, não de “paravolí”.