Vivendo para a glória de Deus

Autor: Nivaldo Góis
Fomos criados por Deus para Sua glória e louvor. Deus não nos criaria a fim de vivermos para outra coisa. A criação de Deus tinha o propósito de glorificá-Lo. Jesus sempre ensinou isso aos seus discípulos ao falar da razão da Sua própria vinda.
Se por um lado Ele veio para trazer redenção ao homem caído e separado pelo pecado, por outro veio para glorificar o pai (Jo.12:28).
Para ensinar estas verdades, Jesus revela que não é possível viver nesta dimensão se não houver por parte do homem um despojar absoluto da sua própria vontade. A nossa vontade com a do Pai não combinam porque ele é santo e nós pecadores.
Jesus conhecendo as nossas limitações para compreender esta verdade utiliza-se de duas ilustrações. No verso 24 de João 12, Jesus faz alusão à semente que caindo na terra precisa morrer para dar fruto. Uma semente só se reproduz quando é lançada no solo e ali morre, ou seja, rompe-se e germina, assim pode gerar frutos em abundância . Compreender isso é tudo o que precisamos para viver para a glória de Deus. Aquele que vive egoisticamente, para si mesmo, busca preservar-se a si e dessa forma não pode produzir frutos que glorifiquem a Deus. É como uma semente que jamais foi plantada. Se quisermos frutificar de tal maneira que glorifiquemos ao Senhor, precisamos ser como um grão de semente que se entrega a terra para que muitos possam florescer.
No verso 25, Jesus ensina sobre o princípio do auto-sacrificio.  Princípio este que consiste em tomar a cruz e segui-Lo. O princípio determina que se sacrificar pelo reino de Deus e para a Glória do Pai é o verdadeiro caminho para uma vida útil.
Vivemos para a Glória de Deus tanto quanto servimos a Cristo. E servimos a Cristo quando nos voltamos para o nosso próximo. O significado desse morrer para nós mesmos – ou “odiar a vida” como diz o texto – não tem o sentido de desprezar e tampouco de desprazer pela vida – mas sim de se amar, tão intensamente, as coisas espirituais e ao próximo que se chega a ponto de negarmos a nós mesmos pela causa. O contrário disso é uma vida inútil, porque é um viver solitário, sem objetivo.
Jesus, ao afirmar: “quem ama a sua vida perdê-la-á” (Jo:12:25), se alguém quiser ser o primeiro, será o último e servo  de todos” (Mt. 19:21) a lição de Jesus é que na “economia de Deus” é assim, quando se perde é que se ganha. A proposta de Jesus vai contra toda lógica humana: “quantos mais se dá,mais você recebe”(Mt. 13:12), “quem te ferir na face direita, oferece também a esquerda”(Lc. 6:29. Precisamos nos render a “anormalidade” do Reino de Deus, só assim viveremos para a glória Dele.
No verso 26, Jesus nos revela como poderemos segui-Lo. Seguimos a Cristo quanto nós o servimos. A tendência do nosso tempo é seguir a Cristo sem servi-Lo. Jesus disse: “quem me serve, me segue”, não o contrário. É fácil seguir a Cristo sem servi-lo. Temos vários exemplos na Bíblia de pessoas que seguiam, mas não estavam dispostos a servir e se envolver.
Somos apenas seguidores quando queremos que o Evangelho se molde ao nosso modo de pensar. Contudo, o que eu penso é que deve ser moldado à Palavra. Gostamos da Palavra e até nos emocionamos com as verdades do Reino, porém não moldamos o nosso estilo de vida e de pensar à Palavra de Deus. Somos apenas seguidores e não discípulos. E ser discípulo é abrir mão daquilo que eu quero e me agrada para agradar ao Senhor Jesus.
O Evangelho dos nossos dias é um evangelho sem dor, sem sacrifício. O apóstolo Paulo fala dessa verdade com propriedade quando diz: “E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem sofri a perda de todas as coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo” ( Fp. 3:8)
Seguir a Cristo desemboca em um servir e em uma decisão de entregar-se incondicionalmente.
Glorificamos a Deus quando o servimos de todo coração.
Jesus disse: “Pai, glorifica o teu nome” (Jo. 12:28)
Pai, não eu, mas tu.

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