Autor: Marcos Batista
O Vanderley mostrou que acredita mesmo no lema: “O importante é competir.”
Diante da situação embaraçosa que o envolveu, não perdeu a linha, nem a si mesmo.
Ganhou, só ganhou. Sua determinação de continuar correndo fez o mundo inteiro parar (até de espancar psicológicamente o irlandes).
Cordeiro no nome e nas atitudes, correu leve de ressentimentos. O sonho o atraía, e o incidente foi como dor de parto, passa quando a criança nasce. Subir ao pódium, esse era o seu alvo.
Assisti uma de suas entrevistas onde ele comentou suas participações em competições anteriores. Péssimas colocações. Numa foi o tênis que o seu patrocinador, fabricante, lhe fez usar e, segundo Vaderley, teve de “amansar” na marra, conclusão: Bolhas de sangue nos pés e uma péssima colocação. Outra foi o terreno irregular no México onde teve de treinar, o que lhe custou uma contusão e outra péssima colocação no resultado final.
Situações dolorosas mas não suficientemente fortes para impedí-lo de perseguir o sonho. O alvo. O pódium. Continuou correndo…
A televisão, com sua onipresença, seleciona imagens de acontecimentos simultâneos construindo uma verdadeira liturgia da cerimônia, do culto ao corpo e seu desempenho.
E vem o Vanderley, correndo, como sempre, Cordeiro. Silencioso, manso.
Consagrado pelos flashies e zoons, celebrado por sua atitude, mostrando que o Bronze tem maior valor quando se é de Ouro.
Lembrei-me de Hebreus 12.1-3 e pensei numa paráfrase:
“Portanto, nós também, visto que temos uma multidão de testemunhas ao nosso redor corramos, desembaraçando-nos de todos os irlandeses que nos agarram no caminho, esquecendo os tênis apertados do passado e os terrenos irregulares do México, prossigamos como o Vanderley, olhando firmemente para o pódium, o grande prêmio, sabendo que, ainda que o galardão seja de Bronze, nós somos de Ouro, em Cristo.”
Valeu Vanderley!!!!!!
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