Autor: Autor Desconhecido
“Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias” (Sl 51.1)
Introdução
Este assunto tem sido motivo de pilhéias de indiferença e de ignorância. Satanás tem feito o máximo para que as pessoas não o levem a sério. Exatamente porque é o mal principal da humanidade, atingindo todos os seres humanos, e a causa de todos os demais males e do sofrimento. Por causa do pecado, as pessoas vivem longe de Deus, não encontram a paz interior e, ao morrerem, partem para um destino de sofrimento eterno, sem possibilidade de reversão. É qual peste universal que atinge todas as pessoas, enquanto que estas só se preocupam com seus efeitos. Consideram pecado apenas um ato publicamente condenável, como matar, violentar, oprimir e desconhecem a causa, o seu verdadeiro significado.
Vejamos o ensino de Deus sobre o pecado, na sua Palavra.
1. O Aparecimento do Pecado
A Palavra de Deus ensina que, a princípio, não havia pecado e que o ser humano vivia em comunhão com Deus (Gn 1.27-31). Deus colocou o primeiro casal como ponto alto de sua criação para administrá-la e dela obter o seu sustento, alegrando-se com o que Deus fizera. Satanás, o inimigo expulso de Deus, não se conformou com tanta paz e felicidade. Tentou os seres humanos para a desobediência a Deus e eles cederam à tentação. Desobedecendo a Deus, perderem a comunhão e, intimidade, já estavam separados e distantes dele (Gn 1.1-10).
Deus cobrou do ser humano o seu erro, o qual não estava em comer desta ou daquela árvore, e sim em desobedecer à ordem de Deus, que especificava determinada árvore. Intimamente já afastado e escondido de Deus, o casal foi expulso da sua presença, também para que a sua condição de separação não se tornasse eterna e irreversível e para que mais tarde pudesse ser salvo (Gn 3.11-24).
2. A Herança do Pecado
Assim como herdamos de nossos pais e avós a cor dos olhos e dos cabelos, o formato do nariz e dos rosto, também herdamos aspectos da personalidade. Daí por que ouvimos dizer: “Tal pai, tal filho” e “A maçã não cai longe da macieira”. Ora, se herdamos características físicas e de personalidade, como não haveríamos de também herdarmos o aspecto espiritual e moral do pecado (Sl 51.5; Rm 5.12)? Infelizmente, ao nascermos, já recebemos, como herança de nossos pais e avós, o pecado, o mal da raça humana, que se transmite de uma geração para outra e que nós legamos, desgraçadamente, aos nossos filhos e netos. Agora, o pecado faz parte da raça humana. O ser humano já nasce com ele dentro de si. É uma doença hereditária. Somos pecadores por natureza e inclinados para o mal.
3. A Extensão e Manifestação do Pecado
Qual epidemia hereditária e contagiosa, o pecado expandiu-se rapidamente, alcançando todas as criaturas. As crianças, ainda pequeninas, sem que alguém tenha lhes ensinado, já demonstram tendências para o mal e atitudes más. Enquanto inocentes, Deus não cobra delas o pecado hereditário (Mt 19.13-15; Mc 10.13-16; Lc 18.15-17). Mas, uma vez conscientes, são responsáveis diante de Deus . O pecado hereditário inconsciente torna-se pecado consciente, que continua a se manifestar em atos maus e pecaminosos.
O pecado resulta de uma atitude de desobediência e de rebeldia diante de Deus, separa as criaturas dele, assim como aconteceu no Jardim do Éden (Is 59.1-9). E para deturpar cada vez mais a imagem e semelhança de Deus, à qual o homem foi criado, Satanás nos leva aos atos pecaminosos mais terríveis, tais como: depravação moral, violência, falsidade, maledicência, inveja, blasfêmia, etc. (Rm 1.18-32). O ser humano consciente, e que nada faz para ser curado da tragédia do pecado, vai de mal a pior, bem como a humanidade toda, e fica cada vez mais distante de Deus.
4. As Conseqüências do Pecado
Através da Palavra de Deus ficamos sabendo das conseqüências do pecado. O pecado está em todos os seres humanos e os afasta de Deus (Rm 3.23); pelo pecado veio a morte (separação) que passou para todos os seres humanos (Rm 5.12); a sua recompensa, o seu resultado para todos, é a morte eterna (Rm 6.23).
Podemos dizer que a morte existe sob três aspectos: morte física – separa o espírito do corpo; morte espiritual – separa o ser humano de Deus, já aqui na terra; morte eterna – aqueles que morrem separados de Deus assim permanecem na eternidade. O primeiro aspecto é inevitável, o segundo é passível de ser mudado e o terceiro é irreversível.
Toda forma de pecado é uma afronta a Deus e à sua vontade e atinge também o próximo (1Co 8.12).
5. O Reconhecimento do Pecado
Mesmo assim, pessoas há que dizem não ser pecadoras. Em 1João 1.8-10, temos a declaração de que tais pessoas estão enganadas e de que nelas não há verdade. São mentirosas e, afirmando não ser verdade o que a Palavra de Deus declara, fazem Deus mentiroso! Até que ponto vai a ousadia e a temeridade do pecador renitente: pela sua própria opinião colocar Deus na conta de mentiroso!!! O muro da separação torna-se cada vez mais alto e espesso e o homem mais distante de Deus pode ajudar, pois é qual o doente que não reconhecendo estar enfermo não procura o médico e não toma a medicação (Lc 5.31-32).
Mas ao pecador reconhecido, ao doente desejoso de ser curado de sua enfermidade espiritual, Deus concede a graça de, na sua fidelidade e justiça, perdoar os pecados e purificá-lo de toda a injustiça. O pecador somente pode ser perdoado quando aceita a declaração da Palavra de Deus de que precisa da cura espiritual e confessa os seus pecados a Deus.
6. O Castigo do Pecado
Já vimos que a pena do pecado é a morte, sob três aspectos: um inevitável; um passível de mudança e outro irreversível. E a tristeza da morte, nos três aspectos, está na separação. O Senhor Jesus Cristo, ao morrer na cruz, exclamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). Não foi mera força de expressão. A Palavra de Deus declara que: “A alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.20). João Batista disse a respeito de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Se Jesus veio ao mundo sofrer o castigo do nosso pecado e se o castigo do pecado é a separação de Deus, as suas palavras na cruz têm um significado real e muito profundo. Na cruz, ele carregou em seu corpo os nossos pecados (1Pe 2.24). Sofreu o castigo do pecado – a morte – a separação para poder livrar-nos do mesmo.
7. Conclusão
Cada ser humano, cada criatura de Deus, pode e deve meditar, à luz da Palavra de Deus, na sua condição natural e hereditária de pecador e pensar nas tristes conseqüências. Pode e deve ir a Deus, por meio de Cristo Jesus, e pedir que o castigo sofrido por Cristo na cruz o liberte do pecado confessado a Deus.
Fonte: ABC Doutrinário – Ilgonis Janait (JUERP)
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