Autor: Amândio Pereira da Silva
Introdução:- Vamos estudar um assunto que não tem sido muito divulgado entre nós presbiterianos. Talvez isso se deva ao fato de que não damos tanta importância ao Batismo, como outras denominações tem dado, chegando algumas a serem beligerantes e afirmarem que os que não são batizados pela forma como eles batizam, não estão salvos! Como se fossemos salvos pelo batismo e não por Cristo!
I – O QUE É BATISMO
Batismo deriva da palavra grega “baptizo” e que no grego clássico queria dizer realmente “Imergir”, mas…o grego clássico foi falado apenas pelos filósofos e sábios gregos! O que se falava no tempo de Jesus era o grego “Koiné”, isto é: o grego comum, e no grego comum a palavra “Baptizo” significa: Tingir; Lavar e Aspergir.
Agora fica uma pergunta, qual será o sentido correto para o nosso batismo? Diríamos com bastante convicção “TODOS”! Porém a verdade é bem outra, pois o batismo cristão não é imersão, não encontramos em nenhum lugar na Bíblia um único texto que mostre que o batismo é por imersão! Eu disse: “um único texto”. O dia em que me mostrarem um texto provando que o batismo cristão é imersão, eu me apresento imediatamente para ser submetido a essa forma de batismo. O major W. Yan Thomaz em seu livro “Salvos pela Vida de Cristo” na pagina 72, assim se expressa: “Na linguagem figurativa da Bíblia, os filhos de Israel haviam seguido as normas tradicionais mais de forma semelhante ‘a maior parte da cristandade moderna, tinha uma forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder” (II Timóteo 3:5)
“Todos eles haviam… sido… batizados, assim na nuvem, como no mar, com respeito a Moisés…” (I Coríntios10: 2) “e quase poderíamos descrever Moisés como o pastor da Primeira Igreja Batista do Deserto”. Este escritor faz uma bela salada, pois se continuássemos lendo o restante da pagina ficaríamos espantados como torce os textos para mostrar as suas teorias. 1º) Os israelitas não podiam ser comparados com a cristandade moderna, mas a cristandade moderna é que poderia ser comparada com os israelitas. 2º)Usa o texto de II Timóteo aplicando-o aos israelitas, quando Paulo nessa passagem está apontando para um futuro, que até para nós, ainda não chegou, portanto, o texto está mal aplicado. 3º) A passagem de II Coríntios 10:2 é figurativa, pois diz também que os israelitas beberam água espiritual, e essa água era Cristo (I Coríntios 10:4) 4º) Todos foram batizados no mar, na nuvem e em Moisés. Se batizar é imersão, quantos foram mergulhados em Moisés? …e na nuvem?…e no mar? Sabemos que todos passaram pelo mar a pé enxuto (Êxodo 14:22). Os únicos que praticaram a imersão foram os egípcios. Se os israelitas foram batizados no mar, então foi por respingos da água do mar, mas nunca por imersão! 5º) É de uma hilariedade enorme, quando afirma que Moisés poderia ser o pastor da 1ª Igreja Batista do Deserto.
Se o major Yan torce os textos, um outro comentarista brasileiro, nem se dá ao trabalho de citar textos, simplesmente conclui como lhe convém, mas vamos ao trecho: “Lavou-os com água –o primeiro rito consagratório foi a lavagem do corpo inteiro, simbolizando a purificação externa. Certamente esta parte do ritual não foi celebrada na presença do povo, mas dentro do Tabernáculo, ou no átrio. Durante o segundo templo, havia um batistério que levava aproximadamente 23 metros cúbicos de água, em que o sacerdote se banhava sempre que entrava para oficiar. Não há necessidade de pensar na impossibilidade de batismo por imersão, porque no deserto mesmo e no tabernáculo havia água para o sumo sacerdote e seus filhos serem imersos ou pelo menos lavarem todo o corpo, o que importava no mesmo. Sempre que a lavagem for mencionada sem especificar uma parte do corpo, deve entender-se todo o corpo, seja imersão ou não. Estudo no Livro de Levítico, pagina 93- Autor Antonio Neves de Mesquita”. Vamos agora conhecer a passagem bíblica assim distorcida: “E falou o Senhor a Moisés dizendo: Farás também uma pia de cobre com a sua base de cobre, para lavar, e a porás entre a tenda da Congregação e o altar; deitaras água nela. E Arão e seus filhos nela lavarão as suas mãos e os seus pés. Quando entrarem na tenda da congregação, levar-se-ão com água, para que não morram, ou quando se chegarem ao altar para ministrar, para acender a oferta queimada ao Senhor. Lavarão, pois as suas mãos e seus pés para que não morram: e isto lhe será por estatuto perpétuo a ele e ‘a sua semente nas gerações”. (Êxodo 30:17-21). Bem…Segundo alguns comentaristas, esta pia de cobre era de um tamanho enorme, cabendo aproximadamente 60.000 litros de água, até ai, tudo bem! Mas a finalidade da pia é o que nos interessa e não era nenhum batistério como afirma o Sr. Mesquita, mas era usado para purificação sacerdotal e era usada toda a vez que o sacerdote entra-se no Templo. 1º) Era usada somente pelos sacerdotes; 2º) Era usada muitas vezes pela mesma pessoa; 3º) Não era usada para a purificação do povo; 4º) Os sacerdotes lavavam aos mãos e os pés. Se isto é um antecedente do batismo, então só podem ser batizados aqueles que fazem parte da direção do Culto, e devem batizar-se toda a vez que forem dirigir o Culto, e esse batismo deve acontecer antes do culto começar e não durante o culto.
Como vemos, criaram uma hidra e agora não conseguem se livrar dela, e cada vez mais, acrescentam outras distorções, fazendo crer que estão certos.
A pia de cobre era só para os sacerdotes, as purificações para o povo eram feitas sempre por aspersão. Leia só em Levítico as seguintes passagens, que tratam de purificações por aspersão (Lev. 1:5 e 11; 3:2, 8 –13; 4:6; 7:2 e 14; 8:6-13.19,23-24 e 30; 9:12 e 18; 14:7, 16, 25,31 e 51; 16:14-19; 17:6).
II – O Por quê do Batismo
a) Será que há alguma virtude inerente no batismo? Evidentemente que não! O batismo para o cristão é um sucedâneo da circuncisão do judeu. A circuncisão não exercia nenhuma virtude na pessoa que se submetia a esse rito, mas indicava apenas que a pessoa pertencia a um povo, a uma etnia, da mesma forma, o batismo não exerce nenhuma virtude em quem se submete a esse rito, mas indica que pertence ao povo de Deus. Convém lembrar que a circuncisão era aplicada ao filho do judeu quando a criança chegava à idade de oito dias; mas se um estrangeiro quisesse se tornar judeu, a circuncisão lhe era aplicada em qualquer idade.
b) Mas…por que Batismo? Para testemunharmos que pertencemos ao povo cristão! Portanto, o batismo serve apenas para testemunho. O batismo não salva ninguém! Portanto, ser batizado desta ou daquela maneira não traz a salvação a quem quer que seja, pois se ser batizado por imersão é que salva, Cristo morreu debalde!
III – Qual a Forma de Batismo apresentada na Bíblia?
A Bíblia não explicita uma forma de batismo, querer dizer que a forma correta é a imersão, é na verdade torcer os textos da Palavra de Deus, senão vejamos:
1º) Jesus veio cumprir o que estava escrito na lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos (Lucas 24:44). Será que vamos encontrar na lei, nos profetas e nos Salmos que Jesus veio cumprir algum esclarecimento sobre imersão os aspersão? Vamos sim! Só há referencia à aspersão. Já citamos pelo menos nove passagens no livro de Levítico que mostram a aspersão, mas no livro de Números temos ainda outras passagens: “E assim lhes farás, para os purificar: asperge sobre eles a água da expiação (8:7)”. “Mas o primogênito de vaca, ou o primogênito de ovelha, ou o primogênito de cabra não resgatarás, santos são: O seu sangue aspergirás sobre o altar… (18:17)”. “E Eleazar, o sacerdote, tomará do seu sangue com o dedo e dele aspergirá para frente da tenda da congregação sete vezes (19:4)”. Pode-se ler ainda 19:9-21.
Até aqui vimos o que diz a lei, vejamos agora o que dizem os profetas: “Assim borrifará muitas nações e os seus reis fecharão as suas bocas por causa dele; porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que eles não ouviram entenderão” (Isaias52: 13-15). “Então espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei” (Ezequiel 36:25). Como vemos, se Jesus veio cumprir a lei e os profetas, e nos profetas e na lei só achamos aspersão, onde então o cumprimento da imersão? Os nossos irmãos imersionistas deveriam nos apresentar ao menos um texto que fale de imersão!
2º) No Novo Testamento só encontramos também aspersão, vejamos: “Porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo os mandamentos segundo a lei, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, lã purpúrea e hissope, e aspergiu tanto o mesmo livro como todo o povo” (Hebreus 9:19 e 21). “Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse” (Hebreus 11:28). “E a Jesus, o Mediador duma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel” (Hebreus12:24). Como podemos observar, só encontramos aspersão e nenhuma vez imersão.
3º) Dizem nossos irmãos imersionistas que Jesus saiu da água, logo, é que mergulhou. Laboram em erro, pois para sair da água não é preciso mergulhar, eu posso atravessar andando um córrego com uma profundidade de 30 centímetros, e sair do outro lado, sai da água e não mergulhei na água, portanto, o sofisma de que sair da água é porque mergulhou, cai por terra.
4º) Dizem ainda que o eunuco que foi batizado por Felipe desceu as águas, portanto, se desceu, mergulhou, erram novamente na interpretação, senão vejamos: o carro estava andando no deserto, e a água que se encontra no deserto localiza-se em um oásis, e a geografia nos ensina que um oásis tem duas ou três palmeiras e um olho de água que forma uma pequena poça d’água com diâmetro de no máximo um metro com uma profundidade de 20 centímetros, pergunta-se: è possível mergulhar em uma quantidade pequena de água, Mas há ainda o caso dos 10.000 soldados de Gideão, que desceram às águas e nenhum deles entrou nas águas ou mergulharam nas águas (Juizes 7:4-5). Como vemos, descer às águas também não quer dizer mergulhar nas águas.
5º) Dizem que João batizava no Jordão, é verdade (Mateus 3:6). Mas o texto não nos diz que as pessoas eram mergulhadas ou imersas no Rio Jordão, se não há nenhuma informação a respeito, também poderíamos afirmar que João estava em uma prainha ou remanso do rio e ali batizava sem que as pessoas precisassem mergulhar, pois João podia perfeitamente usar uma caneca para jogar água na cabeça do batizando.
Bem, mas Jesus veio cumprir a lei e os profetas e ambos falaram sempre em aspersão e nunca em imersão. E como no grego koiné falado no tempo de Jesus e o Novo Testamento foi escrito em grego koiné; a palavra batismo quer dizer: aspergir, borrifar, tingir e mergulhar, e como aspergir é a maneira usada na lei para as purificações e nunca se fala em imersão, o modo correto de se aplicar o batismo é por ASPERSÃO.
IV – DESCER ÀS ÁGUAS
a) Dizem os imersionistas: Descer às águas quer dizer “imergir” . Será mesmo? Não há na gramática, provas de que descer às águas queira dizer mergulhar! Vejamos o Salmo 107:23 que diz: “Os que descem ao mar em navios, mercando nas grandes águas”. O salmista fala em descer ao mar, e, no entanto, ninguém mergulhou na água, mas estão dentro do navio, mas desceram ao mar!
b) Vamos encontrar outro exemplo na Bíblia, de descer às águas e não mergulhar na água. “E disse o Senhor a Gideão: ainda muito povo há; faze-os descer às águas e ali tos provarei: e será que aquele que eu te disser: este irá contigo, este contigo irá. E fez descer o povo às águas. Então o Senhor disse a Gideão: qualquer que lamber as águas com a sua língua, como o cão, esse porás à parte; como também todo aquele que se abaixar de joelhos a beber”(Juizes7:4-5). Dez mil homens desceram às águas e nenhum deles mergulhou, uns ajoelharam-se e foram reprovados, outros pegaram água na concha da mão para lamberem, e foram aprovados, mas…nenhum deles mergulhou. Se de fato tivessem mergulhado até poderia ter sido mais fácil para beber a água, era só abrir a boca; a verdade, é que nenhum deles mergulhou, mas todos desceram às águas, portanto,descer às águas não quer dizer “imergir”.
c) Os israelitas passaram o Mar Vermelho a pé enxuto (Êxodo 14:21, 29). Logo! Não foram batizados por imersão, poderiam ter sido batizados por borrifação, pois as ondas em cima batiam umas nas outras e espirrava água, sendo os israelitas borrifados pelos respingos da água. Os únicos que imergiram, não saíram do mar com vida, isto é, os egípcios! “Porque as águas, tornando, cobriram os carros e os cavaleiros de todo o exército de Faraó, que os haviam seguido no mar; nem ainda um deles ficou” (Êxodo 14:28).E, depois disto, os israelitas ainda viram os egípcios mortos na praia (Êxodo 14:30). Como se vê, os que imergiram não emergiram com vida. Se “Baptizo” é imersão, há necessidade de se morrer fisicamente, e não simbolicamente no batismo.
V – ALGUNS BATISMOS NO NOVO TESTAMENTO
a) Paulo foi batizado na cidade de Damasco por Ananias, vamos considerar alguns fatos: 1º) Diz o texto que Saulo levantando-se foi batizado (Atos 9:18). O verbo “levantar” está no gerúndio, e, portanto não dá tempo para sair e procurar um lugar para ser batizado, mas, levantando-se foi batizado, é ato contínuo, e por isso, Saulo foi batizado em pé! Logo, não foi por imersão. 2º) Consideremos mais algumas coisas. Os cristãos não eram bem vistos em Damasco, tanto isto é verdade, que algum tempo depois de Saulo ser batizado, precisou fugir da cidade, por estar pregando Jesus, e assim sendo, não iria achar lugar apropriado para um batismo imersionista. 3º) Ananias dirigiu-se à Rua Direita, na casa de Judas, não foi a um batistério, em um templo, que, diga-se de passagem, nenhum templo, nem mesmo o de Jerusalém, tinha um batistério, bem como, não se dirigiu ao Rio Farfar e nem ao Abana, mas a uma residência e ali Saulo foi batizado.
b) O batismo de Lídia, seria este um batismo possivelmente por imersão, pois estavam à margem de um rio, porem, não há nenhuma indicação de que Lídia tenha sido imergida (Atos 16:13-15).
c) Em outro lugar, falamos do batismo do eunuco da rainha Candace, e como já dissemos, não há possibilidade de alguém mergulhar em um pequeno oásis, e dizer que desceram às águas é uma terrível redundância, pois estavam no carro e desceram às águas do oásis, e quando saíram, não indica que se levantaram da águas.
d) Felipe prega em Samaria e muitos se convertem ao Senhor e são batizados por Felipe, mas não menciona se realmente foi por imersão, mesmo por que em Samaria também não há rios, haveria por acaso tinas ou batistérios? Parece que não!
d) No dia de Pentecostes, registrado em Atos 2:37-43 lemos que se converteram quase três mil pessoas e que foram batizadas naquele dia. (Consideremos alguns fatos importantes: 1º) Se a cerimônia do batismo demorasse cinco minutos por pessoa, e, sendo os apóstolos em numero de doze, teriam batizado 144 pessoas por hora, dividindo-se, não os três mil, mas apenas 2.800 pessoas, pois o texto diz “quase três mil pessoas”, teríamos um total de dezenove horas e quarenta minutos ininterruptos para exercer todos os batismos, o que seria humanamente impossível, sem uma pausa para um pequeno descanso ou para uma refeição! 2º) Jerusalém é sabidamente uma cidade seca; as autoridades mandavam abrir cacimbas nas rochas, que se enchiam com as chuvas, e dessas cacimbas é que tiravam a água para uso doméstico, agora me diga uma coisa, com toda a sinceridade: você tem uma caixa de água para seu uso doméstico, inclusive para cozinhar, você deixaria que um grupo de adversários seus se banhasse dentro da sua caixa d’água? 3º) Havia ainda a pia de cobre na entrada do Templo, o que criava um impasse, pois os sacerdotes é que tinham condenado a Jesus e agora iriam eles deixar que celebrassem uma cerimônia de uma religião antagônica? 4º) Batizar no Rio Jordão ou no mar, quando o texto diz: “naquele dia” é simplesmente impossível, pois o rio dista de Jerusalém aproximadamente 50 quilômetros, e o mar dista mais ou menos 80 quilômetros, talvez para nós hoje, essa distancia pareça pequena , mas aquele tempo, que só andavam a pé ou em camelo, era uma grande distancia, e quando lá chegassem, estariam cansados e, portanto, o naquele dia não poderia ser uma realidade! Portanto, o batismo de quase três mil pessoas em um só dia teria sido por borrifarão, pois nem por efusão ou aspersão havia a possibilidade de se realizar tantos batismos.
VI – AINDA BATISMOS NO NOVO TESTAMENTO
a) O carcereiro de Filipos, este foi um batismo “sui generis”, pois nos narra o texto sagrado que por volta da meia noite, quando Paulo e Silas presos, cantavam hinos ao Senhor, os alicerces da prisão foram abalados e as cadeias se soltaram, o carcereiro ia se suicidar pensando que todos os presos houvessem fugido, mas Paulo lhe diz para que não praticasse esse ato final, pois todos estavam ali, o carcereiro leva Paulo e Silas para sua casa que ficava em cima da prisão, trata-lhes os ferimentos e prepara algo para que comessem, e na sua própria residência, naquela hora da noite, são batizados, ele e toda a sua família. Os imersionistas vão com toda a certeza arranjar um meio para imergir o carcereiro, buscando uma caixa d’água para o uso doméstico, o que seria muito fácil se fosse me nossos dias que temos água encanada, mas naquele tempo, um depósito de água só poderia ser cheio, ou pela chuva ou por baldeamento e para encher um depósito de 1 metro cúbico, (mil litros de água) era preciso baldear muita água e gastar muito tempo, ou, esperar até que chovesse, a não ser que, tanto o carcereiro, como sua família fossem muito anti-higiênicos para continuarem a usar a água onde toda a família foi batizada! Logo…o batismo, naquela hora da noite e com toda a família, só poderia ter sido por aspersão mesmo!
b) Paulo estava em Éfeso, e lá encontra doze pessoas que foram batizadas por João. Se o batismo de João era imersionista, Paulo não aceitou e os batizou novamente (Atos 19:1-5). Devemos observar alguns fatos relacionados ao batismo: 1º) O batismo de João, não importa se por imersão ou por aspersão, não era o batismo cristão, pois não podia batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que era a forma que Cristo mandou usar. 2º) O batismo de João era o batismo do arrependimento, e, Jesus Cristo não tinha nada para arrepender-se. 3º) Jesus disse que era para que se cumprisse a Lei e os profetas, e a lei e os profetas nunca disseram nada a respeito de imersão, mas sempre falaram de aspersão. Leia-se Hebreus 9:19-21; Números 19:18-21: Ezequiel 36:24-27: Isaias 52:15. Ai está o que diz a lei e os profetas, “aspergirá” “borrifará” e nunca falam em imergirá! Bem! Voltemos a Éfeso, Paulo perguntou com que batismo. Foram batizados, e eles disseram: com o batismo de João; ao que Paulo retrucou: João batizou com o batismo do arrependimento e que cressem no que após ele haveria de vir, isto é, Jesus Cristo. E não podemos nos esquecer de que Paulo aplica-lhes o batismo cristão, naquele mesmo lugar; cabe agora uma pergunta: Se o batismo de João era por imersão, e por que não foi aceito por Paulo? Isto faz-nos pensar seriamente naqueles que se dizem seguidores de João Batista, pois estão embarcando em uma canoa furada. Temos que ser seguidores de Jesus Cristo que nos mandou batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
c) Batismo não é prova de conversão. Há muita gente batizada por imersão, muita gente batizada por aspersão e muita gente sem batismo nenhum indo para o céu, bem como, muita gente nas mesmas condições de batismo, indo para o inferno. Ainda no livro de Atos encontramos um batizado que queria comprar com dinheiro a capacidade de impor as mãos e despender o Espírito Santo, sendo por isso mesmo, recriminado por Pedro (Atos 8:13 e 19-20). Em Samaria muitos foram batizados e pelo menos um, foi reprovado, o que nos mostra que o batismo não é prova concludente de se estar ligado a Cristo.
d) O batismo de João não era por imersão, mas por aspersão. Nas catacumbas de Roma foram encontrados desenhos de João batizando a Jesus, sendo que, Jesus estava dentro da água, mas João derramava água com uma vasilha na cabeça de Jesus. E João afirmava: “Eu, na verdade, tenho vos batizado com água: Ele, porém, vos batizará como Espírito Santo” (Marcos 1:8). João batizava com água e não na água!
e) Em Romanos 6:4 os imersionistas se baseiam para firmar suas posições, mas isolam os versículos em parte, senão vejamos: “De sorte que fomos sepultados com ele, pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida” e o versículo 5 assim se expressa: “Porque, se formos plantados juntamente com ele na semelhança de sua morte, também seremos na sua ressurreição”. Onde somos nós plantados? Parece que seriamos mais coerentes se aceirássemos a colocação “plantados”, pois Cristo foi sepultado, e ressuscitou, e o batismo que fala o versículo 4 se refere à morte física de Cristo. Devemos nos lembrar de que a palavra “batismo” tem diversos significados, por exemplo, quando uma pessoa passa por sérias dificuldades, costumamos dizer que está passando por um batismo de fogo; quando alguém termina o curso de piloto de avião, no final ele passa pelo batismo e assim sucessivamente, pois até Jesus usou essa palavra simbolicamente quando disse: “Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu hei de beber? Ser batizados com o “batismo” com que eu sou batizado? Dizem-lhe eles: Podemos” (Mateus 20:22). Jesus está falando de outro batismo, não com água, ou na água, mas fala da sua morte como se fosse um batismo.
VII –A INOVAÇAO IMERSIONISTA
Até, mais ou menos, o século III, toda a historia eclesiástica digna de respeito, afirma que todos os batismos eram feitos por “aspersão”. O Dr. Wall em seu livro “Historia do Batismo da Criança” nas paginas 420 a 425, Edição de Oxford, 1844, afirma que foi Tertuliano, por volta de 248-251 DC. Que introduziu a imersão, isso por que, era costume que antes do batismo, o candidato se submetesse a um banho geral e fora do local de batismo, para depois ser submetido ao ato propriamente dito, mas…Tertuliano passou a usar o banho como sendo o batismo, e esse habito passou pelos séculos afora como se fora verdade, Como vemos, o batismo é mesmo por aspersão, o resto é inovação não bíblica!
Site: www.ampersil.hpg.com.br
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