Autor: Gerge Foster
Quais são os acontecimentos que ameaçam o nosso paz interior?
Como ficamos no meio das tempestades da vida? A vida do apóstolo Paulo sempre foi marcada por temporais, dos quais ele falava em termos penosos, mas carregados de esperança:
“Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém, não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos” (2 Co 4.8,9).
A vida do apóstolo não foi nem um pouco tranqüila, mas foi a que Deus escolheu para ele. E, aceitando-a, o apóstolo aprendeu muito sobre a paz interior. E o fato é que ele aprendeu mais em tais condições do que se tivesse vivido da maneira como gostaria. A paz que ele gozou não era a que se tem quando tudo está sob controle. Era a paz em meio aos temporais.
Com suas tribulações, Paulo aprendeu a ter paciência, perseverança, uma perspectiva correta e, em meio a tudo, a paz!
Para Paulo, a paz era uma questão de prioridade máxima. Escrevendo aos irmãos em Cristo, ele sempre os saudava, dizendo: “Graça e paz a vós outros da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo”. Ensinou-os que deveriam esforçar-se “por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”.
Ademais deu muita ênfase ao fato de que “o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. Afirmou que “Deus não é de confusão e sim de paz”. Também dizia aos crentes: “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração”. E escrevendo aos tessalonicenses, deu-lhes a seguinte bênção: “Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê continuamente a paz em todas as circunstâncias”.
Experimentando Paz em Todas as Circunstâncias
Todavia é no livro de Filipenses que Paulo fala do mais elevado nível de paz que pode existir: “a paz de Deus, que excede todo o entendimento”.
É a paz que guarda nosso coração e mente quando estamos enfrentando problemas tão graves que, em tal situação, humanamente falando, não temos condições de estar tranqüilos.
E o que mais nos impressiona nisso tudo é que, quando Paulo escreveu essa mensagem, ele se achava encerrado numa prisão. Obviamente era um lugar onde não poderia haver paz. Contudo exatamente o fato de ele possuir essa paz interior em tais condições de vida confere forte credibilidade ao apóstolo para discorrer sobre o assunto. Então, pela paz que o apóstolo experimentou em momentos angustiosos, nós também podemos aprender a gozar a paz de Deus nas horas difíceis de nossa vida.Vamos focalizar uma conhecida passagem dessa carta que mostra as medidas que temos de tomar nesse sentido.
Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.
Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças . E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco.” (Fp 4.4-9.)
Gosto de dizer que essa passagem é a “receita de paz” elaborada por Deus.
Ela é bastante simples, sucinta, e fortemente. Apesar de ser um texto de fácil compreensão, nem sempre é fácil seguir suas instruções nos momentos difíceis.
Não quero dar a idéia de que seja uma fórmula mágica de simples causa e efeito, E no entanto, se seguirmos esses conselhos, teremos o cumprimento de duas promessas: a paz de Deus nos guardará e o Deus da paz estará conosco.
Que o Senhor nos conceda sempre esta paz para que sejamos mensajeiros dela.
Adaptado de Paz Interior em Tempos de Crise, Editora Betânia
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