Autor: Alessandro Henriques
Jesus, no livro do Apocalipse, ordena a João escrever à igreja em Esmirna. Aquelas palavras, proferidas pelo Senhor, entretanto, parecem estar em desarmonia com muito do que se tem dito em pregações nas igrejas, televisão e rádio, em nossos dias.
Cristo não lhes disse palavras que indicassem prosperidade ou vitória no mundo presente. Muito pelo contrário, as palavras ditas foram: “não temas as coisas que tens de sofrer” e “sê fiel até a morte”. Ou seja, Jesus disse que sofreriam e que, inclusive, alguns morreriam por fidelidade a ele.
O Salvador também deixa claro que eles não eram prósperos materialmente, quando afirma conhecer a pobreza daqueles servos. Todavia, ele também reconhece que eram ricos espiritualmente, pois amavam o Redentor. Muitos daqueles permaneceram fiéis, pois sabiam que o tesouro maior, que já possuíam, ninguém poderia tirar deles. Alcançaram uma maturidade espiritual onde Cristo, a graça de Deus manifesta, era tudo de que precisavam.
Eles conseguiram compreender, com profundidade, a afirmação do Senhor, quando ele, nesta mesma carta, afirma ser aquele que esteve morto e tornou a viver. Sabiam que criam em um Deus que os acompanhava nas suas dores e, até mesmo, na sua morte humana. Mais ainda, sabiam que, assim como ele venceu a morte, todos aqueles que perseveram nele também a vencerão.
Será que compreendemos o valor de Cristo e de sua obra na cruz? Ou ainda: A graça de Deus nos é suficiente diariamente ou só proclamamos isso como uma teoria furada, uma utopia? Será que, se perdêssemos tudo neste mundo, ainda continuaríamos firmes em Jesus?
Muitas vezes, tenho que confessar, não reajo como aqueles crentes. Sou atraído pelos confortos e valores do mundo. Mas, então, vem o Espírito Santo e, misericordiosamente, me chama de volta ao centro da minha existência, Jesus Cristo. Minha pergunta ao meu coração, todos os dias, deve ser: Onde está Jesus hoje, no centro ou na periferia do meu ser? Faça esta pergunta você também.
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