Evangelizar, eis a questão

perdão
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Vamos por partes. A palavra “evangelismo” não aparece em nenhum lugar no NT. Assim sendo, não existe uma teologia do evangelismo. Podemos chamar a ação de evangelizar de evangelização e assim sendo temos uma teologia da evangelização.
Leio e ouço alhures que todos os crentes devem evangelizar.
Depende. Depende do que entende por evangelizar.
Se a pessoa estiver pensando que evangelizar se resume a “falar” de Cristo a alguém, então temos um problema. Quantas pessoas você conhece, em sua igreja, que falam de Cristo para todas as pessoas que encontram? Na sua igreja não deve ter cinco pessoas assim. Se tivesse, a igreja estaria cheia.
Evangeliza-se, em tese, de duas formas: falando e vivendo. Ou seja, palavras e obras. Todavia, a igreja evangélica acentua apenas o falar.
É isso que os pastores não estão entendendo e por isso os crentes se sentem culpados por não falarem de Cristo.
O Apóstolo Paulo que era sábio já tinha descoberto a grande sacada: a boca fala, a mão pega, o pé anda, o ouvido ouve, o olho vê, o nariz cheira, etc. Mas na igreja todos devem ser bocas. Não faz nenhum sentido.
Os dons espirituais colocam TODOS os cristãos em ação. Cada um na área de seu dom. Se a pessoa tem o dom de mestre a ela compete ensinar. O dom de evangelista compete evangelizar.
Isso me faz lembrar de Howard Snyder, metodista que foi missionário no Brasil: Toda evangelização tem uma dimensão social e toda ação social tem uma dimensão evangelística.
Portanto (estou tentando ser breve para não cansar você), todos tem a responsabilidade de proclamar Cristo. Uns com palavras, outros com atos de bondade. Uns ensinando, outros visitando hospitais; uns pastoreando, outros discernindo os espíritos e por ai vai. Leia Romanos 12, 1 Coríntios 12 e Efésio 4.

ACBarro

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