E o seu casamento?

Autor: Caio Fabio
—–Original Message—–
From: Juber Donizete Gonçalves
Sent: segunda-feira, 1 de setembro de 2003 10:23
To: contato@caiofabio.com
Subject: E o seu casamento?

Mensagem:

Prezado Irmão Caio Fábio:

Dou graças a Deus por sua vida, admirando sempre a unção divina que está em você.

Acompanho seu ministério há uns 15 anos.
Tenho grande parte de seus livros, e como ansiava por cada sábado de manhã, para ver na extinta TV Manchete o programa Pare & Pense; sem falar na Revista Vinde que eu acompanhei desde o primeiro número.
Depois dos problemas que lhe aconteceram nos últimos anos, fico feliz com esta nova faze de sua vida e ministério, com este site maravilhoso, o Café com Graça, que aliás gostaria de visitar quando estiver no Rio; e com o livro O Enigma da Graça.
Mas, Rev. Caio, desculpe minha indiscrição, porém gostaria se possível de saber o seguinte:

Acompanhei pela mídia evangélica que você se casou recentemente com a Pastora Adriana; e como estou acompanhando este site desde o início, achei estranho não haver uma única referência a ela.
Entendo que pode ser uma tentativa de preservar a privacidade de vocês, mas se puder me responder diga-me:

– Vocês continuam casados?

Um Abraço

Juber
**********************
Resposta:

Querido Juber: Paz com você!

Obrigado pela Carta tão carinhosa e pelas suas visitas ao Site.

Respondo objetivamente a sua pergunta: Sim! continuamos casados. Não casamos para fazer uma “experiência”. Casamos!

Uma coisa que aprendi, no entanto, é que Pedro não falava da esposa, da sogra ou dos filhos.

Nem Jesus acerca de seus irmãos e de sua mãe.

Você verá que fora as referências ao meu paizinho, e uma ou duas à minha neta, não tenho falado nem mesmo acerca de meus filhos.
E por que?
Por algumas razões bem simples:
1. Aprendi, por experiência própria, que esse negócio de “misturar” o ministério com a “família” é coisa de missionário americano, que vende o “pacote” da evangelização junto com o “modelo familiar americano”. Foi apenas porque expus minha ternura e amor pelos meus familiares que sofri como se houvesse me tornado um desalmado ao me divorciar. Daqui para frente, só os amigos saberão de minha família. E, para tanto, terão que de fato conviver comigo. Este foi um “direito adquirido” que conquistei diante das “baixarias” às quais fui submetido pela “liderança farisaica” que governa com ilações a fraca consciência da “igreja evangélica”.
2. Sei, sempre soube, sei agora, de uma quantidade enorme de situações que estão acontecendo com um monte de pastores e suas esposas, mas, por exemplo, a “mídia” evangélica nada diz sobre o assunto. E o que eu desejaria? Que falassem? É claro que não! Apenas observo que quem mantém sua vida privada longe desses holofotes cheios de raios infravermelhos do inferno das fofocas evangélicas, vive melhor, mesmo quando experimenta a dor.
3. Além disso, tenho o compromisso de não ficar mais falando neste assunto. Nenhum divórcio cristão no mundo nesta geração—à exceção de um ou dois nos Estados Unidos—foi objeto de maior bisbilhotamento e curiosidade mórbida que o meu. Vejo, por exemplo, como Billy Graham tratou o divórcio de suas filhas: no sapatinho, e com biquinho bem calado! Será que acho que as coisas deveriam ser assim? É claro que não! Prova disso é quando aconteceu comigo, eu mesmo procurei as partes implicadas, e eu mesmo falei sinceramente sobre o que estava acontecendo, e acerca dos encaminhamentos que eu estava dando. Todavia, a Síndrome de Idiotice que assola a consciência de muitos, transformou minha angustia particular num circo de fofocas. Além disso, a própria Revista Vinde—à época ainda minha, porém “arrendada” para o Grupo Força Editorial (eu não estava com cabeça para fazer gestão de nada)—, não me poupou. Você não pode imaginar a dor que eu sentia nos Estados Unidos quando abria a “minha revista” e lia os “comentaristas” fazendo “analises” bobas e inocentes sobre o que estava acontecendo. Deixei de propósito. Queria saber quem era quem. O mesmo posso dizer de cartas que circularam na Internet—uma de Osmar Ludovico me entristeceu muito—; e artigos no Ultimato, especialmente os imbecis que foram escritos por Paul Freston. Sem falar nas outras mídias menores. Não tenho ressentimentos, mas tenho, como disse, “direitos adquiridos”.
4. Por último, há um aspecto de natureza pessoal: meus filhos têm mãe; e a Cristina—pessoa em razão de quem me separei de minha esposa—, não foi um “caso”. Ela deu sua vida por mim mais de 18 anos. Adriana, sabe de tudo isto. Ela própria tem filhos, e um ex-marido—todos precisam ser respeitados; e quando comecei este site, isso ficou definido desde o princípio. Não estou dizendo aqui nada além do seguinte: Tudo o que aconteceu foi e é ainda dolorido para muita gente que me amou e me ama; e, em respeito a todos eles, este site nunca será um “Caras de Caio Fábio”. Meu único interesse aqui é expor a Palavra e incentivar o amor pelo Evangelho da Graça de Cristo.

O que todo mundo precisa saber é que eu sei muito mais sobre o que acontece nas “alcovas evangélicas” do que supõe a vã teologia…

É só o que tenho a dizer!

Visite sempre o site e, quando puder, apareça no Café.

Um beijão,
Caio

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