Autor: Cicero Bezerra
Quando penso no culto evangélico algumas questões me vêm a mente.
Acho que podemos começar pelo ambiente nas igrejas. Às vezes alegre, outras vezes monótono e triste, depende um pouco da iluminação, se for no período noturno, uma luz insuficiente, torna o ambiente monótono e cansativo. Às vezes uma acolhida emocionante, outras situações, chegamos e nem somos percebidos. Mais uma pessoa ou casal que chegou para “assistir” ao culto evangélico.
Não quero pensar só no ambiente. Mas gostaria de citar também a forma ou modelo de cultuar. Às vezes começa com uma oração, que para ser oração mesmo demora um pouco. As pessoas estão chegando, um dia atarefado, muita televisão, por não dizer, bastante Faustão e Gugu. Visitas, familiares, almoços, enfim um dia que para muitos
que era para ser de descanso, foi super agitado e cansativo. Nunca vi descansar, com tantas atividades e desgastes emocionais.
As músicas, ou para não perder a conotação evangélica, os corinhos, ou melhor, dizendo os louvores. Algumas contagiantes, outras assustadoras. “Persegui os inimigos e os alcancei, os destruí e os atravessei”, que versos fortes. Parece um exercito perseguindo os inimigos. Outras para não dizer paradoxais, ao mesmo tempo em que exaltam a Deus, “digno de toda adoração”, colocam o ser humano numa posição divina. Afinal, quem é o Deus verdadeiro. O Divino ou o humano? Não posso deixar de mencionar, aquelas canções cristãs que exaltam o nome de Deus, vem carregadas de inspiração, trazem consigo muita história, e causam impacto espiritual. Alguns versos podemos citar. “Mais perto quero estar meu Deus de ti…” “Glórias para sempre ao cordeiro de Deus, ao Leão de Judá, a raiz de Davi…”.
Ainda no recinto ou no ambiente do culto evangélico. A interação, que interessante, comprimentos, abraços, alegria. Mas cabe uma nota. Geralmente esta interação acontece entre aqueles que já fazem parte da comunidade; aqueles que estão chegando ou estão observando, não são tão bem acolhidos. Abraços, beijos, apertos de mão que às vezes se perdem dentro do próprio ambiente, não ultrapassam as portas da igreja.
Se tiver ambiente, tem música, se tem música tem interação e não se pode esquecer a pregação. Parece até uma rima. Mas não se tem o propósito de rimar, porque falta ao autor, poesia suficiente ou quem sabe, talento para tal. A pregação faz a grande diferença. Sabe por que? Porque fala sobre a Bíblia. A palavra de Deus é proclamada. As verdades que tem vencido e ultrapassado as barreiras, históricas, institucionais, etc. De repente se tornam vivas para aqueles que acreditam. O reino de Deus se faz presente, através das palavras de Jesus. Como diziam os fariseus: “Jamais alguém falou como este homem”. Jamais apareceu uma palavra tão forte como a palavra de Deus.
Para terminar, não podemos deixar de mencionar a despedida, às vezes alegre, às vezes monótona, às vezes triste, às vezes carregada de esperança da parte de quem participou do culto evangélico, por causa da possibilidade da benção de Deus; e da sua palavra se cumprir.
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