Vai demorar

Autor: Autor Desconhecido




Leitura: Jeremias 29.5-7

“Construam casas e habitem nelas; plantem jardins e comam de seus frutos”. (v. 5)

Para podermos compreender adequadamente as palavras de Jeremias, precisamos recordar duas coisas fundamentais: 1) por intermédio de Nabucodonosor, Deus mesmo deportou o seu povo para o exílio (v. 4); 2) o exílio “há de durar muito” (v.28 ARA). Esses dois pontos geraram, entre os judeus que haviam permanecido em Judá e os exilados, um sentimento de contrariedade. Surgiram inclusive profetas, pregadores da Palavra de Deus, que contestavam essas idéias (v. 8s).
Com o objetivo, no entanto, de afirmar a vontade de Deus, no que concerne à deportação e à permanência no exílio, Jeremias ordena que os exilados assumam a nova vida, com todas as suas conseqüências, na Babilônia (veja a seqüência dos verbos: construam, habitem, plantem, etc.). Não é hora de querer imaginar um regresso imediato, mas sim, de entender a vida no exílio como expressão da vontade de Deus. O profeta quer também que os exilados orem por sua nova terra, por sua nova cidade.
Tudo isso pode parecer-nos muito estranho. Já não bastava que a deportação para a Babilônia tenha sido uma tragédia incalculável para os judeus? Deus ainda ordena que eles permaneçam nessa terra estranha, e ali reorganizem a sua vida? Isso tudo não estaria beirando às margens do absurdo?
Com certeza, assim deveríamos entender o mandato de Deus para os exilados, caso não estivéssemos convencidos, como Jeremias, pela boa Palavra de Deus (v. 10), de que tudo isso está inserido nos pensamentos que Ele tem para os seus (v. 11).

Oração: Querido Pai, que os reveses de nossa vida possam ser vistos dentro dos pensamentos de paz, e não de mal, que tens para nós.


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