Autor: Francisco Chagas
Para Deus, pecado é pecado! Deus não faz diferença ente pecado e pecado, ou seja, na economia de Deus não existe pecado maior, pecado menor. Porem, não se pode deixar de levar em conta os pecados que afetam a integridade da comunidade cristã. Jesus exige pureza moral da parte do seu povo, e isto Ele deixou bem claro no início do seu ministério, dizendo: (I Co. 5.7) Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa…" (Mt.5.48).
A Igreja é constituída pelo povo de Deus, criada para ser instrumento da proclamação do evangelho e do fortalecimento da fé cristã. (Ef. 4.15) "Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo". (At.16.5) "… as igrejas eram fortalecidas na fé, e cada dia crescia em número". Mas a Igreja de Corinto perdeu a visão para a qual foi criada ao se tornar conivente com práticas imorais, assim:
A Igreja de Corinto era negligente no exercício da disciplina, em vez de disciplinar se acomodava ao pecado. Assim, aceitava membro que vivia na ilicitude sexual, passando a ser culpada pelo pecado da conivência. Era uma igreja tolerante com a prática sexual ilícita. (I Co. 5.2) "Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes…". Ou seja, a pratica da imoralidade sexual não afetava mais a sensibilidade espiritual da igreja!
A Igreja de Corinto chegou a superar os não crentes na tolerância ao pecado. Imagino que, assim como acontece em muitas igrejas contemporâneas, a igreja ou algum segmento da Igreja de Corinto tinha argumentos para justificar a sua tolerância à imoralidade. Confessavam ser discípulos de Jesus, mas diferiam muito pouco das práticas dos incrédulos, e, nesse caso, simplesmente superavam os pagãos quando aceitavam alguém que abusava "da mulher de seu pai".
A Igreja de Corinto chegou a perder aquilo que deve ser o maior objetivo da vida cristã, "a transformação moral". (Ef. 3.19) E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. À luz de Romanos 2.29 ("predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho)" a Igreja de Corinto, assim como tantas outras igrejas de hoje, estava desviada do propósito da sua predestinação. O natural para toda Igreja e individualmente para todo crente é a luta contra todo tipo de pecado, especialmente aqueles pecados que se caracterizam como práticas pagãs. (I Co. 5.3.5) "… o que tal ato praticou" "Seja entregue a Satanás…".
A Igreja de Corinto deixou de ser um "instrumento de transformação metafísica". Ela perdeu a convicção de que a transformação metafísica só aconteceria através da "transformação moral". (I Co. 5.7) Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa…" (Mt.5.48) "Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus". A verdadeira Igreja de Jesus Cristo, constituída a maior autoridade espiritual sobre a terra (Mt. 18.18), jamais será UMA IGREJA CONIVENTE COM A IMORALIDADE, mas estará sempre pronta a exercer a disciplina como instrumento de purificação e de restauração. Amem!
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