Autor: Janine da Silva Dhein
Nasci num lar completamente desequilibrado. Meu pai era um alcoólatra e eu mesma, vendo o exemplo de uma vida sem sentido, acabei entrando para o mesmo caminho, muitas vezes bebendo escondida. Logo em seguida eles vieram a se separar, foi mais um motivo pra me deixar influenciar por amizades que me ensinaram a fumar cigarro e ir à festas, dançar…
Com 14 anos sai de casa para morar com meu pai e descobri o horror que era viver com uma pessoa dependente de álcool. Aos 16 anos conheci a cocaína, me tornando dependente, passando semanas no uso da droga. Comecei então a me sentir rejeitada pelas pessoas, muitas vezes humilhada pelos próprios dependentes da droga. Provocava as pessoas porque queria que elas me tirassem a vida, pois não suportava mais viver daquele jeito.
Lembro-me que um dia estava muito deprimida e me sentindo muito só, comecei a usar drogas em quantidade exagerada até perceber que estava-me ocasionando um princípio de overdose. Quando acordei estava no leito de um hospital.
Resolvi deixar tudo, tive forças por dois anos, até conhecer um jovem ao qual me envolvi. Recebi conselho para não me casar, mas novamente dei outro passo errado em minha vida. Quando vi – que decepção – ele era um viciado em drogas. Cansei de ver ele trazendo seus amigos para usar drogas em nossa própria casa. Tentei ajudá-lo, mas acabei caindo no mesmo mundo em que eu vivia antes.
Certa vez, após uma briga, subi num morro bem alto e pensei e me suicidar, me jogando precipício a baixo, pois não tinha mais razão para viver. Aos poucos nosso lar foi se destruindo, assim também minha vida. Nessa altura já tinha acabado meu relacionamento com todos: lar, família e amigos. Por fim, passei a usar a maconha como se fosse cigarro, bebidas alcóolicas e cocaína, substituindo o alimento, então as conseqüências vieram, não sabia mais o que estava fazendo, não conseguia parar de usar drogas, estava perdendo o sentido de tudo o que fazia e ate mesmo do que falava, cheguei a ser expulsa de casa.
Eu queria viver novamente como uma pessoa normal, mas não conseguia largar das drogas. Perdi tudo o que tinha, só pensava em morrer. Então, cansada de sofrer, sai à procura de ajuda. Foi ai que me falaram do Desafio Jovem de Três Coroas. Liguei, desesperada e aos prantos, pedindo ajuda. Então o Sr. Jorge Lemos, presidente da Instituição, sentiu de Deus em me ajudar, dando-me a oportunidade de ficar na casa de um casal até que o Desafio Feminino ficasse pronto.
No dia 7 de Janeiro de 2000 cheguei no Desafio Jovem. Deparei-me com a realidade de um mundo totalmente diferente do qual eu vivia lá fora. Fui recebida com atenção, carinho e amor que nunca vi. Ensinaram-me a ter fé. Mostraram-me a realidade de um Deus que tem o poder de mudar completamente o curso da nossa vida. Hoje tenho certeza que sou feliz e tenho um objetivo a alcançar. Agora tenho dedicado todo o meu tempo em beneficio de todas que chegam no Desafio Jovem como eu, necessitadas de amor, carinho e compreensão. Deixo aqui um conselho para você jovem, que caiu no mesmo erro que eu e não ouviu sua mãe quando tentou te ajudar: saiba que há uma esperança para você, por mais profundo que seja o abismo que estejas, Jesus é mais profundo que ele. E se você um dia pediste a Deus que Ele te ajudasse, está aqui a oportunidade.
Querendo entrar em contato com o Desafio Jovem ou ajudar no ministério entre em: http://www.desafiojovem.org.br/index.htm
Faça um comentário