Senhor, ensina-nos a orar

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“Senhor, ensina-nos a orar…”. (Lucas 11.1)
A oração é um fenômeno presente em todas as religiões. O homem que crê, ora. Ora porque crê, e crê porque ora. O que difere a oração cristã das orações presentes em outras religiões?
Leiamos Lucas, 11.1: “Estava Jesus em certo lugar orando e, quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar…”. Por que os discípulos pediram para que Jesus os ensinasse a orar? Eles não sabiam? Claro que sim! Todos eram homens religiosos, que participavam da vida religiosa de Israel, e, portanto, desde tenra idade tinham aprendido a orar.
Quando os discípulos pedem para aprender a orar estão na verdade pedindo para orar como Jesus orava. Não apenas uma simples oração, mas aprender aquela oração que rompe os céus, que nos torna certos de que nossas palavras “sobem aos céus” e que Deus “fende os céus” em resposta àquele que ora.
Jesus não ensina um método, não dá simplesmente um modelo. Jesus ensina que oração é intimidade, é relação. É assim que nasce o desejo de orar: da intimidade com Jesus. O texto nos informa: “Estava Jesus em certo lugar orando…”. É a partir da proximidade com Jesus que os discípulos desejam aprender a orar.
Quanto a nós, não iremos orar da forma correta até que nos aproximemos de Jesus e busquemos intimidade com Ele. Toda oração sem intimidade com Deus são apenas palavras jogadas ao vento, frutos de lábios religiosos, mas de um coração distante do Senhor.
A oração cristã é peculiar na medida em que estabelece a comunhão como princípio. Deus é chamado de Pai. A palavra que Jesus usa para “Pai” é o aramaico “Abá”, que significa literalmente “papaizinho”. Não que tenhamos que orar invocando a Deus assim! Podemos invocá-lo chamando-o de “Pai”, “Senhor”, “Rei”, “Deus”, “Javé” (Jeová). A forma aqui não importa. O importante é a intimidade que nasce da reverência, do temor, da entrega, da submissão, do conhecimento, da experiência, da proximidade…
Como esta intimidade com o Pai é possível? Somente por causa da proximidade com Jesus. “Vós não me escolhestes a Mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em Meu nome, Ele vo-lo conceda” (João, 15.16). “E Eu lhes dei a glória que a Mim me deste, para que sejam um, como Nós somos um; Eu neles, e Tu em mim…” (João 17.22-23).
Feliz é o cristão que aprender que orar não é apenas pedir, mas, acima de tudo, um estilo de vida em comunhão com o Senhor Jesus.
Feliz é o cristão que aprender que a oração faz mover o Céu, tremer o Inferno e mudar as coisas aqui na Terra.
Feliz é o cristão que aprender que a oração é arma de guerra contra o diabo, mas também contra nossos impulsos de ódio, ganância, egoísmo e concupiscência.
Feliz é o cristão que aprender que oração produz comunhão na igreja, porque orando invocamos a Deus, “Pai Nosso” e, assim, destruímos todo e qualquer preconceito e divisão.
Feliz é o cristão que aprender que a oração o capacita cumprir a missão de falar do amor de Jesus aos que caminham desnorteados como “ovelhas sem pastor”.
Feliz é o cristão que aprender que a oração o fortalece no momento do sofrimento, traz paz nos momentos de angústia, traz segurança nos momentos de dúvida, traz alegria nos momentos de dor…
Feliz é o cristão que aprender que a oração pelo seu pastor “coloca fogo no púlpito”, traz avivamento para a Igreja e unção do Espírito sobre o culto.
Feliz é o cristão que aprender que a oração cura as feridas, restaura a vida, re-faz os sonhos perdidos, traz esperança, e quando não muda as circunstâncias, altera nossas intenções…
Feliz é o cristão que ora!

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