Autor: Robson Brito
Certo dia, recebi um e-mail que me questionava: “Se Deus, criou o homem, segundo vocês pregadores preconizam e, se Ele é onisciente como vocês pregam, logo, sabia que o homem pecaria… Então, responda-me: por que Deus insistiu em criá-lo?”
Respondo: Deus criou o gênero humano por que esse ato e o objeto dele lhe deu um profundo e indizível contentamento.
Inicialmente, é preciso considerar que mesmo sabendo que o homem pecaria, Deus criou-o porque todo bom criador, que ama sua obra tem prazer em sua criatura. Se um pintor, um escultor, um literato, um arquiteto, um construtor, os quais são finitos, falhos e limitados têm prazer em suas respectivas obras, que dirá o Altíssimo que é infinito, ilimitado e absolutamente perfeito, não terá um gozo ainda mais excelso vendo o fruto de seu trabalho?
Depois que Deus fez o homem, Ele avaliou coletivamente toda a sua criação, incluída nela o ser humano, que criara no sexto dia, e “viu que era muito bom” (Gn 1.31). Criar o homem para Deus foi mais que bom – foi “muito bom”.
Mesmo antevendo a queda de Adão e Eva, algo em Deus alegrou-O sobremaneira quando criou nossos primeiros pais. Regozijou-Se muita mais do que quando criara outras coisas, por isso, disse o salmista “de glória e honra o coroaste” (Sl 8.5b). Essa posição exaltada, superior às demais criaturas com que Ele criou a sua “imagem e semelhança” é que aumentou o gozo do Criador, pois sendo o ser humano consciente de si mesmo, poderia ser-Lhe amigo e oferecer um louvor que O agradasse. Você está agradando a Deus?
Em segundo lugar, Deus criou o homem ainda que soubesse que este o decepcionaria por que Ele já tinha um plano de salvação para essa criatura, “no Cordeiro que fora morto desde a fundação dos séculos” (Ap 13.8). Ele anelava que a criatura humana exercesse o seu livre arbítrio e O servisse por amor genuíno e não por força ou por qualquer outro interesse de qualquer natureza, mas simplesmente, por amor. Você também tem O amado?
Deus quer aniquilar toda possível acusação de Satanás no futuro eterno de que o ser humano ficou do lado de Deus por que não teve outra escolha, como o inimigo injustamente alegou no caso de Jó: “Será que não é por interesse próprio que Jó te teme? Tu não deixas que nenhum mal aconteça a ele, à sua família e a tudo o que ele tem. Abençoas tudo o que Jó faz, e no país inteiro ele é o homem que tem mais cabeças de gado. Mas, se tirares tudo o que é dele, verás que ele te amaldiçoará sem nenhum respeito. É só tocar na pele dele para ver o que acontece. As pessoas não se importam de perder tudo desde que conservem a própria vida. Agora, se estenderes a mão e ferires o corpo dele, verás como ele, sem nenhum respeito, te amaldiçoará.”. (Jó 1.9,10; 2.5).
O propósito do Pai é que as criaturas humanas configurem-se à imagem perfeita de Cristo, pelo amor a Ele e pelo exercício do livre arbítrio, e assim tornem-se “participantes da natureza divina” (Rm 8.29; Ef 1.23; 2 Pe 1.4).
Isso aumenta infinitamente mais o prazer do Todo-Poderoso pelo gênero humano. Logo, valeu a pena havê-lo criado. Deus olha para você lendo esse texto e fica muito feliz com você. O Pai celestial lhe ama profundamente e quer que você tenha um maior compromisso com Ele!
Dessa forma, o Pai celeste criou a mim e a você por que isso lhe proporcionou um maravilhoso gozo, que na eternidade será ainda maior!
Robson Brito é Pastor da Assembléia de Deus em Sarandi e professor em Maringá – prrobsonbrito@uol.com.br.
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