Que amor é esse?

Autor: Jonathan Menezes
Você já teve alguma vez aquela sensação de que o amor de Deus é “bom demais pra ser verdade”? Tipo, será que perdemos alguma coisa ou é isso mesmo? Deus realmente me ama incondicionalmente? Quero dizer, independente do que eu faça ou de como eu seja, ele continuará me amando? Você nunca fez uma pergunta ( não exatamente com essas palavras) do tipo: puxa, Deus, mas fala aí, qual é a minha parte nesse negócio do seu amor por mim? Fala, vai, eu sei que tenho que fazer alguma coisa, aliás, eu preciso fazer alguma coisa pra que eu não fique com essa sensação incômoda de que o seu amor é uma coisa utópica, irreal, boa demais pra ser verdade. Sabe como é, quando o presente é muito grande e de graça, a gente desconfia (mudando um pouco o ditado)…

Confessamente ou não, é assim que agimos muitas vezes. Dizemos crer na graça, mas será que cremos nela ao ponto de nos render completamente? Cantamos o amor de Deus e nos dizemos alcançados por esse amor, mas, na prática, como lidamos com um amor que não pede nada em troca para ser o que é? Bem, a essa hora, alguém certamente levantaria o dedo e diria: “Olha, não é bem assim, Deus requer muita coisa da gente sim”. Creio também nisso, em parte. A parábola dos talentos, em Mateus 25, fala sobre o destino daqueles que preferem esconder o talento e não produzir, não ser frutífero. Mas a pergunta é: em que ser frutífero ou não pode mudar o amor de Deus por nós? Há algo que possamos fazer para intensificar ou para diminuir esse amor? Em tese, a resposta mais comum seria “não”, mas, de fato, eu tenho visto que a resposta é “sim”.

Por que? Simples, porque não lidamos bem com o fato de que com a graça de Deus e seu amor incondicional, saímos do controle. Daí, não adianta: sacrifícios, louvores, línguas, bençãos, orações, jejuns, caridade, etc. Nada disso nos conduz a Deus, porque, pela graça eu sei que já fui conduzido. Nada disso aumenta o amor dele por mim, porque o amor dele é eterno e imutável. Todas essas coisas “adiantarão”, a partir do momento em que forem fruto de gratidão e da operosidade do amor e da graça de Deus em nós; isso é ser frutífero. Do contrário, é só religiosidade, nada mais. Deus não te quer e não me quer mais “religioso”, ele quer o seu e o meu coração, o que significa nos querer por inteiro, assim, do jeito que somos, imperfeitos como somos, mas à caminho da perfeição que Ele desenhou para nós, e não essa “perfeição” pérfida que os mestres da religião têm exigido (e não de agora) das pessoas.

Assista a esse vídeo do Rob Bell (você encontra no blog do Jon ou no youtube), em que ele diz, acerca do amor de Deus: “Nada do que você possa fazer vai me fazer amar você menos do que amo”. Será aceitável isso? Você crê nisso? E mais, você tem experimentado isso em sua vida e relacionamento com Deus? Ou, estaremos sempre nessa roda viciosa da lei, de ter que “fazer algo” ou deixar de fazer um monte de coisas, coxeando nas esquinas da vida por migalhas do amor de Deus? Pense nisso, e depois me fale o que você pensou se quiser…

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