Autor: Josué Mello Salgado
“E ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição.” Malaquias 4.6
A família vive profundas transformações, ensejadas por um novo tempo, novos valores e novas configurações sociais. Tais transformações caracterizam-se ao mesmo tempo como oportunidades de novos momentos de grande bênção na vida no lar, mas ao mesmo tempo em perigo de crises que possam levar a família à desintegração e irrelevância. Crise, em chinês (mandarim) tem dois caracteres ou ideogramas: um que se pronuncia Uêi, significa perigo; o outro, tchí, significa oportunidade. A crise pode ser tanto quanto oportunidade, a depender de como a encaremos.
O texto revela quatro conversões necessárias à família, conversões estas que devem atingir o coração, i.é., tanto a razão, (emoções) quanto a volição (vontade) de cada membro, sobretudo pais e filhos.
A primeira conversão é a Deus. Davi fez a conhecida oração: “E agora foste servido abençoar a casa de teu servo, para que permaneça para sempre diante de Ti; porque Tu, Senhor, a abençoaste, ficará abençoada para sempre” (1Crônicas 17.27). uma casa abençoada pelo Senhor é sobretudo uma casa convertida ao Senhor e aos Seus propósitos.
A segunda conversão é a dos filhos aos seus pais. Vivemos tempos em que filhos agem como se fossem pais. Impõem seus caprichos e vontades como se já soubessem de tudo e sobre tudo. A conversão de filhos aos pais passa pelo reconhecimento da autoridade desses sobre aqueles, bem como da sabedoria divina em dispor pais que, pela sua experiência já vivida, possam instruir filhos no caminho em que devam andar. Erra menos o filho que ouve os conselhos dos pais.
A terceira conversão é a dos pais aos seus filhos. Pais precisam também se converter aos seus filhos assumindo a responsabilidade que Deus entregou a eles de criar filhos para a vida presente e eterna. Renunciar a essa responsabilidade delegando-a ao acaso, a televisão e outros, é abdicar não apenas de uma bendita missão, mas também de um santo privilégio.
A quarta conversão é a dos nossos propósitos. O texto fala de terra ferida com maldição pela ausência de conversão. Devemos ter consciência que o trilhar de caminhos distantes da vontade de Deus levar-nos-á inexoravelmente à maldição. Se continuarmos a plantar desobediência haveremos de colher maldição e não bênção. Assim devemos converter nossos propósitos de desejarmos para nós e para os nossos sempre o melhor e não o pior. E o melhor é a recompensa para quem trilha os caminhos do Senhor.
E se o caminho nos parece difícil demais oremos com Jeremias:”converte-nos a Ti, Senhor, e seremos convertidos” (Lamentações 5.21 e Jeremias 31.18).
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