Autor: Antonio Carlos Barro
“Nem tudo o que reluz é ouro” – é um ditado do nosso povo. Havia uma propaganda de xampu que repetia: “parece, mas não é”. Muitas vezes nos deparamos com situações ou circunstâncias que parecem ser uma coisa que, mais tarde, vamos descobrir que não era bem aquilo. Muitas vezes nos relacionamos com pessoas que pensamos ser uma coisa, mas depois descobrimos que é outra bem diferente.
Judas Iscariotes andava com Jesus, tomava refeições com ele e era inclusive o tesoureiro do grupo apostólico. Parecia ser um discípulo fiel e verdadeiro. Parecia real, mas não era. Traiu Jesus. Alexandre, o latoeiro, e Demas eram amigos do Apóstolo Paulo. Eram missionários, pregavam o evangelho. Pareciam tão zelosos da causa cristã. Pareciam, mas não eram. Diótrefes (3 João) era um pastor de igreja. Parecia ser sincero e zelava pelo seu rebanho. Seu zelo era na verdade uma tirania disfarçada. Pastoreava como se a igreja era de sua propriedade. Parecia um bom pastor, mas não era. Era tirano e além de tudo um mentiroso.
Não enfrenta hoje o cristianismo situação semelhante? Quantas vezes as pessoas dizem: “pastores são assim mesmo”, referindo-se a um charlatão qualquer que ocupa algum púlpito ou alguma tela da TV! “Crente não vale nada”, diz aquele que foi enganado em algum negócio com alguém que freqüenta uma igreja evangélica. Não estamos isentos destes jargões justamente porque as igrejas estão cheias de gente de “parece mas não é”. Pessoas que parecem ouro, mas são latões reluzentes. Nas palavras de Cristo é o joio crescendo no meio do trigo. O problema é que o joio realmente parece com o trigo. Mas não é trigo.
Assim o que fazer? A nossa alternativa é ver os frutos. Lemos em Mateus 7:16-20: “Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má dar frutos bons. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”. Essa é a única alternativa. Esperar os frutos. Judas enforcou-se, Demas voltou para o mundo, Diótrefes recebeu uma repreensão do Apóstolo João e foi chamado de maligno. Alexandre foi entregue às suas próprias obras más.
E a nós, somente nos cabe esperar que não apenas pareçamos reais, mas que de fato sejamos.
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