Autor: Fernando Martinez
A Bíblia tem sido, no decorrer dos séculos, alvo das mais veementes controvérsias. Inúmeras vezes sua inspiração verbal (divina), sua autoridade suprema em matéria de fé e de moral, etc., são desafiadas, contestadas e satiricamente criticadas.
Não obstante esses ataques, a Palavra do Senhor, sempre vencedora, continua a ser disseminada por todos os quadrantes do globo terráqueo.
É certo que milhares e milhares de volumes foram (e nalguns países ainda são) lançados às chamas por pessoas fanáticas. Muitas delas eram agnósticas, deístas ou ateias; outras professavam o “cristianismo”… Como escreveu Almeida Garrett: “Fez-se crime da leitura dos livros santos, chamou-se sacrilégio o próprio estudo da lei de Deus! Ignorância crassa, estúpida, a maior inimiga do Cristianismo!.
Esse livro era um perigo para tais indivíduos, pois reprovava as suas práticas pecaminosas, suas vidas desregradas. O livro de Deus opunha-se (e ainda o faz) ao egoísmo e à vaidade; condenava a idolatria e a superstição; verberava o vício e a hipocrisia dessas pessoas, e não convinha obviamente que existisse!
A Escritura Sagrada está traduzida, total ou parcialmente, em cerca de 2300 línguas e dialectos. Actualmente estão em curso mais de 600 versões da Bíblia, sendo o livro com maior número de traduções da História: um autêntico best seller.
O Livro de Deus continua a transformar corações, lares, famílias e povos. Suas páginas áureas têm confortado as almas atribuladas, fortalecido os fracos, estimulado os desanimados, saciado os famintos de Deus, os sedentos da verdade. Pela sua leitura constroem-se os verdadeiros caracteres, aprimoram-se as mentalidades, lapidam-se e aperfeiçoam-se os valores morais de um povo.
Poderíamos transcrever aqui numerosíssimas afirmações abonatórias da Bíblia feitas por pessoas célebres de todos os tempos e lugares. Limitamo-nos a três exemplos. “A existência da Bíblia como um livro para o povo é um dos maiores benefícios que a humanidade alguma vez recebeu” (Kant); “A Bíblia há sido a Carta Magna em defesa dos pobres e oprimidos. A humanidade não se encontra em condições de passar sem ela” (Huxley); “Há na Bíblia mais provas seguras da sua autenticidade que em qualquer história humana” (Newton).
O Dr. A. W. Tozer, falecido pastor evangélico, foi considerado o mais famoso pregador do século 20. Ele escreveu: “A grande necessidade da hora presente entre as pessoas espiritualmente famintas é dupla: Primeiro, conhecer as Escrituras, sem as quais nenhuma verdade salvadora será concedida por nosso Senhor; segundo, ser iluminado pelo Espírito, pois sem Ele as Escrituras não serão compreendidas.” (1)
Ao reflectir sobre a singularidade da Bíblia, o Dr. Josh McDowell escreve: “Parece um disco com defeito. Estou sempre a ouvir a mesma frase: ‘Não me vai dizer que lê a Bíblia!’ Algumas vezes isso é dito com outras palavras: ‘Ah! Que é isso? A Bíblia é um livro igual aos outros; você devia é ler… etc.’ E existe aquele estudante que se orgulha pelo facto da sua Bíblia estar na prateleira junto a outros livros, talvez empoeirada, nada gasta pelo uso, mas lá está ela com as outras ‘grandes’ obras.
“Existe também o professor que menospreza a Bíblia diante dos alunos e que zomba só da ideia de pensar em lê-la, quanto mais tê-la na sua biblioteca particular.
“As indagações e observações acima mencionadas perturbaram-me quando eu tentava, como um não-cristão, refutar a Bíblia como a Palavra de Deus ao homem. Finalmente cheguei à conclusão de que eram simples chavões ditos por homens e mulheres, quer adeptos de ideias preconcebidas, quer simplesmente pessoas ignorantes e incultas.
“Pelo que é, a Bíblia deve estar no alto da estante. A Bíblia é única. É exactamente isso. Os pensamentos que desenvolvi para descrever a Bíblia resumem-se na palavra única.
“M. Montiero-Williams, antigo professor de sânscrito, que passou 42 anos a estudar livros orientais e comparando-os com a Bíblia, afirmou: ‘Se você quiser, empilhe-os no lado esquerdo da sua escrivaninha; mas coloque a sua Bíblia do lado direito – apenas ela, só ela – e que haja uma boa distância entre a pilha de livros e a Bíblia. Pois existe uma grande distância entre ela e os chamados livros sagrados do Oriente, de modo que estes se opõem àquela total, completa e definitivamente… um abismo real que nenhuma ciência do pensamento religioso conseguirá transpor.” (2)
Termino este extenso Editorial com as palavras de Abraão Lincoln: “Estou ocupado muito proveitosamente na leitura da Bíblia. Aceita deste livro tudo o que puderes pelo teu raciocínio e o restante pela fé, e viverás e morrerás como um homem melhor.”
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