Autor: Autor Desconhecido
Existem alguns textos na Bíblia que quase passam despercebidos em nossa leitura diária. Um deles é, sem dúvida, o que narra a história de duas parteiras chamadas Sifrá e Puá. Os nomes não são lá estas coisas para nossa cultura. A Bíblia diz que elas exerceram a profissão obedecendo o próprio código de ética, não a de faraó que ordenou matar os meninos hebreus (Ex 1.15-22). Em recompensa, Deus lhes deu um presente: famílias. O texto diz: “Visto que as parteiras temeram a Deus, ele concedeu-lhes que tivessem suas próprias famílias” (Ex 1.21NVI). Se para alguns o viver em família não representa alegria e realização, não é por causa da idéia de Deus ao criar a família, mas por motivo de tantos sentimentos mesquinhos e influenciados pelo distanciamento do homem de Deus.
Estudos mostram que pessoas que vivem bem em família e no casamento têm muitos benefícios. Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, concluíram, após estudos com mais de 16 mil crianças de 9 a 14 anos, que aquelas que sentam à mesa com os pais alimentam-se melhor em comparação com aquelas que comem sozinhas. Os estudos revelaram que o efeito positivo da presença dos pais não é só emocional, mas também educativo. As porções de alimentos sadios, como frutas e vegetais, aparecem quase duas vezes mais no prato daqueles que almoçam ou jantam em família.
Um outro artigo publicado, desta vez publicado no American Journal of Nursing, revela que a presença da família no hospital pode ajudar nas emergências. Alguns hospitais já estão quebrando a rotina e permitem que familiares permaneçam ao lado da cama dos pacientes durante procedimentos invasivos ou de ressuscitação. Dezra Eichhorn, especialista em enfermagem de traumas, em entrevista ao referido jornal, afirma que este recurso é um dos mais poderosos para a recuperação de pacientes. “É realmente positivo para eles. Sentem-se confortados, com apoio, e não sós. É muito significativo para os pacientes ter a família lá”, afirma Eichhorn.
Gilberto Dimenstein, num de seus artigos publicados na Folha de São Paulo, citou um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, com 70 mil jovens e 23 mil pais, patrocinada pelo governo federal. Os resultados indicaram que os jovens com laços afetivos sólidos, especialmente dentro da família, tendem a lidar melhor com as drogas.
O American Journal of Cardiology publicou recentemente um estudo que aponta o valor de um casamento feliz na vida das pessoas. James C. Coyne e sua equipe da Universidade da Pensilvânia, no estado da Filadélfia, afirmam, após longos estudos, que um casamento feliz pode afetar os sistemas hormonal ou neurológico, que interferem na progressão de doenças. Os mesmos estudos apontaram que homens e mulheres com insuficiência cardíaca que estavam bem no casamento estavam mais propensos a permanecerem vivos após quatro anos, comparados a pacientes em casamentos mais turbulentos.
John Gottman, autor do livro Sete princípios para o casamento dar certo (Editora Objetiva) cita estudos de Lois Verbrugge e James House, da Universidade de Michigan, que apontam que um casamento infeliz pode aumentar as chances de o indivíduo adoecer em 35%, e ainda encurtar sua vida por uma média de quatro anos. E mais: pessoas que vivem num bom casamento vivem mais tempo e têm mais saúde do que as que são divorciadas ou infelizes no casamento.
O mesmo John Gottman conduziu um estudo onde revelou que crianças da pré-escola que haviam crescido em lares com problemas conjugais e familiares, comparadas com outras crianças que presenciavam harmonia entre seus pais, apresentavam níveis elevados de hormônio do estresse em forma crônica.
Por isso, mais do que nunca, devemos aprender a viver bem em família e trabalharmos para a construção de um casamento agradável.
Não sabemos mais a respeito de Sifrá e Puá. Só podemos afirmar que se souberam aproveitar bem o presente dado por Deus, viveram muitos anos com saúde e realizadas como pessoas, pois o que Deus dá é sempre para nosso bem.
Site: www.clickfamilia.org.br
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