Origem e Aspectos da Páscoa

Autor: Autor Desconhecido
A PÁSCOA JUDAICA – A festa da Páscoa é anterior a Cristo, e até mesmo anterior ao povo Hebreu… Então, de onde ela vem?

A palavra Páscoa significa passagem. Os povos pagãos já comemoravam a festa da passagem, durante a mudança de estação para o início da época das colheitas; era a passagem para um período de maior abundância, onde a vida se tornava mais fácil e mais agradável.

Durante este período já comiam o pão ázimo, espécie de pão sem fermento (somente farinha e água), que se tornaria um dos símbolos da Páscoa judaica. O pão era salgado e preparado nas costas dos camponeses que trabalhavam de sol a sol.

Durante esta época do ano, aconteceu a libertação do povo Hebreu do cativeiro do Egito e Moisés, orientado por Deus, transformou o significado da festa. A Páscoa se torna para o povo Hebreu a passagem da escravidão para a liberdade. São incorporados outros símbolos, além do pão ázimo, que é mantido, e onde destaca-se a figura do cordeiro imolado, cujo o sangue nos umbrais das casas marca aqueles que serão salvos.

A PÁSCOA CRISTÃ – Deus em sua infinita bondade, vendo a escravidão do homem ao pecado, envia-nos o seu próprio Filho. A vida de Cristo, seus ensinamentos, sua missão, serão objetos de capítulos posteriores. Neste momento, nos deteremos apenas na sua função redentora.

A PÁSCOA DA REDENÇÃO – Durante o período da Páscoa Hebraica, Cristo é preso, martirizado, crucificado e morto. Ao terceiro dia ressuscita e transforma todo o significado da Páscoa Hebraica.

A Páscoa Cristã é a passagem da morte para a vida, da escravidão do pecado para a liberdade da vida eterna, como bem diz São Paulo: “Com efeito, visto que a morte veio por um homem, também por um homem vem a Ressurreição dos mortos. Pois, assim como todos morrem em Adão, em Cristo todos receberão a vida” (1Cor 15,21-22).

Alguns símbolos se transformam e ganham outro significado. Na quinta-feira, portanto, um dia antes da sua paixão, Cristo institui a Eucaristia, transformando o Pão e o Vinho no seu próprio Corpo e Sangue. Além disso, o próprio Cristo se transforma no novo cordeiro que é imolado para o perdão dos pecados e que nos dá a ressurreição para a vida eterna.

A SEMANA SANTA – A Igreja celebra a Páscoa todos os dias durante a missa, onde novamente Cristo se dá para todos nós na forma de pão e vinho, mas reserva para o mesmo período do ano em que ela de fato ocorreu, a celebração especial da Semana Santa. Não é uma simples comemoração ou uma lembrança; é uma celebração onde tudo se renova, tudo acontece de novo, e para qual o cristão deve se preparar.

Por isso, o período que antecede a Páscoa é a quaresma que, iniciada na quarta-feira de cinzas, nos chama à conversão para celebrarmos de forma digna o momento mais sublime da história da salvação.

O TEMPO PASCAL – Este tempo é marcado a partir do domingo de Páscoa, data mais importante da liturgia católica. Este domingo é o primeiro domingo de lua cheia do mês de Nissan, correspondendo ao calendário luni-solar, utilizado pelos hebreus na época da ressurreição de Cristo.

O tempo pascal se estende até a festa de Pentecostes (festa da vinda do Espírito Santo) que se comemora cinqüenta dias após a ressurreição de Cristo.

Nos quarenta dias que antecedem a festa maior de nossa fé, os fiéis são convidados a se prepararem através da oração, reflexão e penitência. Este período a Igreja denomina QUARESMA, na verdade um prolongamento do tempo pascal.

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