Autor: Pr. João Soares da Fonseca
Fim do culto da noite na Igreja Batista da Praia do Canto, em Vitória (ES). A data é 29-11-98, que não mais esquecerei. Sou surpreendido com uma saudação em árabe, vinda do banco de trás. Mauro Marques trabalhara conosco nos dois anos de permanência no Iraque (1981-1983). Concluídos os salamaleques e rapapés próprios de quem não se vê faz tempo, Mauro pede que me assente para ouvir a história que me vai contar.
– Se lembra do engenheiro Maurício, lá do Iraque?
Francamente, não me lembro. Havia centenas de engenheiros naquela obra. Não importa! Mauro conta que foi procurado por uma senhora, alguns meses antes. Sendo ela da “elite” social do acampamento da Mendes Júnior, no Iraque, não iria freqüentar os nossos cultos lá. Toda sexta-feira eu pregava na tevê, que mesmo operando em circuito fechado, entrava nos lares e alojamentos dos cerca de 4.000 brasileiros que ali viviam. Foi assim que essa senhora começou a ouvir falar de Jesus. Voltando ao Brasil, foi batizada na 1a. Igreja de Vitória. Hoje mora em Belo Horizonte.
Mauro me conta tudo não sem uma ponta de emoção, que acaba me contagiando. Como se seus olhos mareados dissessem:
– Pastor, vale a pena pregar o Evangelho!
Nos dois anos do Iraque, batizei 16 irmãos brasileiros na correnteza histórica do rio Eufrates. Mas aos poucos vou descobrindo, aqui e ali, outros frutos, de cuja existência não suspeitava. Creio que esta será mais uma surpresa do céu: conhecer de todo os frutos que nossos ministérios geraram, diretamente ou não.
Enquanto viver, quero pregar o Evangelho!
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