Autor: Luis Carlos Lima Araújo
A oração foi, é e continuará a ser a única maneira que pela fé nos faz falar com Deus. Todos os que crêem, independentemente de sua formação escolar, de sua condição social (pobre ou rico), sua nacionalidade enfim, todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, sabem que a oração faz chegar até o trono da graça.
Mas, por que temos então a sensação de que a oração é o que menos atrai o povo de Deus para as igrejas? Você já percebeu que vígílias de orações, reuniões de orações, campanhas de orações, seminário de orações são as reuniões que menos atrai o crente?
Você já percebeu como somos capazes de nos organizar para participar de acampamentos, de festividades, de passeios, de filmes, de teatros, mudamos agendas e compromissos com um grau de interesse maior do quando somos convidados a orar?
Interessante como isto acontece em nossas igrejas, especialmente nas igrejas do ocidente. Mesmo aqueles crentes que costumeiramente não perdem um bom seminário marcado com muitas pregações e estudos sobre a oração em comunhão com outros irmãos(ãs).
Muitos dizem que estão orando em casa, estão orando individualmente. Acredito sinceramente que podemos e devemos orar individualmente assim como Jesus nos ensina a fechar a porta do quarto e orar em secreto ao Senhor (Mateus 6:6), mas esta é uma prática de oração e não a única. Precisamos abrir a porta do quarto e perceber que a oração também é um meio de solidariedade e concordância que precisa ser praticada. (Mateus 18:18-20)
Os evangelhos nos demonstram que Jesus tinha a prática de orar sozinho, mas também costumava chamar os discípulos para orar com Ele. Veja, no texto acima encontramos o Senhor num momento dificílimo. Sua alma estava entristecida e angustiada (vs.37), Ele queria a companhia, a solidariedade, as orações dos discípulos que não deram conta disso.
Vivemos nos últimos tempos, um período de supervalorização do individualismo, onde o que vale é a minha felicidade, o meu futuro, o meu dinheiro, e isto tem influenciado todos os seguimentos da sociedade, inclusive a igreja. Será que já não nos interessa muito os motivos de orações dos outros e com os outros? Será que isso é verdade? O que motivaria a igreja a estar mais tempo juntos em oração? O que você pensa?
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