Autor: Volney G Oliveira
A igreja de Cristo no mundo atual, face ao desvencilhar de um novo milênio, indeciso, cheio de dilemas existenciais, com maior número de homens amantes de si mesmos, materialistas e recheado de diversas seitas onde se apregoam falsa liberdade, paz e felicidade que têm caráter provisório, não obstante, por outro lado, tem enfrentado grandes desafios, isto é, enquanto engendrada nos diversos patamares situacionais desta época em transição: instabilidade financeira, cultura que ainda hoje não conseguiu se definir (por causa de suas infindas raízes étnicas – branco, negro, índio, europeu, asiático, africano). Nota-se, portanto, que se o cristão não se apegar as vestes de Cristo, seu Salvador, já poderá carimbar seu passaporte para outro lugar que não seja o céu que é um lugar de gozo e alegria, mas estaria fulminado diante das constantes ameaças esquematizas pelo príncipe deste mundo, satanás. Vemos, outrossim, que, embasados pela Palavra de Deus, o diabo com todas as suas astúcias e ciladas ruge, como leão, ao derredor dos cristãos procurando a quem possa tragar. Se se observar o termo “surge como”, perceber-se-á que ele não é o leão, ele se faz passar por um leão, porque quem é o verdadeiro Leão é Jesus, o Santo de Deus.
No entanto, é louvável se houvesse uma marcação acirrada de pastores, pais e dos educadores cristãos, quanto ao enlevo espiritual de suas crianças, de seus jovens e adolescentes de suas igrejas, principalmente ao fator jovem-adolescente. Neste mundo atual, cada dia que se passa, torna-se muito nítido e de fácil percepção o poderio do diabo se expandindo. Ele tem conquistado o mundo através da mídia e, comumente, oferece pratos saborosos repletos de guloseimas suntuosas que na verdade são apenas facetas de como angariar mais adeptos para seu reino. O espírito do homem haja visto que quando se engendra nestas oferendas diabólicas, se distancia mais e mais da presença de seu criador, Deus.
Observando estes aspectos referenciais, pudemos notar que os mais atacados pelo poder das trevas realmente e impreterivelmente são os jovens. Estes sofrem os maiores desafios. Óbvio, porque são estes a igreja do agora e do futuro; são estes que o apóstolo descreveu como fortes e vencedores do maligno; são estes que estão com todo o vigor para penetrar nas mais densas camadas do submundo do crime a fim de concretizar o Ide do Mestre aos jovens viciados, nas cadeias, penitenciárias, falar do amor de Deus às prostitutas, aos homossexuais, sim, são estes. Aí torna-se real a irritação furiosa do diabo. Como combatê-los? Pensa ele. Então começa o combate com todo o seu arsenal de guerra através de dardos inflamados induzindo os jovens a pecarem contra Deus e desta forma vão se esfriando do primeiro amor através de namoros escandalosos, da televisão (onde atualmente só se vê pornografia e cenas de sexos), das festas dos amigos não cristãos onde há orgias, do não tem importância, não tem problema, das Dalilas (o jugo desigual – cristão e não-cristão)… Porém, jovens, disse João, eu vos escrevi por que vencestes o maligno e sois fortes e a Palavra de Deus está em vós. Isto será possível se andares na luz e estares em constante oração, jejum, desviando-se do mal e sempre procurando andar em conformidade com os ensinamentos de Cristo. Disse Jesus em determinado momento que erramos por não conhecermos as Escrituras. Grande verdade. Mas se errarmos temos um Advogado, com o Pai que é Cristo, o Senhor.
Como o nosso alvo é trazer o conhecimento aos nossos irmãos iremos fazê-lo, destarte, principalmente aos domésticos da fé, enlaçados pela Palavra de Deus, alertamos aos jovens, principalmente aos namorados: tentem fazer de seu namoro um namoro cristão, abençoados por Deus e por seus pais, um namoro sem hipocrisia, sem difamação e profanação ao templo do Espírito Santo.
O jovem cristão está numa luta constante contra o diabo e seus anjos e, comumente, contra as diferentes fases de sua vida. Outros pormenores como a busca de sua sobrevivência, a busca de independência perante os pais e diante da sociedade são outros fatores que permeiam sua vida. Sendo assim, a escolha de uma profissão, a procura de um emprego e a escolha de uma companheira (que é uma instituição de Deus ao homem), para lhe acompanhar durante o longo período existencial e construção de um lar, irão acrescentar-lhe o resto de um turbilhão de pressões externas e principalmente interna. Isto tudo faz parte do existir humano, se com Deus ou sem Ele. A diferença é de que se o homem está apalpado e seguro em Deus e em sua preciosa Palavra seu barco, sua vida, tudo que lhe pertencer ou colocar as palmas de suas mãos ou as plantas dos pés será bem sucedido até as futuras gerações.
Gostaríamos de parafrasear um assunto que permeia a vida do jovem cristão e onde está exatamente o fruto de toda a transição e conflitos internos que lhe deixa atordoado e onde, desta forma, conseguirá à luz das Sagradas Escrituras, ser vencedor em Cristo Jesus e, assim sendo, estar constantemente, atribuindo toda a adoração e louvor merecidos.
O homem e a mulher são seres criados por Deus a fim de louvá-lo. Viu Deus que o homem era uma criação sua, porém, reparou que estava se sentindo solitário. De sua costela criou a mulher fazendo desta uma adjutora. Significa que um e outro andavam em constante felicidade e paz. Era muito lindo. Caminhavam pelo jardim juntos, conheceram juntos os diversos tipos de plantas, árvores, flores, animais, borboletas, enfim, toda a obra da criação de Deus. Acredito que o amor, aquela necessidade de estarem sempre ao lado um do outro foi florescendo, desabrochando dia após dia em que os dois seres da criação de Deus iam se acostumando. Desta forma, o amor transmigrou-se até nossos dias e vemos assim este amor – homem/mulher – serem a beleza que só poderia ser algo da criação de Deus.
Não obstante, sabe-se hoje que um dos preâmbulos da busca da sobrevivência da pessoa humana é amar e ser amado.
A Bíblia nos fala a respeito do amor – l Co. 13. Jesus Cristo, enquanto esteve aqui na terra falou muitas vezes sobre o amor muitas vezes – para reflexão, confira Mt. 19.21; Jo. 13.34. Ele falou do amor de tal forma que resumiu a lei de Moisés, em dois: amar a Deus sobre todas as coisas e a seu próximo como a ti mesmo. Quando Jesus fala deste amor, devemos pensar naquela pessoa que está ao nosso lado. Imagine só, eu amando meu próximo e não amando a mim mesmo, como será isso possível? Fica claro pensarmos que para amar ao nosso próximo é preciso que amemos a nós primeiro. O que é isso, amar a nós mesmos? É aceitar-nos como verdadeiramente somos, sentirmos seguros conosco, sermos auto-confiantes, auto-compreensíveis, sermos responsáveis por nossos atos, termos uma vida com Cristo e andarmos conforme os mandamentos de Cristo.
Atemo-nos um pouco no amor mostrando sua relação com a sexualidade humana. Existe uma grande dificuldade de se entender o amor como algo sublime. Numa pálida síntese observe os meandros do amor humano que sucedem desde o seu nascimento até mais futuramente na juventude.
Ao nascer, o ser humano é tratado por sua mãe de forma muito especial. Passam-se nove meses e este recebe tratamento vip e também alimentação saudável. Isso é muito bom. No momento de nascer, a criança está abrindo mão de um lugar de conforto e segurança para ser lançada a um mundo desconhecido causando-lhe enorme medo e insegurança. Contudo, ela acredita que a mãe sempre estará ao seu lado oferecendo total segurança. Tais quais são os filhos de Deus que estão sempre confiantes, seguros a ponto de por toda a confiança n’Ele. O salmista nos ajuda nesta palavra – Sl. 3.5; 23.3,4.
Com isso, o ser humano está experimentando as primeiras formas de carinho, de afeto e de amor. Mais à frente, o amor atingirá outro estágio. O ser humano ao chegar entre dez e doze anos estará apto a receber as primeiras mudanças em seu corpo. É chegada a adolescência, época de grandes mudanças e para muitos uma época de grandes aborrecimentos.
Volney G Oliveira – Psicólogo graduado pela FCH/FUMEC. Membro da Assembléia de Deus, Templo Central, Pastor Anselmo Silvestre. Membro da Orquestra Vida. Aluno da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG.
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