Autor: Samuel Pinheiro
No princípio Deus…
Podemos saber, com plena certeza, que Deus existe. Como também podemos saber, com plena certeza, o suficiente acerca de quem Ele efectivamente é e o que quer do ser humano.
Provar Deus através de uma fórmula química ou de uma expressão matemática, é tão inconsequente quanto querer resumir o homem a uma dessas demonstrações.
Colocar Deus no laboratório, analisá-lo ao microscópio, tentar localizá-lo através de um telescópio não funciona, e não teria qualquer interesse.
Falar em Deus é reconhecer e ter de assumir a nossa total dependência d’Ele para O conhecermos e nos relacionarmos com Ele. Considerar o Criador é depender da revelação que Ele faz de si mesmo, na constatação de que a nossa mente pode receber d’Ele informação, embora por si só não tenha possibilidade de O alcançar.
Quando a ideia de Deus depende da imaginação humana, é natural que encontremos uma variedade de propostas e de concepções, muitas delas perfeitamente antagónicas e díspares. Daí a quantidade de religiões que nos são oferecidas, todas elas propondo-se levar o homem à divindade, quando, afinal, é Deus que vem até nós.
Precisamos e dependemos efectivamente do que Deus nos possa dizer de si mesmo, dentro da nossa capacidade de entendimento e da nossa disponibilidade de sermos por Ele elucidados.
Não podemos esperar que o Sustentador de todas as coisas seja menos que nós, o que seria um contra-senso. Sendo nós pessoas que nos relacionamos, será portanto de esperar que também Deus seja pessoal. E se o nosso conhecimento mútuo vem, antes de tudo o mais, do nosso relacionamento, também não devemos estranhar que só conheceremos Deus por intermédio de um relacionamento pessoal com Ele.
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