Natal e Satisfação: Estranha Combinação

Autor: Robert J. Tamasy
Natal é um feriado incomum com significados diferentes para diferentes pessoas. É a celebração do nascimento de Jesus Cristo descrito na Bíblia como a Palavra, o Cordeiro de Deus, o Único Filho de Deus, o Pão da Vida, o Bom Pastor, o Caminho, a Verdade e a Vida, a Videira. É também um feriado cívico quando se desfruta de uma pausa do trabalho, lojas e repartições públicas. Escolas também fecham e estudantes e professores têm uma trégua tão necessária dos rigores do aprendizado. No trabalho festas e amigo secreto comemoram a data.

Na esfera empresarial, especialmente no varejo, natal representa o período do “tudo ou nada”, com um a dois meses de compras, em que mais de 50% das vendas acontecem. É quando estratégias de marketing tornam indistinta a diferença entre “precisar” e “querer”. Em nome do crescimento econômico nos é dito que “precisamos” de um monte de coisas supérfluas, mesmo que já tenhamos o bastante.

Satisfação e natal não deveriam coexistir. Os marqueteiros gostariam que o período de natal se transformasse no “Inverno do Descontentamento”, tomando emprestado o título do romance de John Steinbeck. É tempo para concentrarmos o foco em “receber” e “dar”. É interessante observar que a Bíblia fala diretamente sobre isso, elogiando a busca ativa por satisfação, em um mundo em que parece natural, até mesmo preferível, se sentir insatisfeito. Eis o que diz I Timóteo 6:

. As virtudes da satisfação. Pense nisso: nunca vemos caminhões de mudança participando de cortejos funerários. Sejam quais forem as posses que tenhamos, elas ficarão para trás quando morrermos. Portanto, a questão não é o acúmulo de bens, mas a recompensa por fazer o bem. As “coisas” que desejamos tão desesperadamente durante nossa vida deixarão de ter valor na morte.
Tudo o que vai importar são nossos relacionamentos, o tipo de legado que forjamos em nossa vida e, em última instância, o que podemos esperar depois da morte. “De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos” (I Timóteo 6. 6-8).

. Os perigos da insatisfação. “Quanto é o bastante?”, perguntou-se a um rico empresário. “Só um pouquinho mais”, foi sua resposta sincera. Entretanto, viver de acordo com essa filosofia é enganador. Na busca por “mais”, freqüentemente deixamos de apreciar o que já temos e o que já alcançamos. Dinheiro e coisas materiais por si mesmos não são nem bons nem maus, mas a fixação doentia em adquiri-los, às custas de tudo e de todos, pode ser catastrófica. “Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos” (I Timóteo 6.9-10).

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