Autor: C. Timóteo Carriker
Jesus rompeu barreiras sociais ao ministrar a grupos sociais outrora negligenciados. Por exemplo, observamos que três vezes Jesus foi à casa de um fariseu para jantar (Lc 7:36, 11:37 e 14:1). Ele, portanto, não deixou de ministrar até mesmo à classe religiosa que mais se opunha a ele.
Em outra ocasião, uma mulher pecadora ungiu os pés de Jesus com perfume (Lc 7:36-50). O Senhor não se preocupava com o estigma social que poderia receber por causa de sua simpatia e disponibilidade para ministrar a todos igualmente, tanto àqueles que poderiam causar o maior escândalo para seu ministério.
Até os publicanos foram objetos do seu amor e atenção. Eles eram as pessoas mais odiadas pelo povo, considerados exploradores, em virtude dos altos impostos que cobravam, e traidores, por ajudarem a enriquecer o Estado Romano. Jesus, apesar deste forte preconceito social, foi jantar na casa de levi (Lc 5:27 a 32). Mais ainda, ele se convidou à casa de Zaqueu, outro coletor de impostos (Lc 19:1-10). Dessa forma, Jesus demonstrou concretamente que sua missão implicava cruzar todas as barreiras sociais, dando atenção especial para os grupos mais rejeitados da sociedade.
Outro grupo desprezado pela sociedade e que recebeu a atenção e a preocupação de Jesus foi o das mulheres. Lucas faz menção desta dimensão do ministério de Cristo quarenta e três vezes, enquanto Marcos e Mateus juntos a fazem quarenta e nove vezes. Lucas dá ênfase especial ao fato de os primeiros missionários (quem testifica da ressurreição de Jesus) serem todos mulheres (23:55 – 24:12). Num mundo onde o papel da mulher não possuía prestígio nenhum, este fato é significativo e revelador. Lucas também destaca as mulheres que acompanhavam e sustentavam nosso Senhor em sua Missão (8:1-3).
(CARRIKER, C. Timóteo. Missões na Bíblia. Ed. Vida Nova, pp. 22-31).
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