Autor: Djalma Albuquerque
Os que desejam servir ao Senhor, como missionário em algum campo dentro ou fora do país me perguntam: que tipo de preparo devo ter para ser um bom missionário? Talvez a melhor resposta seria: que tipo de missionário você realmente deseja ser? Se você deseja ser um bom missionário na cidade de campo Grande, entre os jovens, você vai precisar de saber usar por exemplo, as 4 leis espirituais, para alcançá-los para Cristo. Se você desejar ser um bom missionário plantador de igrejas em Campo Grande, então você vai precisar de um treinamento bem maior do que as 4 leis espirituais, para ganhá-los para Cristo. Se você deseja ser um bom missionário entre os Bolivianos, Paraguaios ou outro país próximo ao Brasil. Então, você vai precisar de um treinamento mais específico e mais profundo, pois vai entrar em uma outra cultura e em outro país. E se você deseja ser um bom missionário entre o povo Russo, ou Japonês, ou Árabe, você vai precisar de um período longo de treinamento arrojado para ser um bom missionário e levá-los para Cristo.
Quanto lemos o texto de I Coríntios 3:5-13, encontramos dois tipos de missionários: Paulo e Apolo. Um plantou e o outro regou. Qual dos dois é superior ao outro? Nenhum dos dois. O mais importante aqui é, tanto um como o outro são servos. Phil Elins diz: “Não importa qual seja o papel ou a tarefa de uma pessoa, tal pessoa é uma serva”. Todos nós somos servos e chamados para servir ao Rei das nações. Uma Segunda verdade é que existem funções e tarefas diferenciadas para cada cristão chamado por Deus. E terceiro, a qualidade do trabalho realizado pelo missionário é proporcional a seu esforço e tempo gasto no treinamento e preparo. Desejo explicar isso com os exemplos a seguir:
Imagine um professor, um coordenador pedagógico e um diretor de escola. Todos eles são crentes e estão dispostos de servir ao Senhor Deus. Todos eles são servos. Nenhum é mais importante do que outro. Mas a diferença é que o professor tem tarefas designadas, pouca responsabilidades, treinamento e experiência limitados. Já o coordenador pedagógico, tem mais responsabilidades, mais autoridade, maior experiência e treinamento. O diretor da escola por sua vez, possui experiência e treinamento adicionais, decisões que afetam muitas pessoas e grande responsabilidades. Quando você compara um do outro, você vai observar, níveis diferentes de treinamento, responsabilidade e autoridade. As decisões de um diretor afeta diretamente todos os alunos e professores daquela instituição. O diretor, também delega tarefas e responsabilidades para os coordenadores , que por sua vez, divide as tarefas e responsabilidades com os professores.
Mas imagine um médico que diz para a seus pacientes. Não tenho certeza do que fazer em determinada situação. Deixe-me experimentar isso em você. Com certeza, iríamos rejeitar pela insegurança tal médico.
Para evitar isso e toda uma bagagem negativa e frustrante do despreparo é necessário antes de partir para um campo missionário: de um curso de introdução à missões, por obreiro qualificado e experiente na área, se for possível incluir um treinamento prático, será melhor ainda. Isso é fácil de achar em bons seminários teológicos. Outra área importante é a teologia bíblica de missões. Daí então, é possível passar um certo período de experiência missionária, debaixo de uma supervisão de outro missionário.
Feito isso, está na hora da fase dois, onde se faz necessário abordar temas tais como: Contextualização do evangelho, técnicas de aprendizagem de um idioma, antropologia, comunicação transcultural e causas que levam uma igreja a crescer.
Agora sim, você está apto para iniciar um processo a uma junta missionária e seguir para um campo missionário para ser um bom missionário, a serviço do Rei Jesus.
Pr. Djalma Albuquerque é ministro de missões da PIB Campo Grande/MS
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