Autor: Rev. Ricardo César
“… O Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.”
(2 Coríntios, 3.17)
A liberdade de Deus está na Graça do Seu Amor e jamais se enquadra num critério de merecimentos – entre prêmios e castigos.
Quando o Senhor nos encontra e Se revela a nós, nos faz perceber a Sua própria liberdade de agir: “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os Seus caminhos! Porque d’Ele e por Ele, e para Ele são todas as coisas; glória pois a Ele eternamente.” (Romanos, 11.33,36). Foi assim que aconteceu com Paulo.
Não podemos ter a pretensão de querer enquadrá-Lo em esquemas teológicos ou ideológicos meramente humanos. A Sua Palavra é o farol para o qual devemos mirar no mar das idéias em que navegamos; devemos chegar cada vez mais perto daqu’Ele, levando cativos todos nossos pensamentos, conceitos, e paradigmas.
Deus não é um subproduto da nossa imaginação, como querem alguns. É necessário que compreendamos a Sua Soberana Liberdade, para “permitir” que Ele seja realmente para nós, não um Deus enquadrado em uma teologia ou filosofia, mas o Deus Único, no qual tudo e todos devem ser enquadrados…
Somente quando percebemos o Seu livre agir, podemos nos lançar com fé, segurança e confiança aos Seus amorosos braços. Somente estando inteiramente n’Ele sabemos que nada nos pode escravizar, e somos livres! O que escraviza o ser humano é sua permanente pretensão de ser como Deus. Isso ele faz quando tenta determinar o agir de Deus, como se fosse o próprio Deus. Toda vez que tentamos agir como se fôssemos o próprio Deus, “comprometemos” a liberdade de agir d’Ele – já que limitamos o Seu poder – e, por tabela, a nossa.
Reconhecer em Deus o controle amoroso e gracioso de todas as coisas nos torna livres para amá-Lo e aptos a confiar a fragilidade da nossa alma à força e segurança dos Seus braços…
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