Jesus e as Decepções Humanas

Autor: Robson Brito

Jesus como Verbo Encarnado, vestindo a nossa humanidade se identificou totalmente com o homem. Se alguém chega-se na marcenaria de seu pai, em Nazaré, no final da manhã, viria um jovem com as mãos calejadas, suado, cansado, talvez até ofegante segurando uma grande serra, ou até com um hematoma no polegar depois de levar uma martelada no dedo. Ele não é um almofadinha mas um “homem de dores experimentado nos trabalhos”. Durante seu ministério trabalhou de sol a sol apresentando o Reino de Deus e nas madrugadas frias intercedia pelos seus ouvintes contemporâneos e por Suas ovelhas futuras (nós) junto ao Pai. Sentiu fome, sentiu sede, sentiu frio, sentiu calor, sentiu ansiedades. Verdadeiramente, é muito coerente da parte do Nazareno se auto-entitular de o “Filho do homem”.

A identificação do Mestre não se deu ao nível em si mesmado d’Ele próprio somente, mas, Ele também se relacionava com aquela gente simples, analfabeta marginalizada e sofrida da Galiléia de seu tempo.

Uma passagem do Seu Santo Evangelho que chama a atenção foi aquele dia que Ele foi para uma das festas religiosas judaicas em Jerusalém, e, em lá chegando foi ao tanque Betesda, que tinha cinco entradas. Perto dessas entradas estavam deitados muitos doentes: cegos, aleijados e paralíticos. Esperavam o movimento da água, pois, segundo uma crendice popular do povo, de vez em quando um anjo do Senhor descia e agitava a água. O primeiro doente que entrasse no tanque depois disso sarava de qualquer doença. Entre eles havia um homem que era doente fazia trinta e oito anos. Jesus viu o homem deitado e, sabendo que fazia todo esse tempo que ele era doente, perguntou: “Você quer ficar curado?”. Ele respondeu: “Senhor, eu não tenho ninguém para me pôr no tanque quando a água se mexe. Cada vez que eu tento entrar, outro doente entra antes de mim”. Então Jesus disse: “Levante-se, pegue a sua cama e ande!”. No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou a cama e começou a andar. Mais tarde Jesus encontrou o homem no pátio do Templo e disse a ele: “Escute! Você agora está curado. Não peque mais, para que não aconteça com você uma coisa ainda pior” (Jo 5. 1-9,14).

Vemos que esse paralítico da história, antes de ser curado, era um homem azedo, acabrunhado, reclamão, sorumbático, enfim: decepcionado. Quando Jesus perguntou-lhe se ele queria ser curado, ao invés de o pobre coitado gritar: “Sim eu quero! Cure-me Jesus!” Reclamou:  “eu não tenho ninguém para me pôr no tanque quando a água se mexe. Cada vez que eu tento entrar, outro doente entra antes de mim”.

Muitas vezes nós também nos encontramos como esse homem. Somos vítimas da decepção. Quando temos o fracasso de uma esperança; quando somos assolados por uma desilusão na vida;  quando somos derrubados por um desengano, quando pegos por um desapontamento, quando recebemos uma surpresa desagradável; quando nos defrontamos com uma contrariedade, quando somos vítimas de um desgosto. O que seria de nós, quando acometidos de paralisia espiritual, se Jesus não se envolvesse conosco? 

À semelhança daquele paralítico, muitas vezes, paramos; nossa alma fica letárgica, e nosso espírito se atrofia por que nos decepcionamos em um dos três níveis de decepção que todo crente está sujeito.

I. DECEPCIONAMO-NOS CONOSCO MESMO

Talvez, aquele homem quando olhava para as suas pernas atrofiadas, sua sujeira, seu mal cheiro, sua dependência dos outros, sua miséria, sua inércia ficava ainda mais frustrado consigo mesmo. Vemos, em Jo 5.14, que a causa de sua paralisia era algum pecado que cometera. Não há nada mais que nos frustra que a consciência do pecado. Aquele homem estava decepcionado consigo mesmo. Hoje, Inúmeros motivos querem nos fazer prostrar inertes, levando-nos a nos subestimar doentiamente.

Por isso, é preciso ter firme em nossa mente que não podemos confiar em nós mesmos. Salomão disse “o que confia no seu próprio coração é insensato” (Pv 28:26). Um dos melhores crentes que pisou a face da Terra, o apóstolo Paulo, um dia, também viu-se frustrado consigo mesmo e desabafou: “Pois eu sei que aquilo que é bom não vive em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque, mesmo tendo dentro de mim a vontade de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo. Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço. Mas, se faço o que não quero, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz. Assim eu sei que o que acontece comigo é isto: Quando quero fazer o que é bom, só consigo fazer o que é mau. Dentro de mim eu sei que gosto da lei de Deus. Mas vejo uma lei diferente agindo naquilo que faço, uma lei que luta contra aquela que a minha mente aprova. Ela me torna prisioneiro da lei do pecado que age no meu corpo. Como sou infeliz! Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte? (Rm 7.18-24, BLH). Vemos assim que o Apóstolo aos gentios também decepcionou-se consigo mesmo.

Quantas vezes nos acabrunhamos por detectar falhas em nosso caráter? Quantas vezes nos decepcionamos por não conseguirmos orar como gostaríamos? Quantas vezes nos chateamos por nos omitimos diante de desafios que Deus coloca diante de nós? Quantas vezes nos afundamos por deixarmos de praticar a teoria do bem que conhecemos? Quantas vezes ficamos arrasados por não meditarmos na Palavra de Deus como deveríamos? Quantas vezes esquecemos que o Espírito Santo é uma pessoa e como tal quer uma relação pessoal conosco? Quantas vezes nos deprimimos por não conseguirmos ser quem gostaríamos de ser?

Isso tudo acontece porque não somos os super-homens que ingenuamente gostaríamos de ser. Por certo, Deus permite que isso ocorra para que tenhamos consciência de que o conteúdo do Evangelho dentro de nós, que é como verdadeiro tesouro espiritual, e para que tenhamos consciência de que “somos como vasos frágeis de barro para que fique claro que o poder supremo pertence a Deus e não a nós”. Por isso, devemos agir na direção da palavra do salmista: “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu direito como o meio-dia” (Sl 37. 5).

Mas, além de nos frustrar conosco mesmo, também nos desiludimos com aqueles que se relacionam conosco.

II. DECEPCIONAMO-NOS COM AS PESSOAS AO NOSSO REDOR

Aquele paralítico esperava ajuda das pessoas que estavam a seu lado, mas isso não ocorreu. Por isso, vemos nas suas palavras um tom rancoroso: “eu não tenho ninguém para me pôr no tanque quando a água se mexe. Cada vez que eu tento entrar, outro doente entra antes de mim”. A frustração desse homem com as pessoas se dá por dois motivos: primeiro, pela falta de amor e solidariedade de seus compatriotas; segundo, pela concorrência intensa que havia na luta desesperada pela bênção.

Não seria esses os motivos que têm deixado tanta gente fracassada atualmente? Muitas vezes, quando mais precisamos das pessoas elas nos decepcionam. Quanto mais perto elas estão de nós, mais elas podem nos frustrar. Vez ou outra, quando precisamos de um apoio moral, o que recebemos é uma lição de moral. Os crentes do nosso lado acham mais fácil imitar os “amigos” de Jó, que esse patriarca propriamente.

Parece que quando temos recursos os “amigos” brotam naturalmente onde estamos, mas, quando caímos em insolvência, ficamos sem os companheiros;  foi o que experimentou o filho pródigo. Por vezes, pessoas nas quais confiamos nos traem; até mesmo Jesus não esteve isento dessa desventura. Quantas vezes nos chateamos porque mentiram para nós? E quando nos defrontamos com pessoas que não dão bom testemunho cristão? E quando alguém que tenha  alguma espécie de autoridade sobre a nossa vida age injustamente contra nós? Não há como não ficarmos jururus com tudo isso.

Tais frustrações nos acabrunham tanto, que podemos até perder a consciência que o nosso Salvador está diante de nós, como esteve diante do paralítico do tanque Betesda, amorosamente perguntando: “Quer ser curado?”. Ele continua preocupado conosco…; Ele está nos vendo…; Ele não está indiferente às nossas frustrações… Ele não é insensível às nossas necessidades… Ele se identifica conosco. O Senhor não passou por aquele tanque ignorando o paralítico. Foi Ele quem estabeleceu o diálogo com aquele miserável.

III. DECEPCIONAMO-NOS COM A RELIGIÃO

Aquele pobre desgraçado paralítico deveria também estar decepcionado com a Religião. Os religiosos de carteirinha foram acusadas por Jesus de prenderem-se a questões periféricas da crença e desprezarem o que realmente tinha suma importância na Lei: a justiça; a misericórdia; e a fé. Ninguém exercia esse conteúdo essencial da espiritualidade a fim de beneficiar aquele pobre coitado. Quando foi curado, ao invés de renderem ações de graças pela vitória daquele filho de Abraão, murmuraram porque o milagre tinha acontecido no dia de sábado. É gritante o fato de que a religião pela religião é cega, tendenciosa, fanática, venenosa, enfim, frustrante.

Por outro lado, vemos aquele pobre homem confiando na reputação mística do tanque, atitude tipicamente religiosa do homem, que é inerentemente um ser religioso. Era o tanque Betesda uma fonte intermitente, que fluía ocasionalmente em esguichos, para depois cessar;  mas o povo dava a isso alguma espécie de significação sobrenatural, como se fora a ação de um anjo. Tanto é que no manuscrito original  do Evangelho joanino o versículo quatro do capítulo cinco não aparece. Entretanto, não há qualquer razão para se duvidar de que realmente naquele lugar havia curas genuínas, como ainda atualmente elas existem em alguns “santuários de curas”. Não precisamos nos preocupar se Deus usa ou não usa intermediários espirituais para efetuar essas curas, mas o certo é que elas existem. O problema é que parece que o paralítico estava ali supersticiosamente e nunca recebera sua bênção. Talvez, tenha até piorado psicologicamente, pois a “mexida” na água somente funcionava para alguns outros enfermos, menos para si.

Nós também nos frustramos quando nos apegamos a certas fórmulas espirituais para resolver nossas dificuldades. E pelo fato de agirmos apegando-nos à exterioridade religiosa sem nos apropriarmos do conteúdo essencial das atitudes espirituais que Deus espera de nós.

É comum diante de uma dificuldade alguém aconselhar-nos: “Ah, irmão, leia a Bíblia e ore que tudo vai se resolver”. Isso é falso! Ler a Bíblia e orar mecanicamente não resolve nada! Tais atitudes podem até piorar a situação, se elas nos tornarem frios religiosos. É importantíssimo ler as páginas das Sagradas Escrituras, e orar ao Pai, mas, isso só tem sentido quando mantemos uma comunhão pessoal com o Espírito Santo, pois Ele é uma Pessoa. Jesus não veio trazer religião à Terra! Ele Veio estabelecer relacionamentos. Na verdadeira espiritualidade, não existe “abra-cadabra” ou passes de mágicas, bem como vale salientar que o uso mecânico do nome ou do sangue de Jesus de nada adianta se não fizermos parte da mesma natureza do Senhor Jesus e não formos amigos chegados do Seu Santo Espírito. Quando não vivemos isso, acabamos vivendo religião, e ela acaba nos decepcionando.

Também nos assemelhamos ao paralítico da narrativa quando nos frustramos com a religião à medida que acabamos por estabelecer uma espécie de concorrência com o irmão que está ao nosso lado. Ele resmungou para Jesus: “Cada vez que eu tento entrar, outro doente entra antes de mim”. Cada um dos outros enfermos nos cinco andares daquele tanque era para o pobre paralítico um concorrente da bênção; um rival na luta pelo melhor lugar; um competidor na busca de maior rapidez para se atirar no tanque; e um adversário na busca pelo favoritismo da misericórdia de Deus. Tudo em nome da religião. Em geral, de modo inconsciente assumimos atitudes de disputa no ambiente religioso. Se não nos cuidarmos poderemos ser lançado de cima do “pináculo do templo”. Quando nos deparamos com os fracassos de tais atitudes nos decepcionamos profundamente com o ambiente religioso. E não há nada que mais decepciona o ser humano que a religião vazia de conteúdo espiritual!

Uma outra ilustração que comprova a idéia de que a religião nos frustra é quando damos crédito a pessoas que nos dizem mensagens afirmando serem de Deus e que, na verdade, não são d’Ele.  Entretanto, criam expectativas falsas e por fim, acabam nos frustrando. Quantos prejuízos tem causado a crentes ingênuos os falsos pastores, os falsos profetas e as falsas profetizas? Interessante que é “em nome do Senhor”. Nisso, não há nada de espiritualidade, mas sim pura religião misturada com charlatanismo.

O grande antagonismo da desgraça do paralítico de João 5 é o nome do local onde ele jazia: “Betesda”: “Casa de misericórdia”. Que misericórdia ele gozava até Jesus chegar ao tanque? Todavia, O Senhor Jesus resolveu o problema da decepção do paralítico, da mesma maneira com que Ele quer resolver as nossas decepções.

IV. JESUS RESOLVE AS NOSSAS DECEPÇÕES

Jesus não está alheio a nossas necessidades, pois ele nos observa e nos sonda. Todavia, Ele exige que nós façamos a parte destinada a nós para resolver nossos problemas. Nossas lutas, somente são resolvidas quando nos comprometemos com o Senhor. Esse compromisso é mútuo.

Jesus nos vê quando estamos decepcionados. É motivo de regozijo saber que Jesus não se afasta dos frustrados. Humanamente, há uma tendência de as pessoas se afastarem dos complicados. Como o homem contemporâneo já tem inúmeros problemas quer se afastar das pessoas problemáticas. E isso só gera o aumento das complicações humanas e o estabelecimento da falta de amor entre os indivíduos. Entretanto, o Senhor Jesus não é assim, Jesus, naquele dia, chegou a Jerusalém com objetivo de participar de uma das festas dos judeus, mas na Sua agenda de trabalho a prioridade é para as pessoas e não para as coisas.

O capítulo cinco de João declara que Jesus viu o homem deitado e, sabendo que fazia todo esse tempo que ele era doente, perguntou: “Você quer ficar curado?”
 
O texto nos revela que Jesus vê o frustrado. Como é bom saber que Jesus nos vê! Como é bom saber que ele não nos ignora. Ainda que estejamos complicados, o senhor nos vê. As pessoas ignoram e evitam os complicados por que só vêem o que é aparente, somente vislumbram a superfície, ou seja, a complicação insolúvel. Em função disso, deixam de ver o valor precioso que tem a alma e o espírito humanos para Deus, e ao invés de ajudar acabam aborrecendo mais ainda quem já está complicado. Nosso Deus não age assim. “O Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém, o Senhor olha para o coração” (1 Sm 16.7b).

O homem segundo o coração de Deus (Davi) quando sentiu-se complicado orou de um modo que nós também podemos clamar: “Tem misericórdia de mim, Senhor; vê como me fazem sofrer aqueles que me aborrecem, tu que me levantas das portas da morte” (Sl 9:13). Mesmo que estivermos nas portas da morte o nosso Pai nos vê, e nos levanta!
 
Jesus se interessa por nós quando estamos decepcionados. A iniciativa de pôr fim à paralisia daquele desgraçado partiu de Jesus. Foi o Senhor quem começou o diálogo, perguntando-lhe: “Você quer ficar curado”?. Jesus sempre se identifica com os pecadores. Sempre se interessa pelos frustrados. Ele “não apaga o pavio que fumega e não acaba de quebrar a rama que está partida (Is 42.3)”. “Ele veio buscar e salvar os perdidos” (Lc 19.10). O próprio Senhor disse: “Os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores” (Mc 2. 17). Confiemos n’Ele! Jesus tem poder para solucionar nossas frustrações. Não bastaria se Ele tivesse somente a vontade de nos ajudar, mas não tivesse condições de fazê-lo. “Ele tem todo o poder no céu e na Terra” (Mt 28.18).
 
Jesus exige mudanças nossas, para Ele resolver nossas decepções. Do ponto de vista da lógica humana, parece ridícula a pergunta que Jesus fez àquele pobre coitado: “Queres ficar são?”. O texto nos diz que Ele sabia que aquele homem estava inerte há trinta e oito anos; se ele estava ali esperando o mover das águas é porque, obviamente, anelava desesperadamente a sua cura. Não é estranho a pergunta de Jesus? “Queres ficar são?”  Na verdade, tal questionamento tem um significado mais profundo do que o que simplesmente aparenta.
 
Jesus estava na realidade questionando se aquele homem queria “mudar de vida”, ou seja ele estava perguntando: Você deseja parar de pedir esmola? Você deseja trabalhar?  Você deseja andar com suas próprias pernas? Você deseja trocar de roupas? Você deseja sair do pó? Você deseja parar de depender dos outros? Em suma,  Jesus estava questionando: Você deseja se arrepender e abandonar definitivamente o pecado? Isso é tão certo que o evangelista João nos informa que mais tarde Jesus encontrou o homem no pátio do Templo e disse a ele: “Escute! Você agora está curado. Não peque mais, para que não aconteça com você uma coisa ainda pior”. Logo, vemos que a causa da sua enfermidade era o pecado.
 
Ainda hoje o Senhor quer solucionar nossas frustrações; quer resolver os fracassos de alguma esperança perdida; quer devolver alguma desilusão perdida na vida; quer nos levantar se caímos por um desengano; quer nos encorajar se ficamos inertes por algum desapontamento; quer nos encorajar ante as surpresas desagradáveis do cotidiano.
 
Mas, antes de glorificarmos a Ele alegre e descomprometidamente, devemos nos mobilizar para as mudanças que o Senhor exige de nós! Quer nos curar da úlcera, mas exige que paremos de comer pimenta. Quer nos curar da depressão, mas exige que entreguemos confiadamente e sem reservas nossos cuidados a Ele. Quer nos abrir uma oportunidade de trabalho, mas exige que nós qualifiquemos nossa mão-de-obra. Quer nos salvar do desemprego, mas exige que sejamos obedientes ao patrão. Quer melhorar nosso casamento, mas exige que perdoemos nosso cônjuge e eliminemos os defeitos de nosso caráter. Quer nos ungir para o ministério, mas exige que vivamos uma verdadeira espiritualidade. Para cada bênção que almejamos do Senhor, Ele exige algo de nós.
 
Jesus exige de nós, fé em Sua Palavra para resolver nossas decepções. Jesus resolve nossas complicações com um instrumento poderoso: A Sua Palavra. Ele declarou ao paralítico: “Levanta-te, toma o teu leito e anda. Imediatamente o homem ficou são”. A Palavra do Senhor continua sendo o meio de dar um fim às nossas lutas.
 
Para quem está necessitado ela diz: “O Senhor é o teu pastor, nada te faltará”; “o teu Deus segundo as riquezas da Sua glória suprirá todas as suas necessidades por Cristo Jesus”. Para quem está enfermo, declara: “O senhor é quem sara todas as tuas enfermidades”. Para quem está ansioso, anima: “A paz de Deus que excede todo o entendimento guardará os seus sentimentos e o seu coração”. Para quem está deprimido, certifica: “não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares”. Para quem está com medo, encoraja: “Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: não temas, que eu te ajudo”. Para quem está em luta, garante: “…a vitória vem do Senhor!”
 
Confiemos no Senhor! O paralítico ouvindo a Palavra de autoridade de Jesus tomou o seu leito e começou a andar. Ele andou porque depositou sua fé na Palavra de Cristo. Fé na Palavra do Senhor é a atitude que resolve nossas decepções. Façamos como o salmista que confiou inteiramente no Pai celestial:  “Somente em Deus espera silenciosa a minha alma; dele vem a minha salvação. Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é ele a minha fortaleza; não serei … abalado. […] a minha alma, espera silenciosa somente em Deus, porque dele vem a minha esperança. Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha fortaleza; não serei abalado. Em Deus está a minha salvação e a minha glória; Deus é o meu forte rochedo e o meu refúgio” (Sl 62.1-7).
 
Robson Brito: Educador, Conferencista

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