Investimentos deteriorados

Autor: Rick Boxx
Com a crise econômica global os investimentos têm sido tópico popular de discussão. Carteiras de ações que pareciam sólidos investimentos alguns anos atrás, sofreram quedas alarmantes em curto período de tempo. Algumas das ações chamadas de “blue chip” (de primeira ordem), de repente ficaram valendo menos do que fichas de pôquer.

Muitos desses investimentos foram feitos com expectativa razoável de ganho, tendo por base seu desempenho e probabilidade de contínua valorização, como o mercado de ações vinha experimentando. Mesmo os maiores especialistas em tendências econômicas foram surpreendidos.

Contudo, podemos fazer outros tipos de investimentos, não baseados na sabedoria convencional. Mas quando fracassam, seja qual o motivo, podem cobrar preço muito elevado. Tomemos como exemplo o caso do multimilionário dono de um cassino, tema de uma seção de programa noticioso de TV. O programa girava em torno de uma pintura que o milionário havia comprado pela incrível soma de US$ 139 milhões. O motivo porque esse tesouro era digno de nota, porém, não era o preço, mas um estrago tremendamente caro. Na entrevista, ele explicou que durante uma exposição anterior ele fizera um gesto extravagante. Com um sorriso orgulhoso ele se voltou e apontou para a magnífica obra de arte, sentindo seu dedo perfurar a tela.

Imagine o horror e assombro que ele deve ter sentido! Esse erro momentâneo e impensável causou redução de muitos milhões de dólares no valor da tela. Considerando o que ele tinha investido é provável que isso lhe tenha custado também um pedaço do seu coração.

A maioria de nós jamais possuirá um objeto de arte de US$ 139 milhões. Tampouco imaginaríamos algo assim. Mas tudo é questão de escala. Não importa qual nossa faixa de renda, todos corremos riscos ao investir recursos materiais – bem como nosso coração – em bens que podem se estragar ou perder. Pode ser um carro, casa, sistema de lazer, móveis ou um número infindável de outras coisas.

A Bíblia trata da insensatez de se fazer das “coisas” a prioridade maior da vida. Em Mateus 6.19-21, Jesus ensinou: “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.”

Jesus deixou claro que nosso coração segue nossos investimentos. Em essência, se não tomarmos cuidado, coisas podem se transformar em ídolos que cultuamos. Ele não disse que coisas materiais são necessariamente ruins. Ele disse:“Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer?’ ou ‘Que vamos beber?’ ou ‘Que vamos vestir?’. O Pai Celestial sabe que vocês precisam delas. Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas” (Mateus 6.31).

Qual a moral dessa história? Ao fazer um investimento, deixe seu coração escolher com sabedoria. Investimentos pessoais são importantes, mas podem desaparecer. Tesouros eternos, como Jesus enfatizou, nunca desaparecem!

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