Autor: Raniere Menezes
Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. Ex 20.7
A Bíblia na Linguagem de Hoje diz: “Não use o meu nome sem o respeito que ele merece; pois eu sou o SENHOR, o Deus de vocês, e castigo aqueles que desrespeitam o meu nome”.
A sociedade de hoje, em especial a brasileira, com sua pretensiosa estatística de 50 milhões de evangélicos, dia-a-dia quebra o Terceiro Mandamento da Lei Moral: Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão. Ironicamente, onde mais se devia honrar o nome de Deus, mais se escandaliza. O nome santo de Deus tornou-se vulgar.
Para entendermos melhor esse assunto tão negligenciado, atente para estas palavras: “Existem muitas maneiras de quebrar o Terceiro Mandamento. A quebra não é o simples pronunciar do nome de Deus, mas ocorre SEMPRE que o nome do Senhor é utilizado de forma incorreta ou leviana” (S. Portela). Isto implica dizer que qualquer utilização vazia e sem conscientização do nome do Criador Soberano é quebrar o 3º Mandamento.
O nome de Deus manifesta e revela atributos, é uma das maneiras que Ele se revela em suas relações com a Igreja. O nome de Deus se multiplica em muitos nomes, que expressam os múltiplos atributos dEle. – Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade. Sl 8.1. – Em outra passagem: “grande, o seu nome em Israel.”Sl 76.1. Estes dois versículos são suficientes para provar que o nome de Deus é algo superior em excelência e honra, e não pode ser usado de qualquer jeito.
O nome de Deus pode ser usado, mas não em vão. Os nomes de Deus nos foram dados para que creiamos e honremos: “santificado seja o teu nome”; também para que invoquemos; para proclamarmos perante o mundo seus atributos; para sofrermos por Ele. E o que fazemos com Ele? Muitas vezes blasfemamos, usamos para amaldiçoar alguém, utilizamos de forma vazia, utilizamos em linguagem suja (ex.: em piadas) e desagradável a Deus – Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. Ef 4.29;- Muitas vezes utilizamos de maneira farisaica e formalista.
O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? —diz o SENHOR dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome? Ml 1.6. – Ouçamos o profeta! Não caiamos no erro de perguntar: em que desprezamos o Teu nome?
Acredito que uma das piores formas de transgredir o 3º Mandamento é quando utilizamos Seu nome de forma supersticiosa e mística. Como assim? Explico: há dois modos, o primeiro é mais aberto, o segundo é mais sutil. No primeiro caso, a transgressão em grande parte é praticada por evangélicos que usam o nome de Deus ou Seus atributos como uma palavra mágica que traz poder e proteção (ex.: em nome Senhor Jesus Cristo!, o sangue de Cristo tem poder! Etc). E o modo mais sutil é quando utilizamos o nome dEle sem santidade e reverência devidas, seja em pensamentos, palavras e escritos – alguns exemplos: quando abusamos do uso do Seu nome em adesivos, camisas, bonés, cadernos, cartões, chaveiros, botons, enfim, todo apetrecho vão, irreverente, profano e supersticioso; banalizamos o Seu santo nome de mil formas!
E a razão para não usarmos o Seu nome em vão, Deus mesmo nos dá: porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. Ele é o Senhor e nosso Deus, portanto o Seu nome não deve ser profanado nem abusado por nós. Embora você não seja censurado por milhões de evangélicos, Deus não deixará de disciplinar ou julgar sua prática abusiva. Quem não honra o Filho não honra o Pai. João 5 23.
Queira Deus que você reconheça onde tem usado e abusado do Seu nome de maneira displicente e desprezível, e rapidamente retorne a sensatez.
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