Autor: Juarez Marcondes Filho
Não é de hoje que a igreja evangélica em geral tem se posicionado contrária às festividades do carnaval. Seja em função da imoralidade que grassa nos ambientes carnavalescos, seja por causa do desperdício que se estabelece. São dias e dias em que o país praticamente pára. Há um preço para isto. Preço que todos nós, apreciadores ou críticos, pagamos.
E mais uma vez, o governo se adianta a todos os esbanjadores e promove uma ampla campanha de distribuição gratuita de preservativos nos locais dos bailes e pelas ruas por onde estiverem passando os blocos. O objetivo? O objetivo é evitar a proliferação da Aids.
Até quando o Ministério da Saúde, o governo, os segmentos da sociedade vão fazer vista grossa ao fato de que a proliferação da Aids se dá, muito menos em função de ausência de proteção, e muito mais em razão da promiscuidade? O objeto de látex continuará sendo pouco eficiente enquanto perdurar a desenfreada troca de parceiros sexuais.
Para a moderníssima geração do século XXI, chega a soar estranho que venhamos falar neste tom. O raciocínio de muitos é que esta estória é coisa do passado. Então, só para nos mantermos bem atualizados, a imoralidade, a promiscuidade, até mesmo a homossexualidade não são absolutamente novidades. Leis que combatiam desvios de conduta nesta matéria sempre tiveram lugar na Palavra de Deus. Mas nos bastaria, aqui, lembrar dois dos mandamentos: “Não adulterarás” e “Não cobiçarás a mulher do teu próximo” (Êxodo 20.14, 17).
Já, a passagem de Romanos 1.26-27, parece nos apresentar o jornal do dia, tamanha a sua atualidade: “as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; e os homens, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do erro”.
Moderno é retornar à Palavra de Deus, às bases que sustentam a nossa vida, aos princípios que promovem o Reino de Deus, a felicidade do homem e a glória divina. Nisto não há nada de moralismo barato, nem afetação religiosa, mas vida abundante, a qual Jesus veio nos outorgar (João 10.10).
Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. Quão distorcida encontra-se esta imagem na vida daqueles que abandonam os princípios da Palavra de Deus. Seus pronunciamentos, sua conduta, seu modo de ser, tudo contraria o propósito da Criação. Tal semeadura somente tem colhido o ódio, a inveja, o ciúme, a frustração, a enfermidade, a vergonha. Ao contrário, devemos refletir os atributos divinos, tais como, a bondade, a justiça, a retidão, numa profunda semelhança espiritual com o Criador.
Fomos Casa de Deus. A semelhança é espiritual, mas o reflexo se dá no corpo. O nosso corpo é Casa do Espírito Santo (I Coríntios 6.19). Como anda a nossa casa? Bem arrumada, limpa, arejada? Perfeitamente preparada para dar lugar ao senhorio de Cristo? Assim afirma o Apóstolo Paulo: o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela … proventura, eu tomaria os membros de Cristo e os faria membros de uma meretriz? (I Coríntios 6.15, 16).
Somos Luz do Mundo. Tudo conspira contra os princípios que adotamos. Até o governo, que deveria ser ministro de Deus (Romanos 13.4). E justamente aqui é que se estabelece o desafio: enquanto todos tateiam as trevas, cabe a nós fazer brilhar a luz de Cristo. Caso contrário, se a luz se tornar trevas, que grandes trevas serão (Mateus 6.23).
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