FELIZ PÁSCOA ???

Autor: Jackson Santos . Pr

Mais uma festa religiosa que o nosso calendário nos avisa que é hora de parar para comemorá-la.

Equivocadamente a nação evangélica também acompanha sistematicamente ano após ano, influenciada pelo fato de ser o Brasil, um país Cristão, vários festejos religiosos embora de uma maneira bem diferenciada.

Brasil, um país considerado Cristão, não por compromisso ou ideal, mas, pelo simples fato de que os seus habitantes terem o conhecimento e admitirem que Jesus veio em carne, subsistindo em forma de homem, nasceu de uma virgem – Maria – e crêem em Deus Pai e na terceira pessoa da trindade; o Espírito Santo.

A Páscoa, comemorada aqui no Brasil, tem como antecessora a chamada semana santa. Nessa data, são relembrados os momentos finais de Jesus de Nazaré nas ruas de Jerusalém, partindo em direção ao lugar da caveira, chamada de Calvário.

Chegando finalmente o Domingo, todos se põem a reverenciá-lo pensando que estão comemorando a Páscoa.

A verdade é que a Páscoa é uma festa histórica, judaica, ela não faz parte do contexto ocidental, e, sendo assim, não deveria ser comemorada no ocidente.

O Judeu, sim, ele pode e deve parar para festejar a páscoa num dia especial, pois símbolos que marcam essa festa tem um grande e profundo significado para a nação judaica.

O livro de Êxodos nos mostra como começou a festa da páscoa judaica. No capítulo 12 encontramos a sua origem. Os judeus têm sim razão de festejá-la numa data especial. Eles sofreram durante muito tempo na escravidão do Egito. Para eles faz sentido.

O líder Moisés foi chamado por Deus para fazer a retirada estratégica do povo que ainda vivia escravo no Egito; e então a Páscoa foi estabelecida com um sinal do sangue de um cordeiro – que era morto – aspergido nos umbrais das portas das casas dos israelitas para que o anjo da morte não atingisse os primogênitos das famílias de Israel.

Os sacrifícios pascais tinham significado simbólico e apontavam para o Verdadeiro Cordeiro que iria tirar os pecados do mundo.

Mais tarde veio Jesus participando – como Judeu que era – das festividades da Páscoa. Em Lc.22.15 – 20 ele nos diz: “ Como tenho desejado comer este jantar da Páscoa com vocês, antes do meu sofrimento! Pois eu digo a vocês que nunca comerei este jantar até que eu coma o verdadeiro jantar que haverá no Reino de Deus. Então Jesus pegou o cálice de vinho, deu graças a Deus e disse: Peguem isto e repartam entre vocês. Pois eu afirmo a vocês que nunca mais beberei deste vinho até que chegue o Reino de Deus. Depois pegou o pão e deu graças a Deus. Em seguida partiu o pão e o deu aos apóstolos dizendo: Isto é o meu corpo que é entregue em favor de vocês. Façam isto em memória de mim. Depois do jantar, do mesmo modo deu a eles o cálice de vinho, dizendo: Este cálice é a nova aliança feita por Deus com o seu povo, aliança que é garantida pelo meu sangue, derramado em favor de vocês.”

Aqui Jesus introduz naturalmente a Ceia como substituta da festa pascal do Antigo Testamento para os seus fiéis seguidores. O pão, que era comido com o cordeiro na páscoa foi consagrado para um novo uso pelo Senhor e o cálice, foi usado como segundo elemento na celebração da ceia. Desta forma percebemos que a Páscoa vestiu-se de um novo significado na última ceia instituída por Jesus. Melhor dizendo; foi substituída como uma nova prática daquele momento em diante.

Eliminado o elemento pascal anterior de sacrifício, – um cordeiro animal – o novo símbolo do memorial da Nova Aliança – O cordeiro homem: Jesus – entrava em cena ali mesmo junto à mesa da comunhão a nova época, baseada na vida, morte, ressurreição e ascensão do Senhor Jesus. A Páscoa histórica estava saindo de cena para a entrada de uma nova, baseada no corpo e no sangue do Cordeiro – o Salvador Jesus Cristo.

Hoje, não faz sentido o cristão comemorar a páscoa histórica do Judeu pois ela não traz nenhum benefício para ele que nunca foi escravo no Egito e muito menos necessitou de aspergir sangue em parte alguma da sua casa para impedir que o anjo viesse eliminar os primogênitos do seu povo.

Também não faz sentido o cristão comemorar um feito histórico de Jesus isolado dos demais, uma vez que ele mesmo ensinou que as festas dos discípulos estariam dentro de um contexto: “…fazei isto em memória de mim.” Toda a história do cristianismo estava ali contextualizada e implícita nos elementos representativos da ceia memorial. O cordeiro pascal era tão somente uma figura daquele que seria imolado por nossos pecados.

Com a oficialização pelo Império Romano do Cristianismo, esta festa continuou sendo comemorada de maneira bem diferente pois a festa da páscoa dos discípulos de Jesus e do Cristianismo autêntico, iniciou-se com o tema da morte do Senhor até que Ele venha. I Cor. 11.26. Por esta razão a páscoa e todas as demais festas ligadas com a lei de Moisés deixaram de ser observadas, uma vez que Jesus as cumpriu na cruz.

A data que a Cristandade comemora é uma festa de páscoa moderna, bem diferente do que ensina o Novo Testamento; com direito a coelhinhos e ovos de chocolate. Jesus está fora desse tipo de comemoração. Ele não aceita homenagens mescladas com símbolos que nada tem a ver com o propósito de Deus para a salvação da humanidade.

Os verdadeiros cristãos não necessitam de um dia no calendário para lembrar que Jesus é o Cordeiro que foi imolado em favor de toda a raça humana. Ele, Jesus, faz parte do contexto do programa de Deus, não podemos separar o que Jesus foi e é para todos nós.

A verdadeira comemoração pascal é sempre relembrada nos cultos de honra, adoração e louvor a Deus em todas as vezes que os cristãos genuínos se reúnem. Nunca uma data no calendário deve ser motivo para relembrarmos quem é Jesus e o que ele fez por nós. Esse reconhecimento deve ser feito a cada dia, com um coração agradecido e contrito, pois uma data é apenas uma lembrança mesquinha para quem deu a própria vida – TUDO – por nós pecadores.

Deixemos as comemorações dessa festa chamada Páscoa com a sua inadequada saudação; ‘Feliz Páscoa’ para aqueles que continuam longe – conscientes ou não – do real entendimento do sacrifício daquele que um dia entregou-se voluntariamente como um cordeiro, para ser imolado para salvação do mundo inteiro. Mundo esse, que ainda não aprendeu a comemorar a festa completa, da bendita pessoa – JESUS CRISTO – que engloba todos os aspectos da sua Vida; Nascimento, vida, morte e ressurreição.

Jackson Santos, pr

miapibr@uol.com.br

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