Autor: Renata Gonçalves de Santana
Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito, pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?” I Timóteo 3:1-5
A família sempre foi um projeto de Deus desde o começo. Tudo começa na união de duas pessoas que procuram partilhar dos mesmos sonhos e objetivos. Mais tarde nascem os filhos e assim o ciclo sempre continua, mas o mais importante de tudo é entender que os fundamentos do caráter, da personalidade, da história nascem e permanecem na família.
A família do pastor é de suma importância na igreja, pois através dela o pastor renova suas forças; ao ver seus filhos saudáveis, sua esposa e sua casa em ordem, ele se fortifica para um novo dia onde irá cuidar das famílias dos membros. Filhos e esposas também se propõe a uma jornada de renúncia e muitas vezes se vêem sobrecarregados de cobranças injustas, pois lhes é imposto ser mais que uma família, mas ser uma família de pastores.
Essa sobrecarga pode gerar no pastor e na sua família tensão, insatisfação e destinos mal resolvidos e se o pastor adota essa mesma postura torna-se assim o algoz da própria família.
É importante entender que os membros de uma família no qual o pai ou a mãe são pastores são pessoas únicas e que estes podem contribuir no ministério com determinação e coragem, muitas vezes sem que muitos saibam sustentando o pastor com orações, outras vezes participando ativamente do ministério, mas todos igualmente tem a mesma importância no chamado pelo qual pastor(a) foi chamado. Com certeza ser esposa e filho de pastor é um ministério, pois na maioria das vezes as esposas e filhos se vêem transformando adversidades em bênçãos, entendendo o chamado e a trajetória do chamado.
Por outro, lado existem famílias onde líderes são passivos demais e a passividade gera omissão. No caso das famílias pastorais esta questão se acentua pois as conseqüências desta omissão atinge também a igreja.
Deus abomina a omissão, sabemos que a pressão é muito grande, mas isso não significa que devamos ser coniventes com os erros, mas sim coerentes para agir.
Podemos ver a conseqüência catastrófica da omissão na vida de várias lideranças na Bíblia como foi o caso do rei David com seus filhos Ammom e Absalão que morreram tragicamente e também os filhos do sacerdote Eli. Quem dera eles tivessem sido repreendidos com amor, mas com autoridade.
Existem muitos casos de omissão na Bíblia como o de Adão. Aonde ele estava quando Eva “conversava” com a serpente? Ao lado de Eva. Por que comeu do fruto sem questionar nada, sabendo que era proibido por Deus? Houve omissão.
A família do pastor(a) é muito preciosa para Deus, o legado de bênçãos é bíblico sobre a vida das famílias dos sacerdotes. Mas, se faz necessário que os pastores tenham sabedoria para zelar e admoestar em amor. “Melhor é a repreensão aberta do que o amor encoberto.” Provérbios 27:5. Que não percamos o bem mais precioso que o Senhor nos deu, que os pastores saibam amar suas famílias, dedicar tempo a elas, que compreendam até mesmo o momento de sair com um filho no momento de uma reunião importante, mas que não enterramos a moeda(o tesouro) que o Senhor nos deu como fez o servo mau que enterrou o seu talento e sim que os pastores multipliquem as bênçãos de Deus nas suas famílias. Amado, não entendamos este ministério como o ministério do sofrimento, o que Deus quer dos pastores é amor pela obra que envolve primeiramente suas famílias e tão certo como Cristo ressuscitou, as famílias pastorais se fortificarão e se tornarão verdadeiras potências nas mãos do Senhor, sendo capazes de gerar outras famílias, sendo-lhes delegado justiça de Deus, vitória e alegria.
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Colaboração: Pr. Ismael Luz e Carlos de Souza
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