Autor: Marta Carriker
Este é outro assunto que dá pano para a manga: as possibilidades são inúmeras e nem sempre se pode sugerir. Nós, missionários, temos um problema em comum: muitas mudanças durante a carreira. Isso dificulta bastante a educação de nossos filhos, se nos acompanharem. Por isso, o missionário precisa ser muito paciente para enfrentar filas, descobrir como transferir documentos, quais são os carimbos necessários e que tipo de currículo seu filho precisará para uma formação.
No meu caso, a filha menor ficou prejudicada com as últimas mudanças e agora está fazendo um supletivo. Simplesmente, os currículos não batiam e ela ficou sem a informação necessária para ir bem na escola. O supletivo foi uma saída! Há também os avós e tios, que prestam preciosa ajuda nos momentos em que os filhos precisam estudar. Deus há de recompensá-los por seu empenho e amor.
Algumas sugestões que posso oferecer provenientes da minha experiência pessoal:
1. Procure não mudar de país quando seu filho está sendo alfabetizado. Será melhor que ele ou ela seja alfabetizado na língua que está falando mais fluentemente. Se ela for o Português, que aprenda a ler em Português para depois aprender na outra língua. Assim, você evitará que seu filho tenha que vencer duas barreiras ao mesmo tempo.
2. Se puder ficar num só local no tempo da adolescência, seria melhor, porque quanto mais velhos mais os filhos se ressentem de mudanças. Mas, saiba que se tiver que se mudar eles aprendem a reconhecer o valor de terem uma experiência diversificada.
3. Se seu filho passar por problemas sérios, como drogas ou outro desvio de comportamento, saiba que você não é o único missionário com esse problema. De fato, parece que esta é uma área em que o inimigo tenta nos desanimar para que nos sintamos derrotados. Lembre-se que Deus é o maior interessado em seu filho/sua filha e que no seu devido tempo Ele vai realizar sua obra – fique firme na oração e convide outros a orarem também.
4. Acima de tudo, diga a seus filhos que você os ama, que está junto com eles nas dificuldades e que Deus é maior do que elas. Ensine-os a serem gratos pela oportunidade de conhecerem culturas diferentes, de terem muitos amigos e de aprenderem coisas novas. Reconheça que esta experiência tem pontos positivos e negativos, aceite os negativos e ressalte os positivos.
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