Autor: David C. Costa
“…Senhor, tem misericórdia de meu filho” (Mt 17.15).
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roteção, paciência, provedor. Estas são algumas qualificações esperadas de um homem que assume diante de Deus o compromisso de apegar-se a uma mulher e com ela ter filhos e construir uma família. Os filhos esperam que seus pais os protejam diante dos perigos. O pai, pacientemente procura transmitir aos filhos a proteção que dele se requer. É importante, porém, observar que paciência não significa ser pusilânime, mas sim exercer de maneira ponderada e cuidadosa sua autoridade. Os filhos esperam que os pais sejam-lhes provedor dos recursos necessários para o bem estar da família. Cabe ao pai a responsabilidade de prover o sustento à família. Isso contudo, não significa que o pai seja o servo da família, e sim seu administrador. É imputada ao pai a tarefa do preparo do filho para a sua responsabilidade social, cultural e espiritual. O apóstolo Paulo fala disso: “Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia” (1 Tm 3.4). Governar é transmitir proteção, exercer pacientemente sua autoridade e prover recursos necessários ao bem familiar.
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mor, abnegação, assistência e autoridade. Essas qualificações também devem ser vistas no exercício paternal. O pai que não ama seus filhos, certamente não será aplicado a eles. A abnegação é o ato de dar de si mesmo em benefício de outro. É responsabilidade paternal despir-se de seus proventos para que seus filhos não sejam despidos dos seus. Isso exige sábia administração dos recursos familiar. O Pai que exerce a abnegação, jamais comerá sequer um pão se tiver consciência de que o mesmo está faltando em sua casa. Certamente que se houver amor e abnegação, o pai assim estará prestando a assistência à família e exercendo sua autoridade.
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nteratividade, instrução e impulsão. O pai interativo é aquele que incentiva e participa das ações dos filhos. Procura conhecer e exercer sábia instrução na conduta dos filhos. O pai interativo não é um quebra-taças, e sim, sábio instrutor na maneira de seus filhos solverem o conteúdo das mesmas. A sábia instrução, certamente despertará o respeito do filho pelo pai, pois o mesmo se sentirá confortado ao sentir o seu interesse por ele. O apóstolo Paulo ordena esse cuidado paternal: “E vós, pais, não provoqueis a ira de vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4).
Falta-nos ainda considerar uma qualidade importante do pai. O impulso. Impulso neste sentido não se trata de ações desordenadas, mas sim força para correr a busca de solução diante das dificuldades familiar. Nosso texto inicial, fala-nos de um pai que certamente exercia todas as qualidades até consideradas, mas que também foi impulsionado por essas qualidades a sair em busca de solução para um grave problema na família. Certamente quando esgotados todos seus recursos naturais, porém ainda havia uma última esperança, Jesus Cristo. Correu a ele! Clamou pela misericórdia de Jesus em favor de seu filho. A resposta por parte de Jesus foi objetiva e confortadora para aquele pai.
Aquele pai demonstrou ser o que se espera que um pai seja. Pais, neste dia, nosso desejo é que vocês se enquadrem nas qualificações vistas acima. Que vocês sejam o que se espera que um pai seja.
* O autor é pastor da Congregação Presbiterial da Igreja Presbiteriana Conservadora em Vila Santa Catarina, São Paulo – Capital.
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