Autor: Thiago Pires
Não há como fugir da realidade. Estamos vivendo dias de guerra. A cada dia que passa as notícias só confirmam que a segurança no estado do Rio de Janeiro está rendida ao crime organizado. O medo toma conta da população diariamente. Padre Miguel, como tantos outros bairros, tem sofrido os efeitos da violência nesta semana.
Em momentos como esse, nos questionamos: quem é o responsável por tudo isso? Onde tudo começou, ou melhor, onde tudo isso vai parar? É bem verdade que somos previsíveis e cômodos quando responsabilizamos o governo pelo estado caótico em que vivemos.
Precisamos, porém, como igreja de Cristo, entender o que há por trás dessa guerra.
A palavra de Deus diz em Efésios 6.12 que a nossa luta não é contra pessoas. Nossa peleja é contra os demônios, contra os principados e potestades. Contra os espíritos das trevas que dominam este mundo tenebroso. Precisamos entender essa realidade para, assim, nos levantarmos contra o valente que age por trás das pessoas e das circunstâncias à nossa volta. Nosso adversário é espiritual, por isso nossa luta também é espiritual.
Certa vez, houve uma batalha conduzida pelo rei Josafá (II Crônicas 20). Josafá recebeu a notícia de que uma multidão dos exércitos inimigos viria contra ele. A Bíblia relata que Josafá teve medo, mas buscou ao Senhor. É interessante notar que Josafá teve medo. Isso nos faz lembrar que os homens e mulheres descritos na Bíblia eram humanos como nós. A principal diferença está no fato de que Josafá buscou ao Senhor. Da mesma forma, não devemos ficar parados ou tentar agir com a nossa própria força diante de uma situação difícil, como a violência. Precisamos buscar ao Senhor.
Josafá convocou seu povo a jejuar e a se congregar para buscar o livramento de Deus. Diante de uma grande congregação, ele começou a orar e a clamar. Ele se humilhou diante do Senhor e lhe apresentou um coração quebrantado. Deus atendeu ao clamor de seu servo e de todo o seu povo e, por intermédio do profeta Jaaziel, o encorajou.
"(…) Não temais, nem vou assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus. (…) Neste encontro, não tereis de pelejar; tomai posição, ficar parados e vede o salvamento que o Senhor vos dará (…)" (II Crônicas 20.15-17)
Ao ouvir essas palavras, ele e todo o seu povo se prostraram e adoraram. Todos celebraram ao Senhor, pois Ele lhes tinha garantido a vitória. Pela manhã, Josafá ordenou aos cantores que marchassem à frente do exército. Observe que interessante: suas armas eram a adoração! Deus nos afirma que as nossas armas de guerra não são carnais: "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas" II Coríntios 10.4. Como igreja, precisamos compreender que nossas armas não são metralhadoras, discussões, voto, argumentos e nenhuma solução humana. São armas espirituais. Pode parecer loucura, mas é isso que o Senhor requer de nós nesses dias.
Enquanto eles cantavam, algo aconteceu no meio dos adversários. A Bíblia diz que assim que os cantores começaram a cantar e dar louvores, antes mesmo que o exército entrasse em ação, o Senhor confundiu os inimigos do seu povo fazendo com que lutassem entre si e matassem uns aos outros. O próprio Deus pelejou em favor de seu povo. É maravilhoso saber que quando invocamos o Senhor, Ele coloca todos os poderes celestiais para guerrear em nosso favor. "Invoco o Senhor, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos" II Samuel 22.4.
Diante disso, reconhecemos que nós somos os responsáveis pela situação em que se encontra o nosso bairro, a nossa cidade e o nosso país. Como igreja, temos as armas e muitas vezes não as utilizamos. Nos deixamos levar pelo intelectualismo da nossa cultura, atribuindo culpa aos governantes, ao sistema etc. Infelizmente queremos utilizar armas terrenas para vencer inimigos espirituais e com isso, obviamente, não obtemos vitórias. Como Sansão, somos despojados de nosso poder, nos encontramos desequipados e cegos para a realidade do invisível.
É preciso acordar. Nós temos a solução para esse mundo. Se não formos nós, quem irá levar a mensagem de boas novas? Quem irá interceder pelo nosso povo se colocando na brecha? Quem irá marchar à frente do exército entronizando o Senhor? Se não formos nós, como igreja de Cristo, quem será? Como Sansão recuperou seu poder, e com isso abalou os alicerces daquela cidade do passado, assim também nós podemos ter esperanças de vermos derrubado o domínio que o inferno tem exercido na nossa cidade e no nosso bairro, em especial. Precisamos nos levantar e assumirmos um posicionamento diante do Senhor de nos tornarmos parte desse exército de intercessores, adoradores e proclamadores da Palavra do Senhor. Precisamos ser sal e luz dessa terra. Não podemos desanimar diante das situações difíceis, mas devemos buscar ao Senhor.
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